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sábado, 1 de maio de 2021

Juiz cassa diploma de prefeito e vice de Juazeiro do Norte por uso de helicóptero

 


               

Segundo juiz da 28ª Zona Eleitoral, o prefeito teria cometido abuso de poder econômico ao utilizar helicóptero de um empresário aliado durante uma carreata

Gledson Bezerra (Podemos) teria praticado abuso de poder econômico na disputa (Foto: Reprodução/Instagram)

O juiz eleitoral da 28ª Zona Eleitoral do Ceará, Giacumuzaccara Leite Campos, decidiu nesta sexta-feira, 30, pela cassação dos diplomas do prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos), e de seu vice, Giovanni Sampaio (PSD), por abuso de poder econômico na eleição de 2020. Com isso, os gestores podem perder o mandato.

Na decisão, o juiz constatou o uso irregular de um helicóptero – que pertenceria ao empresário Gilmar Bender (PDT), aliado dos então candidatos – durante uma carreata da campanha de Glêdson realizada às vésperas das eleições. No evento, a aeronave teria inclusive despejado uma “chuva” de papel picado, que foi transmitida nas redes sociais.

Na decisão, o juiz afirma que, apesar de ter trazido aos candidatos "grande benefício, a ponto de tornar injusta e desproporcional a propaganda eleitoral", o uso do helicóptero não aparece na declaração de despesas de campanha de Glêdson e Giovanni. Neste sentido, ele destaca o alto custo com combustível para manter um sobrevoo longo do tipo.

“Não há como extrair outra conclusão senão o fato de que os impugnados, em especial o candidato Glêdson Bezerra, eram concordantes com a prática laborada por seu principal apoiador e financiador de campanha, Gilmar Luiz Bender, quanto a utilização do helicóptero, em benefício de sua ‘mega carreata’”, destaca o juiz.

“Até porque em nenhum momento se mostrou surpreso ou contrário ou mesmo tratou de tornar público que tal conduta não teve sua anuência, ao contrário, fez foi ostentar grau de orgulho pelas proporções que o evento atingiu”, continua. Na denúncia que motivou a ação, movida por integrantes da chapa do adversário de Glêdson na eleição, Arnon Bezerra (PTB), gastos poderiam chegar a R$ 70 mil.

Empresário que há vários anos tentava se viabilizar para a disputa pela Prefeitura de Juazeiro, Gilmar Bender chegou a se lançar pré-candidato ao cargo pelo PDT, no ano passado. Na época, no entanto, a indicação sofreu resistência de grupo do PDT e da base do governo Camilo Santana (PT), que pregava apoio à reeleição de Arnon Bezerra. "Escanteado" na disputa, Gilmar virou um dos principais apoiadores da candidatura de Glêdson Bezerra, realizando doações em R$ 255 mil para os candidatos.

A cassação é novo episódio em meio ao início de ano turbulento da gestão Glêdson Bezerra em Juazeiro do Norte. Em apenas quatro meses de governo, o prefeito já responde a três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) e um processo de cassação instalados pelo Legislativo do município. Ações envolvem acusações diversas, desde nepotismo, contratações irregulares a até “fura-filas” na vacinação contra Covid-19.

O POVO entrou em contato com a assessoria de imprensa de Juazeiro do Norte para ouvir o prefeito sobre a decisão do juiz da 28ª Zona Eleitoral. Até o presente momento, no entanto, não houve resposta da gestão municipal. Como a decisão foi emitida apenas pela primeira instância, eles ainda podem recorrer no caso.

Sobre as denúncias levantadas pela Câmara Municipal, Glêdson Bezerra classificou o movimento como “natural do Legislativo”, mas apontou aspecto “político” das denúncias. “A Câmara dos vereadores é uma casa política e, naturalmente, eles são movidos por emoções. Nós temos divergências claras com alguns parlamentares e, por conta disso, resolveram abrir três CPIs”.

Glêdson Bezerra também rebate as acusações, se dizendo “tranquilo” com o cumprimento da lei nos casos. Eleito pela oposição ao então prefeito Arnon Bezerra em 2020, Glêdson possui base diminuta no Legislativo. Na eleição, coligação dele elegeu apenas dois dos 21 parlamentares, com vereadores ligados ao candidato derrotado mantendo maioria.

https://www.opovo.com.br/noticias/politica/2021/04/30/juiz-cassa-diploma-de-prefeito-e-vice-de-juazeiro-do-norte.html

Maio terá bandeira vermelha e conta de luz ficará mais cara em todo o país

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (30) que a conta de luz terá bandeira vermelha 1 no mês de maio. Isso significa que será cobrada uma taxa adicional mais alta, de R$ 4,69 para cada 100 kWh.

Em abril, as faturas tiveram bandeira amarela, que representa R$ 1,34 a mais a cada 100 kWh. Segundo a Aneel, o “agravamento” da bandeira tem relação com a época do ano, já que o mês de maio marca o início da estação seca em boa parte do país.

Os reservatórios das principais usinas hidrelétricas do país já estão baixos, mesmo ao fim da temporada de chuvas. O cenário, diz a agência, sinaliza um “patamar desfavorável de produção” de eletricidade – quanto menos água guardada, maior a necessidade de acionamento das termelétricas, que são mais caras.

O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo de geração de energia. A bandeira fica na cor verde quando o nível dos reservatórios está alto e não há necessidade de acionamento extra de usinas térmicas, cuja produção de energia é mais cara.

Com os reservatórios baixos, a perspectiva é de alta no custo da energia já que exige o acionamento de mais térmicas. Assim, a bandeira pode passar para as cores amarela e vermelha (patamar 1 ou 2). O objetivo do sistema de bandeiras é informar aos consumidores quando o custo aumenta e permitir que eles reduzam o uso para evitar pagar uma conta de luz mais cara.

Com informações do Ceará Agora.

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