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segunda-feira, 31 de maio de 2021

Mortes de gestantes crescem 65% durante a pandemia de Covid-19 no Ceará



A Covid-19 fez com que a Razão de Mortalidade Materna no Ceará saísse de um patamar, em 2019, de 58 mortes de gestantes e puérperas a cada 100 mil nascidos vivos, para 96 mortes em 2020, uma elevação de 65%. O registro de 2019, pré-pandêmico, foi o menor da última década no Estado. 

No acumulado entre 2020 e 2021, até a última quinta-feira (27), segundo o IntegraSUS, plataforma da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) que monitora a pandemia, 49 mulheres, sendo 24 grávidas e 25 puérperas, perderam a vida em decorrência de complicações causadas pela infecção. A maioria depois de passar de dez a 13 dias, em média, internada. 

Segundo a obstetra Liduína Rocha, presidente do Comitê Estadual de Prevenção ao Óbito Materno, Fetal e Infantil da Sesa e integrante do Coletivo Rebento de Médicos em Defesa da Vida, da Ciência e do SUS, as principais causas de morte materna antes da pandemia de Covid-19 eram diretamente ligadas à gestação. 

"No Brasil, as principais causas são hipertensão induzida pela gravidez, que a gente chama de ‘pré-eclâmpsia’, hemorragia pós-parto e infecções. Pela primeira vez na série histórica estamos com uma causa indireta [Covid-19]” como principal fator de risco. É a primeira vez que a gente retrocede tanto”, disse.

"Está provado que o Brasil não quis comprar vacina", afirma Omar Aziz, presidente da CPI da Covid


O senador Omar Aziz (PSD-AM) , presidente da CPI da Covid no Senado, deu detalhes sobre os próximos passos da Comissão, falou sobre a falta de cilindros de oxigênio que gerou colapso na saúde de Manaus (AM) no início do ano e também clamou ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que "pelo amor de Deus, compre vacinas". 

Aziz se emocionou ao falar sobre a morte do irmão , o empresário Walid Aziz, em janeiro deste ano devido à Covid-19 e reforçou a importância da vacinação contra a doença e do trabalho da Comissão em investigar as ações e omissões do governo federal no combate à pandemia. "Não é vingança, eu procuro justiça", afirmou. "Àqueles que acharam que a CPI ia dar em pizza, se enganaram, porque nós já chegamos aos responsáveis pela não compra das vacinas", afirmou. 

Além disso, o senador também afirmou que as sessões da próxima semana devem provar a existência do chamado 'gabinete paralelo', que teria orientado o presidente Bolsonaro em relação ao uso de medicamentos sem comprovação científica no combate à Covid-19.

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