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segunda-feira, 24 de maio de 2021

'Acho que julgar uma pessoa que não tá aqui pra se defender não é válido', diz viúva de MC Kevin


Viúva de Kevin Nascimento Bueno, mais conhecido como MC Kevin, a advogada Deolane Bezerra disse, em entrevista ao "Fantástico" da TV Globo, transmitida neste domingo, dia 23, que têm "muitas dúvidas" referentes à morte do funkeiro e que deseja "saber a verdade" sobre o que aconteceu antes da queda dele do quinto andar de um hotel no dia 16. O laudo da perícia do Instituto de Criminalística concluiu que a queda da varanda ocorreu por acidente e quanto à causa da morte, o do IML determinou que foi trauma craniano por ação contundente.

— Que ele estava lá me traindo eu já sei — afirmou Deolane.

Na ocasião, estiveram na suíte com o Kevin os amigos dele Victor Elias Fontenelle e Jhonatas Augusto Cruz, além de Bianca Domingues, que cobrou R$ 2 mil pelas relações sexuais daquele dia. A princípio, o trato dela foi firmado com Kevin e Victor quando eles três estavam na praia.

Na suíte, Kevin teria chamado Bianca para ir até à varanda. A acompanhante disse ter presenciado quando o funkeiro tentou, pelo parapeito, passar para o andar de baixo. Ela contou ter tido a impressão de que Kevin estivesse receoso que sua mulher, também hospedada no hotel, chegasse à suíte deles e, por isso, o cantor teria tentado fugir.

'Eu nunca fui tão amada e eu nunca amei tanto em tão pouco tempo', desabafa viúva

— O Kevin começou a mandar bastante mensagem antes de eu dormir, eu nem queria brigar, bloqueei. Quando eu acordei, eu vi as mensagens que ele tinha mandado. O Kevin me mandou o local que ele estava, mandou vídeo falando que me amava, falando que se eu quisesse lá ou ligar de vídeo que ele iria me atender. Só que eu estava dormindo, eu não estava acordada — disse Deolane à reportagem da TV, em que confirmou que o marido usava drogas, como maconha e MD.

A viúva contou que Lucas, um dos amigos de Kevin, desceu para procurá-lo e, na volta, disse que ele havia se jogado. Deolane afirmou que pediu para se aproximar do marido, mas não conseguiu ter acesso ao local exato.

— Então eu fico ali na porta do hotel esperando. Vejo a maca trazendo ele entrando na ambulância — acrescentou. — Eu estranhei. E entrei no carro, já estava no carro, minha irmã chegou logo em seguida. Falei: fala o que está acontecendo.

Ao escutar as primeiras informações sobre o episódio, Deolane disse ter entendido as consequências.

— Foi ali que eu caí na real que eu tinha perdido o amor da minha vida — destacou. — Eu sinto muito a falta dele, eu sinto muito o cheiro dele. Eu nunca fui tão amada e eu nunca amei tanto em tão pouco tempo. Eu quero continuar o amando, quero que respeitem a memória dele. Acho que julgar uma pessoa que não tá aqui pra se defender não é válido.

'Pra mim foi um choque', afirma Jhonatas

Antes da queda, Jhonatas teria entrado no quarto para pedir que Bianca o aceitasse também na relação.

— Bati na porta, entrei no quarto. Como eles precisavam de uma camisinha, basicamente eles me aceitaram — contou.

De volta ao quarto, ele disse ter tomado banho e se escondido atrás de uma cortina.

— Entrei no banheiro, encostei a porta pra fazer o barulho de porta fechando pra ela pensar que era a porta de saída e fiquei no banheiro.

Segundo o próprio Jhonatas, Bianca e Victor não o queriam no encontro. Mas ele pensou que, se continuasse ali, poderia acabar sendo aceito.

— E daí eu desligo o chuveiro e passo do corredor, o quarto era muito grande, passo pra sacada. O Kevin, antes de eu chegar até ela pra perguntar se poderia ou não, quando eu tava ali na sacada perto da cortina, é onde ele grita pra mim poder sair — relatou. — Quando eu vejo aquela cena dele ali, com dificuldade pra respirar, tentando respirar, cara, pra mim foi um choque, um choque.

'Foi um negócio rápido, rápido mesmo, desesperador', relata Victor Elias

Kevin e Victor, este chamado de MC VK, eram amigos, mas também mantinham uma relação profissional. Questionado pelo programa televisivo se tentou socorrer seu empresário, Victor disse que não seria possível correr até ele para salvá-lo pois tudo o que viu no momento da queda foi apenas um "vulto".

— Eu não vi o rosto do Kevin, eu não vi nada. Eu vi um vulto. Quando eu vi eu falei "oxe". Eu já olhei pra baixo, olhei para o parapeito e… foi um negócio rápido, rápido mesmo, desesperador.

A empresária Brenda Valadares, moradora de Minas Gerais, visitava a cidade do Rio quando passou em frente ao hotel no dia do acidente. Ao "Fantástico", a turista, que estava hospedada perto dali, relatou o que viu.

— Nesse momento que a gente viu uma pessoa caída no chão, a gente não sabia que era ele. Aí depois que o amigo dele desceu e começou a gritar “Kevin, Kevin”, a gente viu. Tava todo mundo muito desesperado, os amigos, todo mundo muito desesperado.

'Mudou a história da minha família', diz mãe

A mãe do cantor, Valquíria Nascimento, também foi entrevistada e relembrou momentos desde o nascimento do filho, quando sua bolsa estourou e ela foi depressa para uma maternidade.

— Até no dia do nascimento dele ele não quis esperar. Só deu tempo de chegar no hospital mesmo, porque de resto não deu mais tempo de nada. E foi embora com pressa, porque 23 anos é muito pouco pra se viver. Muito pouco, pouco demais — relatou.

Valquíria chamou atenção para a tatuagem que fez em homenagem a Kevin e explicou que ele "mudou sua vida", assim como a de sua família.

— Mudou a história da minha família, mudou a história dos irmãos dele, mudou a história de todo mundo que ficou ao redor do Kevin né? Ele não teve paciência pra esperar. Ele vivenciou tudo muito rápido. Não dá pra viver a vida rápido, tem que desacelerar.

FONTE:

https://extra.globo.com/casos-de-policia/acho-que-julgar-uma-pessoa-que-nao-ta-aqui-pra-se-defender-nao-valido-diz-viuva-de-mc-kevin-25031013.html

Randolfe diz que CPI pedirá informações ao governo e à prefeitura do Rio sobre aglomeração provocada por Bolsonaro


 Pressionado pela CPI da Covid no Senado e pela entrada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no xadrez eleitoral para 2022, o presidente Jair Bolsonaro intensificou a agenda de viagens com atos que, além de descumprirem normas sanitárias contra o coronavírus, assemelham-se cada vez mais a comícios de campanha. Ontem, como já havia feito em Brasília, ele participou de um passeio de moto com motociclistas no Rio.

A “motociata” passou por diversos bairros da cidade. Grande parte dos motociclistas que acompanharam o presidente era de integrantes de motoclubes, que buzinavam e carregavam bandeiras do Brasil. A manifestação também gerou reações contrárias, com vaias, panelaços e palavras de ordem contra o presidente sendo ouvidos em trechos do trajeto.

Sem máscara, Bolsonaro fez um discurso de pouco mais de cinco minutos para os apoiadores. Ao lado dele no palanque, também sem usar máscara, estava o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que na última semana atuou para blindar o presidente de responsabilidade pelas falhas do país no combate à pandemia em seus dois dias de depoimento à CPI da Covid. No ato de ontem, Bolsonaro agradeceu a presença dos apoiadores.

— Temos que agradecer à nossa direita, àqueles que defendem a família, a Pátria e que têm Deus no coração — discurso o presidente.

A participação de Bolsonaro no ato gerou reação de membros da CPI da Covid. O vice-presidente da comissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou ontem ao G1 que a CPI vai pedir informações ao governo e à prefeitura do Rio sobre a aglomeração provocada pelo presidente. Um decreto municipal mantém proibida a realização de eventos em áreas públicas até o dia 31 de maio. Além disso, o uso de máscaras é obrigatório no estado. Na semana passada, Bolsonaro chegou a ser multado pelo governo do Maranhão por provocar aglomerações e não usar máscara no estado, onde foram detectados os primeiros casos da variante indiana do coronavírus no Brasil.

FONTE:

https://extra.globo.com/noticias/coronavirus/randolfe-diz-que-cpi-pedira-informacoes-ao-governo-a-prefeitura-do-rio-sobre-aglomeracao-provocada-por-bolsonaro-rv1-1-25030883.html

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