Subiu para 141 o número de mulheres assassinadas no Ceará. No último fim de semana, as autoridades registraram mais três casos de mortes violentas de mulheres na Grande Fortaleza. Foram dois crimes na Capital e mais um na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Neste mês de agosto, o Ceará já contabilizou 11 casos de homicídios e feminicídios contra mulheres.
Entre as três vítimas está uma jovem de 24 anos que foi morta juntamente com o seu namorado, um agente penitenciário. Os dois foram vítimas de uma emboscada.
Maria Marissa Pereira de Sousa, estava na garupa de uma motocicleta pilotada pelo agente penitenciário Edmar da Silva Lima, 40. Na noite do último sábado (24), por volta de 21h30, os dois trafegavam pela Rua Guilherme de Almeida, no bairro Ancuri (Grande Messejana), quando foram perseguidos por um carro onde estavam os assassinos. Foram alcançados e atingidos por vários tiros. O agente morreu no hospital, Marissa tombou sem vida no local do ataque. Segundo a Perícia Forense, a jovem foi baleada cinco vezes, duas delas na cabeça.
A Polícia suspeita de um crime ordenado de dentro de um presídio. O agente estaria tendo um caso com a jovem que era ex-companheira de um detento.
Outro crime
Ainda no sábado (24), à tarde, uma adolescente foi morta, a tiros, na zona Sul de Fortaleza. Tratava-se de Kelly Priscila de Sousa Castro, que tinha apenas 16 anos. De acordo com os registros da Polícia, a jovem era ligada a uma facção criminosa e postava fotos nas redes sociais exibindo armas.
Priscila foi atingida com vários tiros quando caminhava pela Avenida Francisca Maria da Conceição, no Planalto Ayrton Senna (Pantanal). Estava junto com outra garota, que foi baleada nas nádegas e levada para um hospital. Há suspeitas de que ela teria sido morta por entrar numa área dominada por uma facção rival à que ela participava.
Dois homens que transitavam em uma motocicleta de cor preta teriam sido os responsáveis pelo ataque contra as duas garotas.
Mais uma morte
Na sexta-feira (23), no começo do fim de semana, uma mulher foi assassinada na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A dona de casa, Maria Nercilene Lopes de Sousa, 34 anos foi assassinada, a tiros, no Triângulo de Chorozinho, na BR-116. O suspeito do crime fugiu e a Polícia segue investigando o caso.
(Fernando Ribeiro)
Decisão do STF pode anular condenações da Lava Jato, diz força-tarefa
STF suspendeu hoje a condenação de Aldeir Bendine.
A força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba afirmou nesta terça-feira (27) que a anulação da sentença do ex-juiz Sergio Moro que condenou o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, abre precedente para derrubar "praticamente todas" as condenações proferidas na investigação, além da libertação de vários presos.
Mais cedo, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu anular a condenação de Bendine na Lava Jato. Conforme a decisão, por 3 votos a 1, Bendine tem direito de apresentar alegações finais após os delatores do caso, fato que não ocorreu no processo. Com a decisão, o processo deverá voltar para a primeira instância da Justiça Federal em Curitiba para nova manifestação da defesa e outra sentença.
Em nota, a força-tarefa disse que a decisão causa "imensa preocupação". Para os procuradores da República no Paraná, o colegiado estabeleceu nova regra, que não está prevista no Código de Processo Penal (CPP) e na lei que regulamentou as delações premiadas.
"Se o entendimento for aplicado nos demais casos da operação Lava Jato, poderá anular praticamente todas as condenações, com a consequente prescrição de vários crimes e libertação de réus presos. A força-tarefa expressa sua confiança de que o Supremo Tribunal Federal reavaliará esse tema, modulando os efeitos da decisão", afirmaram os procuradores.
Votos
O placar do julgamento foi obtido com os votos dos ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia. O relator do caso, Edson Fachin, foi vencido. O ministro Celso de Mello não participou da sessão por motivos de saúde.
Bendine foi condenado em março de 2018 pelo então juiz Sergio Moro. Em junho deste ano, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, reduziu a pena de 11 anos para 7 anos e 9 meses de prisão, mas manteve a condenação, que poderia ser executada em breve com base na decisão do STF que autoriza a prisão após o fim dos recursos em segunda instância.
Com informações do portal Agência Brasil
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