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sexta-feira, 10 de março de 2017

Reforma da Previdência não passa do jeito que está, diz relator

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, Arthur Maia (PPS-BA), refutou nesta quinta-feira, 9, as queixas de servidores públicos sobre as mudanças de regras de aposentadoria e defendeu isonomia nas novas normas para os regimes geral e próprio. Mas ele voltou a dizer que as regras de transição do texto enviado pelo governo terão que ser alteradas.

Segundo ele, a PEC da Reforma da Previdência não passa como está, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já teria sido alertado disso. Ontem, o ministro fez um périplo pelo Câmara tentando convencer os deputados a não alterar o texto da proposta. “Eu disse ao ministro que aprendi naquela Casa que o ótimo é inimigo do bom. O que ele acha que é ótimo não será aprovado. Vamos tentar construir um texto que seja bom para todos os trabalhadores”, afirmou.

No evento “Comissão da Verdade Previdenciária”, organizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Maia ouviu acusações de que a reforma será mais dura com o funcionalismo público. “Faço aqui um apelo por um debate equilibrado sobre a real necessidade de uma quarta reforma apenas para o servidor público civil. A União não fez nada em 20 anos em termos gerenciais, o regime próprio da União está jogado às traças”, acusou a presidente do AUD-TCU, Lucieni Pereira.

Já o deputado respondeu que o maior mérito da reforma seria justamente a isonomia em relação ao regime geral de previdência. “Não acho que essa reforma foi feita para afetar apenas o setor público. As regras de idade para aposentadoria e não cumulação de benefícios alcançam de maneira indistinta a população brasileira”, completou.

Ceará Agora

Cearense é executada na frente do filho durante viagem em família no Piauí

A auxiliar de produção Lidiane Ferreira de 33 anos de idade foi executada com tiros na cabeça enquanto viajava com a família pelo Piauí. Lidiane estava há dois dias no município de São Bernardo, no estado vizinho, Maranhão, e se deslocava com o marido e o filho de apenas 10 anos para a sua cidade natal no estado do Ceará, Poranga. O filho testemunhou todo o crime. O delegado regional de Esperantina, Leonardo Alexandre, que atendeu a ocorrência, descreve as circunstâncias do crime.

"Ela chegou de Santa Catarina, onde mora, no dia três e foi para São Bernardo levar o filho para visitar o pai, seu ex-marido que mora na cidade. No dia seguinte ela seguiria para Poranga onde mora com o atual marido e o filho. Para isso, eles contrataram um motorista autônomo para fazer o transporte da família para o interior cearense. No caminho, quando se aproximavam da cidade de Morro do Chapéu três homens armados aguardavam próximo a uma lombada na estrada e forçaram a parada do carro. Um deles rendeu o motorista e pediu que ele abaixasse o rosto, enquanto os outros já se dirigiram ao banco traseiro onde ela estava e dispararam imediatamente na cabeça dela", relatou o delegado.

A mulher foi morta com pelo menos três tiros e absolutamente nada foi levado do carro. Segundo o delegado, os bandidos fugiram em outro veículo de cor branca no sentido contrário ao que seguia a mulher. "No momento do crime nós determinamos que as equipes realizassem diligência para localizar os bandidos mas neste caso em especial temos uma dificuldade maior. O fato ocorreu nessa região sem que ela tivesse nenhuma relação com o estado do Piauí. Ela apenas seguia de passagem com a família. Não tem nenhum vínculo com Esperantina, ou Morro do Chapéu, o que nos traz uma grande dificuldade para a investigação", explicou.

O filho de Lidiane, que presenciou tudo, foi socorrido pelo Conselho Tutelar da região, que prestou o primeiro atendimento no intuito de minimizar o trauma da criança. O pai, ex-marido de Lidiane, que mora no Maranhão, veio buscar o filho e prestou depoimento na delegacia de Esperantina.

"O pai relata que nunca teve nenhum tipo de problema com ela. Ele a descreve como uma pessoa de personalidade forte e o temperamento bem explosivo, mas explica que sua separação foi amigável e inclusive que tem uma boa relação com o atual marido da ex-mulher. A criança havia passado o dia anterior com ele e foi devolvida no horário combinado. A própria vítima tinha convidado ele para fazer a viagem junto com a família", conta o delegado.

O atual marido que estava no carro também foi ouvido e segundo o delegado o seu depoimento não apresenta elementos relevantes por ele não ser da região. O motorista do veículo também foi ouvido e liberado em seguida. Até o momento a Polícia não tem nenhuma suspeita divulgada pelo crime e mesmo depois de quase 12h de diligências ninguém foi preso.

"Imediatamente solicitamos o apoio da Polícia do Maranhão que vai contribuir com a investigação e eventualmente vamos precisar também do apoio da Polícia do Ceará para elucidar o crime que permanece sob nossa subscrição", concluiu o delegado.

Rayldo Pereira
rayldopereira@cidadeverde.com
Cidade Verde

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