Foto: Alex Silva / Estadão
Bruno Pereira da Silva pulou uma grade para tentar trocar de setor e se desequilibrou, caindo para fora do estádio
O torcedor do São Paulo Bruno Pereira da Silva, de 23 anos, morreu ao cair do alto da arquibancada do Morumbi para fora do estádio, pouco antes do início da partida entre São Paulo e Corinthians, pelo Campeonato Paulista. Ele foi socorrido após a queda e levado para o pronto socorro do Campo Limpo, onde recebeu atendimento, mas não conseguiu se recuperar dos ferimentos.
De acordo com os torcedores presentes, ele tentou trocar de setor, indo das arquibancadas amarelas para as verdes, em manobra bastante comum nos jogos da equipe. Ao pular a grade, ele subiu no anel superior, se desequilibrou e caiu na área reservada para a imprensa, sobre um carro.
Com o impacto, a vítima teve fratura nas duas pernas e ferimentos na cabeça. Dois amigos de Bruno, que vieram com ele da cidade de Pindamonhangaba para assistir ao jogo, registraram Boletim de Ocorrência da morte no 89º DP.
O tenente da Polícia Militar disse que o local da queda foi avaliado e não foi encontrado qualquer problema estrutural. "Em primeiro lugar, não tem como determinar se era um torcedor ou ambulante. Ele caiu da cativa e veio a óbito. Nós já olhamos o local, não há falhas estruturais. O que nos leva a crer que ele, provavelmente, estava transpondo de um setor para o outro. Vamos recuperar as imagens para poder identificar se era torcedor ou ambulante".
No primeiro momento, informações desencontradas afirmavam que Bruno era um ambulante que tentava mudar de setor para vender suas mercadorias.
Antes da confirmação do óbito, a assessoria de imprensa do São Paulo emitiu uma nota oficial lamentado o fato. "O São Paulo Futebol Clube lamenta o acidente envolvendo um torcedor antes da partida contra o Corinthians neste domingo (26), no Morumbi.
O clube informa que prestou o atendimento imediato logo após a queda do torcedor que tentava acessar outra parte do estádio pulando sobre uma das divisões de setor da arquibancada. O torcedor acidentado foi atendido pela equipe médica contratada pelo clube e levado pela ambulância imediatamente para o Hospital Municipal do Campo Limpo. O clube segue acompanhando o caso".
O Estado de S. Paulo
Consumidores devem ficar atentos a ofertas de planos de internet fixa com limite
Foto: Arquivo / Agência Brasil
Desde abril do ano passado, a limitação do uso ou franquia da banda larga fixa está proibida pela Anatel
Os consumidores que forem assinar novos contratos de internet fixa devem ficar atentos para as condições oferecidas pelas empresas.
A limitação do uso da banda larga fixa está proibida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) desde abril do ano passado, mas o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) diz que continua recebendo reclamações de consumidores sobre a oferta de pacotes com franquia de dados pelas operadoras.
Além de ficarem atentos aos contratos, os consumidores devem reunir documentos para se prevenir de futuras cobranças, orienta o Idec.
“Questionem isso por telefone, peguem o protocolo, ou acessem pela internet o espaço do consumidor e faça um download do contrato. Documente isso para depois contestar judicialmente, caso as empresas comecem a querer cobrar isso de forma retroativa, o que seria um absurdo”, diz o pesquisador em telecomunicações do Idec, Rafael Zanatta.
Segundo ele, o Idec ainda não recebeu reclamações de clientes que tiveram a internet reduzida ou cortada. “Ou seja, aparentemente as empresas estão cumprindo [a proibição de estabelecer franquia de dados], até porque está todo mundo em cima desse assunto”, comenda Zanatta.
Proibição
O Idec aposta que a pressão popular possa fazer com que o Congresso Nacional aprove um projeto de lei proibindo as empresas de limitarem a internet fixa. O PLS 174/2016, que trata do assunto, foi aprovado pelo Senado na semana passada, mas ainda tem que passar pela análise da Câmara dos Deputados.
“Há uma demanda popular muito forte pela proibição por lei federal. Existe um consenso entre as lideranças políticas de que esse é um tema importante e, em um momento em que o Legislativo está desgastado, é provável que eles aprovem rapidamente para dar uma resposta dizendo: 'olha, fizemos alguma coisa por vocês'”, diz Zanatta.
Enquanto isso, a aplicação de franquia continua proibida pela Anatel, até que o assunto seja deliberado pelo Conselho Diretor. Neste momento, está aberta uma consulta pública sobre o assunto, que já recebeu mais de 2,8 mil contribuições, com a participação de 17 mil pessoas.
Depois da consulta, que termina em abril, as contribuições serão analisadas pela área técnica da agência e votada pelos conselheiros. A previsão do Idec é que o assunto só vá para a pauta da Anatel depois de outubro. “A Anatel não pode liberar até que ela termine o processo de consulta pública e tenha uma posição final sobre o assunto”, esclarece Zanatta.
Operadoras
A Vivo informou que cumpre integralmente a decisão da Anatel de não adotar práticas de redução de velocidade, de suspensão de serviço ou de cobrança de tráfego excedente após o esgotamento de eventual franquia de internet fixa. A NET também disse que atende integralmente a medida cautelar da Anatel.
A TIM diz que oferece o serviço de banda larga fixa apenas no Rio de Janeiro e em São Paulo e não possui franquia de dados nos seus planos de internet fixa. A Oi não comentou o assunto.
O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) considera que a proibição da oferta de planos com franquia para o acesso à internet em banda larga fixa trará significativos prejuízos à maioria da população brasileira. Para a entidade, o projeto aprovado no Senado interfere na livre iniciativa. “Uma eventual proibição eliminaria a possibilidade de adoção de diversas tecnologias adequadas a áreas remotas, inviabilizando o atendimento da população local”, diz o SindiTelebrasil.
Agência Brasil
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