Depois de um longo hiato durante a pandemia, o mercado de shows está aquecido. Dono do maior cachê atualmente, Gusttavo Lima é o maior nome do sertanejo atualmente.
O cantor cobrou R$ 1,2 milhão para se apresentar uma única noite em um rodeio no interior de São Paulo. Um fundo de investimento negociou a compra de cerca de 200 apresentações de Gusttavo Lima em 2022 por quase R$ 100 milhões, segundo jornal o Globo.
A negociação do cantor com o fundo tem pressionado os cachês de artistas para cima.
Marília Mendonça, maior cantora feminina do sertanejo atualmente, não cobra menos de R$ 500 mil para se apresentar.
Um dos cantores mais tocados nas plataformas de streaming, João Gomes tem agenda lotada até o segundo semestre de 2022.
O cantor de 19 anos cobra R$ 400 mil, e viu sua carreira impulsionada após se apresentar ao lado de Ivete Sangalo, dona do maior cachê do país por anos, no Domingão do Huck.
Veja outros valores de cachês sertanejos:
Gusttavo Lima – entre R$ 700 mil e R$ 1,2 milhão
Marília Mendonça – entre R$ 350 mil e R$ 500 mil
João Gomes – entre R$ 200 mil e R$ 400 mil
Chitãozinho e Xororó – R$ 500 mil
Alok – R$ 450 mil
Maiara e Maraísa – R$ 300 mil
Bruno e Marrone – R$ 270 mil
Fonte: Correio
Sex shops dedicadas a evangélicos crescem no Rio: ‘Público é fiel’, diz proprietária
A empresária Carolina Marques, de 26 anos, já tinha um filho de outro relacionamento quando conheceu o atual marido, com quem é casada desde janeiro. Mesmo assim, convertida à Assembleia de Deus há três anos, Carolina esperou se casar para ter um envolvimento sexual com ele.
Depois de oficializar a relação, no entanto, nada de monotonia na cama. Pelo contrário.
Dona da sex shop ConSensual, direcionada ao público evangélico, Carolina quer levar aos clientes desse nicho a ideia de que o sexo não precisa ser um tabu nem deve ser visto como algo sujo -- desde que aconteça entre um homem e uma mulher e dentro do casamento.
Em sua loja de artigos eróticos, que ela prefere chamar de 'Love Store' no lugar de 'Sex Shop', as aparências importam. As embalagens são de cores sóbrias, e os produtos não têm nomes sugestivos em seu negócio, inaugurado em maio. Sabores mais lúdicos, como algodão-doce e outros inspirados nos famosos chicletes Bubbaloo, têm uma receptividade melhor.
“Não tem como vender produtos chamados ‘ppk louca’, ‘ ‘vai fundo’, isso assusta esse público, pode acabar afastando”, diz ela.
Carolina vê em seu negócio mais que uma fonte de renda e acredita que sua marca tem um propósito: ajudar os casamentos a perdurar.
Para isso, Carolina, massoterapeuta de formação, conta que faz uma curadoria muito cuidadosa dos artigos, já que para quase todas as clientes aquela é a primeira vez que elas usam um produto do tipo. Então, é importante que a qualidade seja boa, para mostrar que o investimento vale a pena.
“A ideia é mostrar que o sexo pode ser uma conversa saudável, um assunto para se tratar sem medo e que começa muito antes da cama. Se a esposa não quer porque está cansada, o marido tem que pensar se ele tem feito a parte dele na casa. Às vezes, a mulher só está sobrecarregada com as tarefas, o trabalho, os filhos”, diz ela.
Produtos para sexo anal, por exemplo, não são o foco de sua loja. “Dentro do meio cristão, a região anal é vista como uma área fisiológica. Tanto que não existe ali lubrificação natural. A mulher engravida a partir da penetração na vagina, aquilo já foi feito para isso”, diz ela.
Quanto ao sexo oral, há mais liberdade, pela prática ser vista como um tipo de carinho, dentro da retórica evangélica.
Produtos enviados em caixa de remédio e saco de padaria
Andrea dos Anjos, de 43 anos, é outra vendedora do setor erótico gospel no Rio. Há 17 anos, ela frequenta a Igreja Batista e, desde 2019, é dona da loja Memórias da Clo, que atende esse público. Andrea tem visto o interesse de seu público aumentar, principalmente na Zona Norte e nos bairros da Barra e do Recreio, na Zona Oeste.
“São clientes um pouco diferentes da maioria, porque, devido à religião e a alguns dogmas, ficam envergonhados e constrangidos, mas é um público fiel. Dou consultoria informalmente”, explica.
Andrea, assim como Carol, vende seus produtos pela internet e ganha clientes no boca a boca.
Para esse público, muito reservado, uma loja física, identificável, não é tão interessante, já que a discrição é uma das chaves do sucesso.
“Tenho clientes que pedem para eu mandar os produtos em caixa de remédio, em saco de padaria, para que ninguém saiba mesmo”, conta ela.
As duas afirmam que mulheres são 95% de seu público. A idade costuma variar bastante.
‘Me chamavam de crente do rabo quente’
Carolina foi julgada pela mãe e teve que convencer até o marido de que sua ideia era boa. “Me chamavam de crente do rabo quente, meu marido falou que não sabia se ia dar certo, por sermos cristãos, mas eu sabia que a marca teria um propósito”, diz ela.
Ambas as vendedoras conversam com as conhecidas da igreja, que indicam para outras fiéis, e assim as marcas se propagam e crescem.
“Eu só não levo para dentro da igreja, entrego do lado de fora”, explica Carol.
Vibradores não estão no catálogo da ConSensual, pelo menos não ainda. “Um homem pode ficar muito intimidado de ver a mulher com uma prótese que pareça um pênis. Por que ter outro pênis ali? No futuro, quero trazer vibros, mas do tipo colorido, para usar junto, mas as pessoas precisam se acostumar aos poucos com essa ideia. Primeiro um gel beijável, um lubrificante, e depois algo a mais”, explica.
Clientes têm medo de julgamento, mas aprovam produtos
O g1 conversou com mulheres evangélicas que preferiram não ser identificadas, mas garantem que incluir os produtos em suas vidas sexuais fez diferença.
“Tinha medo de ser julgada. Produtos íntimos, até onde apresentavam pra mim com naturalidade, eram produtos de higiene. Em uma sex shop normal, me sentia atacada de informação, imagens apelativas, próteses de genitálias na nossa cara durante o atendimento”, diz uma das clientes da ConSensual.
Com a loja, isso mudou. A cliente passou a se sentir mais à vontade sabendo que está com outra mulher evangélica.
Cliente da Memórias da Clo, outra mulher que prefere não se identificar conta que os acessórios mudaram seu casamento e que fez diferença ter uma vendedora que compartilhasse de sua fé.
“Sou casada há 15 anos, conversei com meu esposo que uma amiga minha que também é evangélica vendia esses produtos e se ele aceitaria usá-los para sairmos da rotina”, conta ela. Ele aceitou e os dois vêm curtindo as novidades.
“Mudou muito o meu casamento, com toda certeza, não é porque somos evangélicas que também não podemos usar umas coisinhas, né?”, brinca.
Fonte: G1
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