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quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Órfãos da Covid: doença deixou 12 mil órfãos de até 6 anos no país, mostram cartórios


Ao menos 12.211 crianças de até seis anos de idade no Brasil ficaram órfãs de um dos pais vítimas da covid-19 entre 16 de março de 2020 e 24 de setembro deste ano. Segundo a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, a Arpen-Brasil, 25,6% das crianças de até seis anos que perderam um dos pais na pandemia não tinham completado um ano.

Já 18,2% tinham um ano de idade; 18,2%, dois anos de idade; 14,5%, três anos; 11,4%, quatro anos; 7,8% tinham cinco anos e 2,5%, seis anos. São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Ceará e Paraná foram os estados que mais registraram óbitos de pais com filhos nesta faixa etária.

Os dados foram levantados com base no cruzamento entre os CPFs dos pais nos registros de nascimentos e de óbitos feitos nos 7.645 cartórios de registro civil do país desde 2015, ano em que as unidades passaram a emitir o documento diretamente nas certidões de nascimento das crianças recém-nascidas em todo o território nacional. Os números mostram que 223 pais morreram antes do nascimento de seus filhos, enquanto 64 crianças, até a idade de seis anos, perderam pai e mãe vítimas da covid-19.

Com informações Agência Brasil

Bolsonaro nega ter culpa pela crise: 'Ache um cara melhor'

 

O presidente Jair Bolsonaro negou nesta terça-feira, 19, que tenha culpa pela crise econômica do País. "O tempo todo eu sou o responsável por tudo, se é assim, ache um cara melhor, sem problema nenhum. Tem muita gente boa candidata por aí", afirmou a apoiadores em frente ao Palácio do Planalto.

"Vou cumprir meu mandato, sem problema nenhum, fazer o que é possível", acrescentou.

Como de costume, Bolsonaro voltou a jogar a crise nas medidas restritivas adotadas por governadores e prefeitos para conter o novo coronavírus - chamadas por ele de "política do 'fique em casa'". "Os problemas existem, o que é duro é a incompreensão", disse hoje. "Muitos de vocês apoiaram ficar em casa, agora a conta chegou. E não chegou toda a conta, ainda, vai chegar mais. Combustível, energia elétrica, alimentação. Agora, a pior coisa que tem é desesperar, é achar uma pessoa responsável por seu insucesso. Responsável é quem adotou essa política", disse.

A declaração pessimista sobre a economia brasileira vem, de fato, em um momento de alta no preço dos combustíveis, da energia e dos alimentos, fatores que incomodam o núcleo duro do governo. Na última quinta-feira, Bolsonaro chegou a dizer que ordenaria ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a volta da "bandeira normal" nas contas de luz, mas a decisão é técnica e cabe à Agência Nacional Energia Elétrica (Aneel). Em outro momento, o chefe do Executivo também já havia alertado para uma piora da situação econômica por uma crise de fertilizantes originada na China.

Além de rejeitar responsabilidade pelos problemas econômicos que assolam o País, Bolsonaro ainda voltou a comparar, nesta terça-feira, a situação brasileira à de outras nações. "Eu sei que vocês moram no Brasil, mas analisem o que está acontecendo nos Estados Unidos, na Europa, no mundo todo", pediu o presidente, sem considerar o impacto de crises políticas criadas dentro do Palácio do Planalto sobre a economia.

Para conter a queda de popularidade em ano pré-eleitoral, o governo lança hoje o Auxílio Brasil, programa para substituir o Bolsa Família. O benefício deve chegar a R$ 400 em 2022, quando Bolsonaro deve disputar a reeleição, e ser parcialmente financiado com dinheiro fora do teto de gastos, a regra que limita o avanço dos gastos públicos à inflação.

Fonte: Uol

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