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quinta-feira, 14 de outubro de 2021

CGD expulsa mais um Policial Militar por participação no motim de 2020

Órgão ainda apura a conduta de mais de 300 militares suspeitos de terem participado do movimento paredista ilegal ocorrido no ano passado

Policiais militares durante o motim, no 18ª Batalhão, em fevereiro de 2020

Mais um policial militar do Ceará foi expulso da corporação, nesta quarta-feira, 13, por participar do motim de 2020. A punição, que consta em portaria publicada no Diário Oficial do Estado, foi aplicada ao soldado Adriano Cavalcante Gomes, que respondia a Processo Administrativo Disciplinar (PAD), no âmbito da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD), desde 21 de fevereiro do ano passado. Com ele, subiu para quatro o número de militares demitidos por envolvimento no ato paredista ilegal.
De acordo com o relatório da comissão processante, Adriano Cavalcante violou deveres e princípios básicos da profissão, incorrendo em prática de transgressão disciplinar. O documento cita que o soldado participou de uma reunião com outros militares, no dia 18 de fevereiro, nas imediações da Assembleia Legislativa, para articular estratégias relativas à iminente paralisação, que veio a ser deflagrada oficialmente no dia seguinte. “Imagens contidas em vídeo corroboram a participação do acusado no movimento reivindicatório. [...] De maneira incontroversa, o acusado descumpriu diretamente as determinações do Comando Geral da PMCE [...]”, destaca trecho da portaria.
Em depoimento, o militar confirmou que ele é realmente a pessoa filmada na gravação apensada ao processo, mas negou que tenha articulado a deflagração do movimento paredista. O PM alega que sua ida ao local se deu por coincidência, pois no momento em que ocorria a reunião, ele aguardava um ônibus para se dirigir a uma faculdade privada onde cursava direito. Justificou que, ao avistar os colegas de farda, resolveu conversar rapidamente com eles enquanto esperava a chegada do coletivo.
Os argumentos, no entanto, não foram aceitos pela CGD. Ao rebater as alegações, o órgão sustenta que as justificativas apresentadas pelo PM tem o objetivo de “descaracterizar as provas nos autos que comprovam que o acusado voluntariamente se integrou ao ilegal coletivo de militares estaduais que naquele dia realizavam reivindicações, desafiando princípios basilares da hierarquia e disciplina e descumprindo diretamente as determinações do Comando Geral da PMCE”. O documento ainda afirma que o soldado teve comportamento incompatível com a função, demonstrando desprezo, desrespeito, indisciplina e insubordinação à administração militar.
Antes de Adriano Cavalcante, outros três militares já haviam sido punidos com demissão por participação no motim policial de 2020. O primeiro a ser expulso foi o soldado Raylan Kadio Augusto de Oliveira, em junho último. Ele foi apontado como um dos invasores do 18º BPM, no dia 19 de fevereiro de 2020. No mês seguinte, a mesma punição foi aplicada ao bombeiro Magno Maciel da Silva, que por ter participado ativamente do movimento ilegal, foi declarado "incapacitado de permanecer na situação ativa” da corporação. A mais recente expulsão aconteceu em setembro. O alvo foi o soldado Antônio Soares Lima Filho, que respondia a Processo Administrativo desde 10 de março do ano passado.

Cidade no Rio de Janeiro tem 3° vereador assassinado em 2021


O vereador Alexsandro Silva Faria, conhecido como Sandro do Sindicato (Solidariedade), eleito pela cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, foi morto a tiros na manhã desta quarta-feira (13), no município da Baixada Fluminense por onde se elegeu. Atingido por tiros de fuzil, ele é o terceiro vereador assassinado este ano na cidade. Ele estava em seu primeiro mandato.

Segundo o portal G1, Sandro estava em uma van quando foi atingido. Eleito em 2020, com 3.247 votos, para seu primeiro mandato na Câmara de Duque de Caxias, o vereador atuava no sindicato da construção civil. Em seu perfil nas redes sociais, Sandro publicava fotos de obras nas ruas do município.


OUTRAS MORTES DE VEREADORES NO MUNICÍPIO

Há um mês, o vereador Joaquim José Santos Alexandre, o Quinzé (PL), de 66 anos, foi assassinado a tiros quando saiu de seu carro para entrar na casa de uma pessoa que iria visitar em São João de Meriti. O autor dos disparos, que estava em um veículo, fugiu.

A primeira morte de um parlamentar de Duque de Caxias neste ano aconteceu em março, quando Danilo Francisco da Silva, o Danilo do Mercado (MDB), e o filho dele, Gabriel da Silva, foram assassinados a tiros no bairro Jardim Primavera. Investigações da Polícia Civil levantaram a suspeita de envolvimento do parlamentar com um grupo de extermínio.

Em 2021, o Instituto Fogo Cruzado mapeou sete políticos baleados na Região Metropolitana do Rio. Seis morreram. Agora, chega a 26 o número de políticos assassinados no estado desde 2018. De acordo com a polícia, boa parte dos crimes tem relação com disputas que envolvem milícias. (Pleno News)

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