Uma megaoperação da Polícia Federal (PF) foi deflagrada, na manhã desta quinta-feira (6), em nove estados do país, com o objetivo de desarticular uma quadrilha responsável por tráfico internacional de drogas. Foram cumpridos 110 mandados nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amazonas, Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.
Entre os mandados, há 38 de prisão e 72 de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal de Cáceres (MT). A Justiça Federal determinou ainda busca e apreensão de 10 aeronaves e o sequestro de todos os bens de 103 pessoas físicas e jurídicas investigadas. O valor total de bens sequestrados está em apuração.
Por conta da complexidade dos trabalhos, a PF contou com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) (MT), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Civil de Mato Grosso, além de com a Polícia Militar do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul e de São Paulo.
As investigações que fundamentaram os trabalhos da operação, batizada de Grão Branco, tiveram início em janeiro de 2019, quando a Polícia Federal e o Gefron de Mato Grosso apreenderam 495kg de cocaína no município de Nova Lacerda (MT). Durante a operação, foram realizados mais de 10 flagrantes, com apreensão de cerca de quatro toneladas de cocaína, aeronaves e veículos.
O líder da organização criminosa, condenado por tráfico internacional de drogas, encontrava-se foragido da Justiça brasileira e controlava toda a logística do transporte da droga a partir de uma mansão, em um condomínio de luxo de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
Em 2020, por meio da cooperação internacional com a Polícia Boliviana, o líder foi expulso do país e entregue às autoridades brasileiras, iniciando o cumprimento da pena. Seus familiares e outros integrantes da organização criminosa, entretanto, continuaram a comandar a logística de transporte da droga.
(Pleno News)
Número de mortos em operação policial no RJ aumenta para 25
O número de mortos durante a operação policial realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro no Jacarezinho, Zona Norte da capital, aumentou para 25 no início da tarde desta quinta-feira (6). De acordo com a corporação, entre os mortos estão o policial André Frias, baleado na cabeça, e outras 24 pessoas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas.
Batizada de Excerptis, a ação desta manhã tinha como objetivo investigar o aliciamento de crianças e adolescentes para ações criminosas. De acordo com a polícia, o tráfico da região adota táticas de guerrilha, com o uso de armas pesadas e homens fardados.
A corporação informou que as crianças e os adolescentes aliciados para o crime estariam participando de atos como assassinatos, roubos e até sequestros de trens da Supervia. O Jacarezinho é considerado uma base do Comando Vermelho, maior facção do tráfico no Rio.
De acordo com o portal G1, outros dois policiais ficaram feridos na operação. Além dos agentes, dois passageiros dentro de um vagão da Linha 2 do metrô foram feridos, após uma bala perdida estilhaçar uma janela, mas sobreviveram. Também não havia informações sobre o quadro de saúde deles. Um morador foi atingido no pé, dentro de casa, e passa bem.
Em uma quebra de dados telemáticos autorizada pela Justiça, a polícia identificou 21 integrantes do grupo criminoso, todos responsáveis por garantir o domínio territorial da região com utilização de armas de fogo. Os agentes ainda identificaram uma estrutura típica de guerra, provida de centenas de “soldados” munidos com fuzis, pistolas, granadas, coletes balísticos e roupas camufladas.
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