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domingo, 14 de junho de 2020

Fortaleza tem queda na média diária de mortes por Covid-19 e passou pelo pico da doença, diz secretaria


A cidade de Fortaleza, epicentro da Covid-19 no Ceará, apresentou queda na média diária de casos e mortes pela doença em relação às semanas anteriores, e passou pelo pico do novo coronavírus. As informações são do boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgado na sexta-feira (12). 

Conforme o documento, a situação de pico contínuo de casos da Covid-19 ocorreu entre a semana epidemiológica 17 e 19, correspondente ao período de 19 de abril a 9 de maio. A maior média de diagnósticos aconteceu na semana 18, de 26 a 2 de abril, com 739 por dia.

Já entre as semanas 19 e 22, de 3 a 30 de maio, foi registrado o pico de incidência de mortes pelo vírus. A maior média de mortes, com até 81,7 óbitos diários, aconteceu nas semanas 19 e 20, de 3 a 15 de maio.

Durante a 23º semana epidemiológica, que corresponde de 1º a 7 de junho, já é possível observar a continuidade na queda de casos e óbitos. Nesse período, houve, em média, 102,1 casos confirmados e 29,6 óbitos por dia.

Segundo o boletim da SMS, a interrupção ou reversão da tendência de declínio de casos e óbitos ainda poderá ocorrer por fatores externos, como àqueles relacionados às Taxas de Isolamento Social.

Apesar de já trazer números até desta sexta(12), o boletim ainda não traz evidências dos efeitos da semana de transição para retomada econômica na capital para a situação da Covid-19.

Até então, a análise não compromete em termos epidemiológicos a primeira fase do plano de retorno das atividades estabelecido pelo governo do Ceará e pela prefeitura de Fortaleza, já que a avaliação só poderá ser feita com segurança do ponto de vista de variação de casos e mortes no fim da próxima semana.

Todos os bairros registram óbitos

Todos os bairros de Fortaleza já têm notificação de morte por Covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgado na noite desta sexta-feira (12).

Até a atualização anterior, o Bairro De Lourdes ainda não apresentava óbitos, mas, no atual documento, a área registrada uma vítima.

Com informações G1

BRASIL Covid-19: Mais de 80 mil profissionais da saúde testam positivo


Na linha de frente do combate ao novo coronavírus, os profissionais da saúde também estão entre os afetados pela pandemia. Segundo o Ministério da Saúde, já foram coletados e analisados 432.668 testes desses agentes, entre 1º de março e 1º de junho, dos quais 83.118 deram positivo. Destes, 169 (19,21%) morreram por causa da covid-19, informou a pasta.

A maioria dos óbitos (42) é de profissionais da enfermagem, seguidos pelos médicos (18). A doença também levou à morte farmacêuticos e bioquímicos (6 no total), nutricionistas (6), cirurgiões dentistas (5), fisioterapeutas (2) e psicólogos ou psicanalistas (2 no total). Há outros 88 profissionais da saúde cuja categoria não foi informada.

Mayra Pinheiro, secretária do Trabalho e da Educação na Saúde, destacou, porém, que esse número de mortos "não pode ser encarado como um dado fidedigno" do contingente de profissionais da saúde no País, que, segundo ela, são 6 milhões entre 14 categorias - só de médicos são mais 400 mil e 1,2 milhão de enfermeiros. Ela ressaltou também que pode ter profissionais testados que não informaram sobre os testes.

Há pouco mais de um mês, em 14 de maio, o ministério havia informado que quase 200 mil agentes de saúde já apresentavam sintomas da doença desde o início da pandemia. Questionada sobre o aumento do número de profissionais infectados (mais do que o dobro), Mayra disse que, na realidade, o que houve foi aumento de notificação.

"Na verdade, a gente está tendo mais notificação. Necessariamente, eu não posso afirmar que o número dobrou. Nós começamos a fazer o acompanhamento e aí passamos a receber mais notificações", justificou ela. Para tentar minimizar esse impacto, a secretária disse que o ministério tem tido o cuidado de intensificar a oferta de equipamentos de proteção individual, bem como a realização de cursos para que os agentes de saúde sejam bem instruídos para o uso dos aparelhos.

Mayra afirmou que boa parte dos testes rápidos que foram doados ao ministério é destinada ao acompanhamento dos profissionais da saúde. "Quando testa, tem a possibilidade de afastar esses profissionais e, na testagem, saber se ele tem anticorpos e se pode voltar às atividades", afirmou. Segundo ela, já esperando que essa categoria fosse afetada pela alta exposição ao novo coronavírus, a pasta se antecipou em criar um banco de dados com agentes de saúde que estariam dispostos a atuar na pandemia.

Ela disse, ainda, que as secretarias do ministério vêm insistindo, junto às secretarias estaduais e municipais, para que haja o maior número de testagens entre os profissionais da saúde.

Com informações Estadão Conteúdo

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