Pelo menos 10.063 profissionais da saúde já foram diagnosticados com Covid-19 em todo o Ceará, segundo dados da Secretaria da Saúde, atualizados nesta quinta-feira (18). Além dos casos, 14 profissionais homens e nove mulheres morreram em decorrência da doença.
Fortaleza concentra o maior número, com 5.736 diagnósticos pela doença pandêmica. Na sequência, surgem os municípios Sobral (493), no interior do Estado, e Caucaia (461), na Região Metropolitana (RMF). Segundo os dados da Sesa, neste mês de junho, até esta quarta-feira (17), a média de casos diário ficou em 34,6.
Dentre os casos, 2.970 são técnicos ou auxiliares de enfermagem; 1.463 são enfermeiros; 1.150 são médicos; 663 são agentes comunitários; 419 são recepcionistas; 274 são agentes de combate a endemias; 223 são técnicos de laboratório; 208 são fisioterapeuta; 210 são condutores de ambulância e 180 farmacêuticos. Por outro lado, 9.358 já foram recuperados no geral.
Pelo menos 346 profissionais afetados têm mais de 60 anos e integram o grupo de risco da Covid-19. Em relação aos óbitos na faixa etária, 13 foram confirmados.
No contexto geral, as mulheres foram as mais acometidas pela doença, responsáveis por 7.232 registros, enquanto os homens somam 2.831 casos. Destes casos, a faixa etária mais infectada é entre 30 a 34 anos, com 1.243 casos. Já nos homens, o grupo mais acometido é entre 35 a 39 anos, com 517 registros.
Com informações G1
COVID-19: OMS fala pela 1º vez em possibilidade de vacina para este ano
A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que centenas de milhões de doses de uma vacina contra o novo coronavírus possam ser produzidas ainda neste ano e outros 2 bilhões de doses até o fim do ano que vem, afirmou nesta quinta-feira a cientista-chefe da organização, Soumya Swaminathan.
A OMS elabora um planos para ajudar a decidir quem deveria receber as primeiras doses quando uma vacina for aprovada, afirmou a cientista. A prioridade seria dada a profissionais da linha de frente, como médicos, pessoas vulneráveis por causa da idade ou outra doença e a quem trabalha ou mora em locais de alta transmissão, como prisões e casas de repouso.
"Estou esperançosa, estou otimista. Mas o desenvolvimento de vacinas é uma empreitada complexa, envolve muita incerteza", disse ela. "O bom é que temos muitas vacinas e plataformas, então, se a primeira fracassar ou se a segunda fracassar, não deveríamos perder a esperança, não deveríamos desistir."
Cerca de dez imunizantes em potencial estão sendo testados em humanos, na esperança de que um possa se tornar disponível nos próximos meses para prevenir a infecção da covid-19. Países já começaram a fazer acordo com empresas farmacêuticas para encomendar doses antes mesmo de se provar que alguma funciona. Soumya descreveu o desejo por milhões de doses de uma vacina ainda neste ano como otimista, acrescentando que a esperança de até 2 bilhões de doses de até três vacinas diferentes no ano que vem é um "grande se".
Sem mutação
A cientista afirmou que os dados de análise genética coletados até agora mostraram que o novo coronavírus ainda não passou por nenhuma mutação que alteraria a gravidade da doença que causa.
A Agência Europeia de Medicamentos estimou em maio, sendo "otimista", que uma vacina poderia estar pronta em um ano. No mesmo período, a OMS ainda falava em 18 meses.
Mas muitos países já esperam desenvolvimentos até o fim do ano, até para evitar uma segunda onda da epidemia com a chegada do inverno no Hemisfério Norte. Assim, os Estados Unidos esperam distribuir 300 milhões de doses em janeiro de 2021, por meio de projetos de financiamento a laboratórios. No caso, a intenção também é dar prioridade a idosos, cidadãos com histórico médico e trabalhadores essenciais.
Na China, a empresa farmacêutica estatal Sinopharm, que atualmente prepara duas vacinas em potencial, espera lançá-las no mercado até o início de 2021. Na Europa, onde vários projetos estão em andamento, esses prazos também estão em queda. Alemanha, França, Itália e Holanda assinaram um acordo com a AstraZeneca para fornecer à UE 300 milhões de doses. Grupos farmacêuticos repetem que as vacinas serão vendidas a um preço acessível, e mesmo a preço de custo. A AstraZeneca prometeu "não lucrar nada", segundo o presidente Olivier Nataf, que estima um preço de 2 euros (US$ 2,24 ) por dose. (Com agências internacionais).
Com informações Notícias ao Minuto via jornal O Estado de S. Paulo
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