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quinta-feira, 18 de junho de 2020

Região do Cariri apresenta maior crescimento de casos e óbitos por Covid-19 no Ceará na última semana

Os dados foram atualizados na noite desta quarta-feira no boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde

Estátua de Padre Cícero em Juazeiro no Norte, principal cidade da região do Cariri; cidade teve aumento de casos de Covid na última semana — Foto: Nívia Uchôa
Estátua de Padre Cícero em Juazeiro no Norte, principal cidade da região do Cariri - Cidade teve aumento de casos de Covid na última semana

A Região do Cariri apresentou o maior crescimento de casos e óbitos por Covid-19, com 56, 8% e 48,8% de incremento, respectivamente, na última semana. As informações são do boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), divulgado na noite desta última quarta-feira (17).
Conforme o boletim, apesar de o aumento nos dois indicadores, os números foram menores em comparação com a semana passada, quando a região registrou 61,4% de casos confirmados pelo novo coronavírus e 50% de mortes pela doença.
Duas áreas do Cariri se destacaram na incidência de casos confirmados. São elas: Juazeiro do Norte (61,8%) e Crato (43,6%), a última pela segunda semana consecutiva. As chamadas ''regiões descentralizadas de saúde'' de Iguatu (78%) e Crateús (52,5%) também tiveram aumento no número de pessoas com a doença, já Fortaleza apresentou o menor incremento de casos na semana em questão, com 10,8%.
Dados do documento também mostraram que a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes cresceu 115,7% na região de saúde do Crato esta semana. A região (que abrange as cidades de Altaneira, Antonina do Norte, Araripe, Assaré, Campos Sales, Crato, Farias Brito, Nova Olinda, Potengi, Salitre, Santana do Cariri, Tarrafas e Várzea Alegre) registrou 6,9 óbitos por Covid-19 por 100 mil habitantes. Já a taxa de mortalidade pela doença no Ceará passou de 46,8 para 56,5 óbitos por cada 100 mil habitantes em 7 dias, representando um incremento de 20,8%.

Ceará tem a taxa mais baixa de contágio da Covid-19 desde o início da pandemia

Menores números foram alcançados nos dias 15 e 16 de junho, com índice de 0,73 - No início da propagação do novo coronavírus, há três meses, o Estado atingia 2,34, mais de três vezes o verificado pela Secretaria da Saúde atualmente

Taxa de contágio atual no Ceará é menor do que a do Brasil - País está com 1,05, segundo Universidade britânica

O Ceará registrou, nos últimos dias 15 e 16 de junho, as menores taxas de transmissão da Covid-19 desde que o novo coronavírus passou a circular, oficialmente, no Estado, no dia 15 de março deste ano. O número, apesar de ainda ser considerado alto, é três vezes menor do que foi verificado pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) naquele momento.
Nesta semana, o índice atingiu o menor valor já analisado: 0,73. A taxa mede a capacidade de contágio que o vírus tem entre as pessoas. Ou seja, nas circunstâncias atuais, cada grupo de 100 pessoas infectadas com o vírus, por exemplo, contamina outras 73 saudáveis. Apesar disso, o Ceará ainda se encontra com média transmissão, caracterizada pelo intervalo entre as taxas de 0,5 e 0,9. A baixa transmissão vai de 0 a 0,4. Os índices superiores a 1 indicam que a doença não está controlada.

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