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sábado, 13 de junho de 2020

Brasil ultrapassa Reino Unido e é segundo país com mais mortes por covid-19


Com a confirmação de 909 novas mortes nas últimas 24 horas, o Brasil chegou hoje a 41.828 óbitos causados pela covid-19 desde o início da pandemia, informou o Ministério da Saúde. Com isso, superou o Reino Unido e agora é o segundo país do mundo com mais mortos pelo novo coronavírus.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, os britânicos tiveram até hoje 41.566 mortes. Segundo balanço da OMS, o Brasil já ocupava a segunda posição no ranking de casos.

Segundo os dados do governo federal, o Brasil teve 25.982 novos casos de infecção por coronavírus registrados entre ontem e hoje. No total, há registro de 828.810 pacientes infectados com a covid-19 em todo o país.

Também segundo o boletim oficial do ministério, o país tem atualmente 421.919 casos em acompanhamento e já registrou 365.063 pacientes curados.

Brasil quadruplicou mortes em 33 dias

Ontem, os dados do Ministério da Saúde já indicavam que o país tinha quadruplicado o número de óbitos em pouco mais de um mês. O Brasil saltou de 10 mil para 40 mil mortes causadas pelo novo coronavírus em 33 dias.

Passaram-se 52 dias desde a primeira morte para que o país chegasse ao marco de 10 mil óbitos (entre 18 de março e 9 de maio) e pouco mais de mês depois isso para o ultrapassar os 40 mil mortos em decorrência da covid-19.

Bolsonaro incentiva ida a hospitais para checar ocupação

Em mais uma polêmica envolvendo a pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) incentivou que as pessoas "arranjem um jeito" de invadir hospitais de campanha para checar a ocupação de leitos. A fala aconteceu durante uma live na noite de ontem.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), rebateu o presidente e disse que abre as portas dos hospitais do estado caso o chefe do Executivo deseje verificar a lotação.

Veículos se unem em prol da informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de Covid-19, os veículos de comunicação UOL, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa a partir desta semana e buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

Com informações Uol Notícias

Bolsonaro sugere que população deve entrar em hospitais para fiscalizar gastos com a Covid-19

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu nesta quinta-feira (11) que populares “arranjem uma maneira de entrar e filmar” dentro de hospitais públicos e de campanha, a fim de fiscalizar os gastos com a pandemia da Covid-19.
“Seria bom você fazer na ponta da linha. Tem um hospital de campanha perto de você, tem um hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente está fazendo isso, mas mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos estão compatíveis ou não”, afirmou o presidente, em transmissão ao vivo pelo Facebook.
Situação nestes moldes aconteceu em São Paulo, onde um grupo de cinco deputados estaduais gravou diversos vídeos dentro do Hospital de Campanha do Anhembi, denunciando uma suposta ausência de pacientes no local.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo classificou aquele episódio como uma “invasão”, que teria sido feita “de maneira desrespeitosa, agredindo pacientes e funcionários verbal e moralmente”. A prefeitura disse também que os parlamentares estavam “colocando em risco a própria saúde porque inicialmente não estavam usando EPI e a própria vida dos cidadãos que estão internados e em tratamento na unidade”.
Na live, o presidente afirmou que os episódios que chegam ao seu conhecimento são encaminhados para a Polícia Federal e para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). “Eu não posso prevaricar. O que chega a meu conhecimento, eu passo para frente para que seja, pela inteligência deles, analisado e abra um procedimento investigatório ou não”, disse.
Na reunião ministerial de 22 de abril, que teve o vídeo compartilhado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente afirma que tem um “sistema particular” de informações que funciona e criticou o sistema oficial ao dizer que “desinforma”.

‘Dezenas de casos’ - O presidente Jair Bolsonaro afirmou que recebe “dezenas de casos” diariamente de mortes que teriam sido registradas como Covid-19 sem que os familiares tivessem ciência de contaminação pelo novo coronavírus.
“Estamos investigando. Tem muito dado que chega e a população reclama que a pessoa tinha uma série de problemas de saúde, entrou em óbito e, até o momento, pelo que os familiares sabiam, não tinha contraído o vírus e aparece lá no óbito como Covid-19”, afirmou o presidente.
Segundo Bolsonaro, “isso não é uma pessoa ou um caso, são dezenas de casos por dias que chegam”. O presidente, no entanto, não citou casos específicos ou localidades em que isso teria acontecido.

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