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sexta-feira, 31 de outubro de 2025

MUITA EMOÇÃO: PMs do Bope mortos em megaoperação são sepultados

 Comandante do Bope diz que "nunca viu nada igual".

Os corpos dos policiais mortos na megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha contra integrantes do Comando Vermelho foram velados e enterrados no Rio de Janeiro. Os dois policiais civis foram sepultados nesta quarta-feira (29). Já os dois policiais militares do Batalhão de Operações Policiais (Bope) foram velados na manhã esta quinta (30), em Laranjeiras, na Zona Sul da cidade.

Os sargentos do Bope Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos, e Heber Carvalho da Fonseca, de 39, são velados na sede do batalhão. Serafim será sepultado na cidade de Mendes, no interior do estado, e Carvalho, no Cemitério de Sulacap, na Zona Oeste da capital fluminense.

O comandante do Bope, tenente-coronel Marcelo Corbage, diz que, em 25 anos de Polícia Militar, “nunca viu nada igual”.

– Eles estavam preparados para a guerra e eles encontraram a guerra – afirmou Corbage.

E acrescentou:

– É um momento de nos fortalecermos. Uma frase que o sargento Heber, que tombou, falava antes de qualquer missão, e que vai ser uma frase que nós vamos entoar para nos fortalecer, “ninguém vai parar a gente”.

Segundo Corbage, os militares “tombaram” acreditando no propósito de “dar a vida e a nossa liberdade em prol da sociedade”.

– Entendemos que aqui não é só um trabalho, é um sacerdócio. Nós sabemos dos riscos, nós sabemos que nós estamos aqui para dar a vida e a nossa liberdade em prol da sociedade. Então, esses militares aqui tombaram acreditando nesse propósito – disse.

Nesta quarta (29), amigos e parentes dos dois policiais civis mortos durante a megaoperação, Marcus Vinicius Cardoso, de 51 anos, chefe do setor de investigações do 53ª DP (Mesquita), e Rodrigo Velloso Cabral, de 34, lotado no 39ª DP (Pavuna), velaram e enterraram os corpos dos agentes no Rio.

Marcus Vinicius foi enterrado no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, e Rodrigo Cabral no Memorial do Rio, em Cordovil.

Em nota, a Polícia Civil se solidarizou com os familiares dos policiais mortos e disse que “os ataques covardes de criminosos contra nossos agentes não ficarão impunes”.

O Bope publicou homenagens nas redes sociais aos dois policiais militares mortos. Uma das postagens diz que o “sargento Heber dedicou sua vida ao cumprimento do dever e deixa um legado de coragem, lealdade e compromisso com a missão policial militar”.

Em outra, o Bope diz que o “sargento Serafim dedicou sua vida ao serviço público, honrando a farda com coragem, lealdade e compromisso inabalável com a segurança da sociedade”. Ainda pede “Que seu exemplo de bravura e dedicação permaneça vivo na memória de todos nós’.

POLICIAIS SERÃO PROMOVIDOS POSTUMAMENTE

O governador Cláudio Castro (PL) também prestou solidariedade aos amigos e familiares dos policiais mortos. De acordo com o chefe do Executivo fluminense, “como forma de reconhecimento e respeito, todos serão promovidos postumamente”.

– Hoje o Rio de Janeiro amanheceu de luto. Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, comissário da 53ª DP, Rodrigo Velloso Cabral, da 39ª DP, Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca, ambos sargentos do Bope, deram a vida cumprindo o dever de proteger a população fluminense. Minha solidariedade e minhas orações estão com as famílias, amigos e colegas de farda desses heróis. Eles serviram ao Estado com coragem e lealdade, defendendo o que acreditavam: um Rio mais seguro e livre – escreveu.

*AE

Veja como ficou “Penélope Charmosa”, morta em confronto no Complexo da Penha; CENAS FORTES


Uma mulher identificada pelos apelidos “Japinha” e “Penélope Charmosa”, considerada figura de destaque dentro da facção Comando Vermelho, morreu durante uma operação policial nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. 

De acordo com a Polícia Civil, a suspeita estava na linha de frente da facção e, no momento do confronto, usava uniforme camuflado, colete tático e portava um fuzil. 

A ação envolveu tiroteios intensos e mobilizou helicópteros, blindados e equipes táticas especializadas. 

Investigadores afirmam que a mulher atuava na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos de venda de drogas, o que reforçava seu status dentro da organização criminosa. 

A imagem divulgada pela polícia mostra a suspeita com o rosto parcialmente coberto e equipada com armas, evidenciando seu envolvimento direto nas atividades da facção.

Após a confirmação da morte, familiares da mulher solicitaram que imagens do corpo não fossem divulgadas, alegando que a exposição estava causando sofrimento. 

A Polícia Civil continua monitorando a região e reforçando a presença nas comunidades afetadas para conter a ação de criminosos.

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