Com a inflação superior a dois dígitos em algumas capitais brasileiras, puxada principalmente pelo preço de alimentos básicos como arroz e feijão, o presidente Jair Bolsonaro aconselhou seus apoiadores a comprarem fuzil, mesmo que seja caro. “Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Aí tem um idiota: ‘Ah, tem que comprar é feijão’. Cara, se você não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”, disse Bolsonaro, em frente ao Palácio da Alvorada nesta sexta-feira, 27.
O presidente disse, mais uma vez, que não quer inflação alta, mas que isso não depende de seu governo. O controle da alta de preços, no entanto, é a principal missão do Banco Central, que tem instrumentos para desacelerar a inflação.
“Não teve aumento de nada no meu governo”, declarou o chefe do Executivo a apoiadores nesta manhã, embora os números da inflação mostram que alimentos, energia elétrica, combustíveis e outros itens tiveram os preços acelerados nos últimos meses.
Apesar de reconhecer o alto custo de vida nacional, Bolsonaro voltou a dizer que “a economia deu uma balançada, mas estamos consertando”.
Reforçando as críticas contra os medidas adotadas pelos governadores no combate à pandemia da covid-19, Bolsonaro disse que “político preocupado com vida do pobre está de sacanagem”. O presidente, no entanto, ponderou que lamenta as mortes pela doença. “Mas acontece, a vida é essa, mas destruir o País por causa disso?”.
Para driblar a crise hídrica no País, o presidente reforçou pedido feito na quinta-feira (26), em transmissão ao vivo pelas redes sociais, para a população reduzir o consumo de energia nas casas. “Vamos apagar luz em casa, ajude a economizar energia”, apelou Bolsonaro. Ainda que o governo federal se recuse a falar em racionamento, o chefe do Executivo reconheceu que “não tem mais água nas hidrelétricas”.
Fonte: O Tempo via Site Miséria
Conta de luz em setembro terá alta de até 58% com bandeira vermelha
A partir de setembro, a conta de energia pesará mais no bolso do brasileiro. A bandeira tarifária vai aumentar dos atuais R$ 9,49 para algo entre R$ 14 e R$ 15, o que representa uma alta entre 50% e 58%.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve informar o valor exato até a próxima terça-feira, 31. O valor pago pelos brasileiros está em vigor desde julho, quando ocorreu um aumento de 50%.
No entanto, de lá para cá o custo da energia disparou, o que exigiu um novo aumento. O acréscimo será para a bandeira vermelha 2, patamar mais alto do sistema, que conta com as cores verde, amarela e vermelha 1. A taxa é cobrada por cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O aumento foi discutido durante uma reunião com representantes do governo nesta semana. Segundo os participantes, a sugestão de subir o valor da bandeira para R$ 24 foi feita pelo Ministério de Minas e Energia. É válido lembrar que o número corresponde a mais que o dobro de aumento, por um período de três meses.
O Ministério da Economia, no entanto, propôs cobrar uma taxa entre R$ 14 e R$ 15 por um período maior, possivelmente de seis meses, sugestão que foi acatada. Após o início do período úmido, no fim do ano, esse terá o objetivo de recuperar os reservatórios.
Fonte: O Povo
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