Apoiadores do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro e do presidente Jair Bolsonaro entraram em confronto hoje, em frente à sede da Polícia Federal, em Curitiba, no bairro Santa Cândida.
O Ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, vai prestar depoimento na manhã de hoje, no local. O depoimento faz parte de um inquérito que apura acusações que o ex-ministro fez sobre o presidente Jair Bolsonaro. Segundo apontou Moro, o presidente tentou interferir no trabalho da Polícia Federal (PF). A PGR abriu inquérito para apurar as acusações e também o próprio Sergio Moro, caso esteja mentindo, poderia ser enquadrado no crime de "denunciação caluniosa".
Pela manhã, manifestantes contrários e admiradores do ex-ministro se concentraram no local, portando cartazes. Aliados do presidente chamaram Moro de “traidor”, enquanto apoiadores do ex-ministro defendiam a operação Lava Jato e a atuação do ex-juiz. Um dos participantes tentou agredir um cinegrafista de TV. Policiais militares tiveram que conter os manifestantes. A polícia colocou uma cones e uma fita para separar os dois grupos.
(R. Curitiba)
Bolsonaro chama Moro de "Judas" e questiona se o ex-ministro interferiu para não investigar Adélio
O presidente da RepúblicaJair Bolsonaro chamou seu ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro de “Judas” na manhã deste sábado, 2, ao postar um vídeo com o título “Quem mandou matar Bolsonaro?”, em referência à facada que levou do militante Adélio Bispo durante a campanha eleitoral de 2018. “Os mandantes estão em Brasília?”, escreveu o presidente nas redes sociais. “O Judas, que deporá, interferiu para que não se investigasse?”, escreveu em relação ao ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro.
Sergio Moro é esperado na sede da Polícia Federal em Curitiba hoje para prestar depoimento sobre as acusações, feitas por ele ao anunciar que estava deixando o governo, de que Bolsonaro tentou tentou interferir no trabalho da PF.
Antes mesmo da chegada de Sergio Moro, a Sede da PF já registrou confronto entre apoiadores de Moro e apoiadores de Bolsonaro.
O depoimento de Sergio Moro foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, relator da investigação. Nesta sexta-feira, ele deferiu pedido formulado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, e designou três procuradores indicados pela PGR para acompanhar o depoimento do ex-ministro.
Bolsonaro também afirmou nas redes sociais que nada fará “que não esteja de acordo com a Constituição, mas também NÃO ADMITIREI que façam contra MIM e ao nosso Brasil passando por cima da mesma”.
Com informações da VEJA
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