O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, vem recebendo inúmeras críticas por ser o dirigente do Brasil que mais defende a volta do futebol no Brasil.
Mesmo com o país vivendo o pico da pandemia do coronavírus, com mais de 23 mil mortos.
Ele se reuniu com Jair Bolsonaro. E reafirmou ao presidente a necessidade da volta do esporte, por conta da crise econômica que os clubes enfrentam, com três meses sem atividades.
Acabou massacrado nas redes sociais.
Ele decidiu tirar a segunda-feira para se defender.
Primeiro, divulgou uma carta para os torcedores rubro-negros.
Depois, foi à tevê.
Deu seus motivos, falou que o procedimento para a volta do futebol é avaliado por médicos. E seguro.
Mas, ansioso para expor que não haverá risco aos atletas, ele acabou fazendo uma importante revelação.
O Flamengo não tem quatro jogadores que foram infectatos com o coronavírus.
Na verdade, tem oito.
"Temos observado é que, ao contrário do que muito se fala, na primeira leva de testes, foram 293, envolvendo núcleo familiar, pessoas do clube e demais pessoas, foi importante porque ajudamos a preservar os atletas.
"Hoje nós temos oito atletas com o IGG positivo, todos imunizados.
"Todos estiveram com a doença de uma forma assintomática e contaminando até mesmo sem saber."
Sim, ele fez a revelação dos oito jogadores.
Os nomes seguem sob sigilo.
Mas Landim deu mais outra demonstração do poder da pandemia.
"Até mesmo um motorista de um dos atletas estava com a doença. Esse protocolo veio a ajudar que esse problema não se disseminasse de uma forma melhor ainda. Mais nenhum deles foram infectados.
"Vários foram infectados, estiveram em período de contaminação, mas hoje estão livres da doença e não estão contaminando.
"O nosso protocolo envolve inclusive treinamentos em grupos. Toda essa discussão, falando por alto, se eu tivesse que falar do protocolo inteiro passaríamos horas aqui.
"Peço ajuda de vocês, acho que vocês (jornalistas) estão perdendo a oportunidade de mostrar como o esporte pode contribuir para a sociedade brasileira. O Flamengo é um bom exemplo, deveria ser propagandeado como um sucesso, ser elogiado.
"Mas não pelo fato do Flamengo estar treinando e seguindo um protocolo super correto, ser criticado. Todos vocês que estão falando de futebol deveriam falar sobre o exemplo do Flamengo", destacou na Foxsports.
A revelação de que o Flamengo teve oito atletas infectados no seu milionário elenco repercute nas redes sociais.
E o clube não está sendo elogiado.
Muito menos Landim.
Ao contrário.
As críticas só aumentaram.
A pergunta mais repetida incomoda.
E se esses oito atletas não estissem assintomáticos?
O Flamengo segue sua posição.
Treinando até sem permissão da prefeitura do Rio.
E exigindo a volta do futebol...
Com informações Cosme Rímoli/R7
Bolsonaristas ameaçam jornalistas: “Tá trabalhando por que? Lixo!”
Um grupo de bolsonaristas atacaram jornalistas que estavam em frente ao Ministério da Defesa, onde o presidente Jair Bolsonaro almoçava com o ministro General Fernando Azevedo e Silva. Um dos homens ficou a centímetros do rosto dos jornalistas e, sem máscara, gritou e hostilizou os repórteres. "Vai tomar no seu cú, cuzão. Vai se foder, filho duma puta. A gente tá aqui pela sua família, cuzão, a gente tá aqui pela sua família. A gente tá aqui pela sua família, cuzão. A gente tá aqui pela sua família, seu bosta. Você tá fazendo o que aqui? Tá trabalhando por que? Lixo!", disse um militante do bolsonarismo a um dos repórteres.
Nesse momento, os manifestantes avançaram em direção aos jornalistas que ali estavam, e gritaram chamando de "comunistas", "vocês querem o dinheiro do governo", "divulga a verdade", foram algumas das palavras de ordens dos militantes.
Os ataques dos apoiadores estão ficando cada vez mais violentos e seguem a mesma linha ditada pelo presidente da República.
De manhã, uma cena semelhante já havia acontecido em frente ao Palácio do Alvorada. Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro passaram a hostilizar os jornalistas após o chefe do Executivo falar: “O dia que vocês tiverem compromisso com a verdade eu falo com vocês de novo, está ok?”.
Segundo informações do site Poder 360, seguranças do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que é comandado pelo General Augusto Heleno, autoridade que, assim como Bolsonaro, com frequência ataca a imprensa nas redes sociais, demoraram cinco minutos para dispersar o grupo.
Os jornalistas que lá estavam foram embora juntos, sob xingamentos. Porém, pela manhã, os manifestantes foram contidos por uma grade, que impediu que chegassem tão perto dos repórteres.
Rotina - Nas últimas semanas, os ataques à imprensa têm sido frequentes. Jornalistas estão sendo hostilizados e, em alguns casos, sofrendo agressões físicas por parte de bolsonaristas.
No dia 2 de maio, em Curitiba, o repórter cinematográfico da RICTV, filiada da Record no Paraná, Robson Silva, foi alvo de agressão física durante cobertura do depoimento do ex-juiz Sergio Moro na Polícia Federal, e quase teve o equipamento danificado.
No último dia 3, o repórter fotográfico Dida Sampaio e o motorista Marcos Pereira, do jornal O Estado de S. Paulo, foram agredidos fisicamente numa manifestação em apoio ao presidente. O repórter Nivaldo Carboni, do site Poder 360, levou um chute. O fotógrafo Orlando Britto também foi empurrado. Outros profissionais foram hostilizados por bolsonaristas.
No último dia 5 o presidente Jair Bolsonaro mandou jornalistas que o entrevistavam calarem a boca.
No dia 14, muros em Belo Horizonte amanheceram pichados com apologia ao assassinato de jornalistas e atentados contra a imprensa. "Jornalista bom é jornalista morto", era uma das mensagens nos tapumes na Avenida Alfredo Balena. “Colabore com a limpeza do Brasil, mate um jornalista, um artista, comunista por dia”, dizia outra.
No dia 17, uma apoiadora do presidente bateu com o mastro de uma bandeira na cabeça de uma repórter da Band.
No dia 20,o cinegrafista Robson Panzera, da TV Integração, afiliada da Rede Globo em Barbacena (MG), foi agredido por um militante que gritava palavras de ordem contra a emissora. O profissional teve sua mão quebrada ao ser atingido pelo tripé da câmera.
Entidades como a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) acusaram o presidente de incitar esse tipo de comportamento contra a imprensa. "É o próprio presidente e seus ministros que incentivam as agressões contra a imprensa e seus profissionais”, disse a ABI por meio de nota.
Segundo o presidente da Casa do Jornalista de BH, de 2018 pra cá, aumentaram os ataques aos profissionais de imprensa, em especial, os virtuais. "Sempre acontece algum tipo de ataques na internet, crimes virtuais e cibernéticos a gente recebe denúncias há algum tempo", afirmou.
Kerinson conta que durante a ditadura militar esse tipo de ataque contra a instituição eram frequentes. Na época, duas bombas chegaram a ser jogadas contra a sede da instituição.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) afirma que em 2019 a mídia profissional sofreu 11 mil ataques por dia via redes sociais. A média é de sete agressões por minuto. Os dados estão no relatório anual sobre Violações à Liberdade de Expressão.
De acordo com monitoramento realizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj),"somente no ano de 2020 Bolsonaro proferiu 179 ataques à imprensa, sendo 28 ocorrências de agressões diretas a jornalistas, duas ocorrências direcionadas à Fenaj e 149 tentativas de descredibilização da imprensa".
O órgão aponta que somente no mês de abril de 2020, foram 38 ocorrências, sendo seis ataques a jornalistas e 32 casos de descredibilização da imprensa.
#fiqueemcasaCONGRESSO EM FOCO.
Mesmo com pandemia, abril foi o mês com mais mortes por intervenção policial
No quarto mês deste ano, 35 pessoas morreram nesse tipo de ocorrência, conforme a SSPDS
No último mês de abril, 35 pessoas morreram em intervenções policiais no Ceará. Somados, os casos ocorridos durante o período de isolamento social em decorrência da pandemia da Covid-19 resultam em recorde negativo na história da Segurança Pública do estado, segundo as estatísticas disponibilizadas pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) desde o ano de 2013, quando os números passaram a ser divulgados. Conforme o levantamento, abril deste ano foi o período com mais mortes envolvendo policiais. A média é de mais de uma morte por dia.
Se observado cada um dos meses de janeiro de 2013 até abril de 2020 os outros períodos com maior número de casos de mortes por intervenção policial foram janeiro de 2019, com 28; e janeiro de 2018, com 25.
Conforme a SSPDS, há 14 meses o Ceará não registrava aumento neste tipo de ocorrência. A pasta reforçou, por nota, "que todas as mortes decorrentes de confronto com a Polícia resultam na instauração de inquérito policial, sendo apuradas pela Polícia Civil do Estado do Ceará e submetidas à apreciação do Ministério Público".
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