O Brasil superou os Estados Unidos no registro diário de mortes decorrentes do novo coronavírus. O Ministério da Saúde brasileiro confirmou 807 novos óbitos ontem, dia em que o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) americano incluiu 620 mortes no balanço oficial. Foi a primeira vez, segundos os dados oficiais, que a pandemia fez com que o Brasil tivesse mais notificações de mortes do que os Estados Unidos.
Já de acordo com o levantamento da Universidade Johns Hopkins, o registro diário de óbitos nos EUA foi de 532 nesta segunda-feira. O que diferencia as fontes é a multiplicidade de bancos de informações usada pela Johns Hopkins, enquanto o CDC, órgão do governo federal americano, depende de dados dos departamentos de saúde estaduais e municipais.
Balanços diários de mortes, porém, muitas vezes são influenciados por problemas de notificação. Os registros no Brasil despencam em fins de semana e feriados, por exemplo, por causa dos regimes de plantão nos centros de saúde e em laboratórios, o que atrasa o repasse das informações. A escassez de testes faz também que óbitos sejam incluídos no balanço apenas semanas depois da morte, pela falta de confirmação do diagnóstico.
OS EUA registraram até esta segunda 1,6 milhão de casos, com 97,6 mil mortes, de acordo com o CDC. Os dados brasileiros mostram 374,8 mil casos, com 23,4 mil mortes. Mas, enquanto os números começam a cair por lá, por aqui a expectativa é de alta.
A ultrapassagem nos dados diários de óbitos ocorre em um contexto no qual a América do Sul é considerada um novo epicentro da pandemia. A constatação foi feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana passada, que alertou para a situação de estados como o Amazonas, onde a taxa de infectados é de 652,4 infectados a cada 100 mil habitantes.
A Casa Branca antecipou nesta segunda-feira, em dois dias, as restrições de viagens do Brasil aos Estados Unidos, anunciadas depois que o país tornou-se um dos maiores focos da crise do coronavírus no mundo. A medida entrará em vigor às 23h59 de hoje, segundo comunicado oficial americano. A pressão vinha crescendo sobre o presidente Donald Trump diante do agravamento da situação no Brasil, onde o patamar diário de mortes ultrapassou as mil vítimas na semana passada.
Com informações Uol Notícias
Depois de matar padre, rapaz mata o próprio pai e confessa o crime
Rapaz estava em liberdade, mas respondendo pela morte do padre
A Polícia Civil de Paranaguá, no Litoral do Paraná, investiga mais um crime cometido por Paulo Roberto Nunes, de 25 anos (foto). O rapaz, que é morador da cidade, confessou ter matado o próprio pai, porque segundo ele, o homem teria abusado de uma de suas irmãs. O crime aconteceu no final de semana e chocou a cidade.
Segundo a polícia, Carlos Roberto Nunes, de 55 anos, foi assassinado e teve o corpo carbonizado pelo próprio filho. Paulo Roberto Nunes, o filho, foi preso logo após o crime, quando tentava tirar a própria vida, ameaçando pular de uma passarela.
Durante o resgate, a polícia descobriu que o jovem era o mesmo que já havia matado outra pessoa e confessado o crime. As investigações apontam que Paulo teria matado, quando tinha 21 anos, o padre Auci Ribeiro Lucas, na época aos 45 anos, também no litoral do Paraná.
A morte do padre, na época, foi justificada pelo rapaz como vingança por conta de relações sexuais que mantinha com Auci Ribeiro Lucas. O padre ficou exercendo o cargo por um tempo nas cidades do litoral, e depois foi transferido para a cidade de Tunas do Paraná. Mesmo assim, continuou a manter contato com o rapaz.
Na época do crime, Paulo Roberto chegou a ser preso com o carro da vítima. Ele teria afirmado que o padre pagava para manter relações sexuais com ele e que um desentendimento, por conta disso, foi o que motivou o assassinato, e não os abusos que hoje ele diz ter sofrido.
Após ter sido preso, acusado pela morte do padre, Paulo Roberto foi solto para responder ao crime em liberdade. Nesse período, acabou sendo flagrado por populares praticando um roubo. Chegou a ser espancado no meio da rua e ficou gravemente ferido.
Por enquanto Paulo Roberto, que estava muito desorientado quando foi detido enquanto tentava se matar, ficou preso por conta do roubo que praticou. A polícia ainda não conseguiu ouvir seu depoimento sobre a morte de seu pai, mas aos socorristas ele confessou este novo assassinato.
Matou e incendiou o corpo do próprio pai - O segundo assassinato cometido por Paulo Roberto aconteceu no final de semana, mas ele deu indícios de que faria alguma coisa muito antes, no dia 17 de maio. Nas redes sociais, o rapaz fez uma postagem em que dizia que não aguentava mais conviver com seu pai, pois o homem teria abusado de sua irmã.
O desabafo continua nas redes sociais e mostra o desespero traduzido em palavras de um jovem atormentado. Em seu texto, demonstrou ódio, revolta e falou sobre impunidade. Poucos dias depois, matou seu pai e incendiou o corpo. Após isso, tentou se jogar da passarela onde foi encontrado.
Rapaz fica preso e espera julgamento do primeiro crime - Paulo Roberto continua preso. Antes de cometer o crime contra seu pai, ele já sabia que o julgamento pela morte do padre estava próximo de acontecer: em junho. O Ministério Público do Paraná, que acusa o rapaz, já pediu à polícia informações sobre este novo crime. O objetivo é garantir que, mesmo que haja um atraso no julgamento, por causa da pandemia de coronavírus, Paulo Roberto fique preso.
Vizinhos e amigos de Carlos Roberto Nunes, o homem assassinado pelo próprio filho, lamentaram o crime. Os moradores próximos confirmam que Paulo Roberto era um jovem problemático e que o pai sempre tentava ajudá-lo. A polícia deve investigar, também, a denúncia de que o homem teria abusado da própria filha.
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