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sexta-feira, 22 de maio de 2020

EUA anunciam ajuda milionária para o Brasil durante pandemia de Covid-19


O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (19) um plano de auxílio adicional de aproximadamente US$ 3 milhões — mais de R$ 17 milhões — para "ajudar na resposta de emergência de saúde pública do Brasil" à pandemia de Covid-19.

O anúncio foi feito momentos depois de o presidente Donald Trump dizer que cogita banir viagens do Brasil rumo aos EUA, dada a gravidade da crise do novo coronavírus no país.

Segundo comunicado da Embaixada dos EUA no Brasil, o valor se soma aos outros US$ 950 mi anunciados em 1º de maio para apoio socioeconômico às pessoas mais vulneráveis durante a pandemia.

"Os recursos serão usados para a melhoria da detecção e do rastreamento de casos, na identificação de áreas de transmissão, no controle de surtos e no fornecimento de dados para uma reabertura segura no Brasil", diz a nota.

Além disso, o governo norte-americano afirma que vai apoiar 79 centros de operação de emergência e atuar em 13 municípios fronteiriços brasileiros para "reforçar as capacidades entre os países parceiros para detectar e atender indivíduos doentes nas fronteiras e durante suas viagens".

Ainda de acordo com a Embaixada, as autoridades de saúde norte-americanas vão trabalhar em conjunto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde.

O embaixador brasileiro Nestor Forster disse que a possibilidade de cooperação havia sido discutida entre Trump e o presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

“Na última ligação entre os presidentes Bolsonaro e Trump, houve ofertas de lado a lado de assistência entre os países, tanto sobre possibilidades de cooperação científica quanto sobre aquisição de materiais", explicou.

"Cada país, como é natural, dará prioridade à sua própria população, mas os Estados Unidos asseguraram ao Brasil uma isenção da Lei de Produção de Defesa. Essa isenção garante ao Brasil a possibilidade de aquisição de respiradores artificiais, até um certo limite, caso o Ministério da Saúde tenha interesse em adquirir equipamentos fabricados nos EUA.", acrescentou Forster.

Nesta terça, o Brasil registrou mais de 1 mil mortes confirmadas em 24 horas pela primeira vez desde o início da pandemia do novo coronavírus. Com isso, o total de vítimas da doença no país passou de 17 mil.

Com informações G1

Médico que adiou aposentadoria para atuar em pandemia morre de Covid-19


Aos 62 anos, James Mahoney decidiu adiar sua aposentadoria quando a pandemia de Covid-19 explodiu. Ele, que atuava num hospital do Brooklyn, em Nova York, que atende principalmente pessoas pobres e negras, queria se manter na linha de frente de atendimento aos pacientes.

Mahoney sentiu febre na segunda semana de abril. No dia 20 daquele mês, com dificuldades para respirar e andar, foi internado. Morreu sete dias depois com a doença que enfrentava.

“Algumas pessoas são relutantes em entrar nos quartos, e você pode entender o porquê”, disse o chefe de Mahoney, Robert F. Foronjy, ao New York Times. “Ele via outro ser humano precisando de ajuda e não hesitava”.

Médico por 40 anos, Mahoney atuou na linha de frente quando a epidemia de Aids surgiu nos anos 1980, no atendimento a vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 e quando o furacão Sandy provocou enormes estragos em Nova York.

Amigos e familiares pediram para que, desta vez, aos 62 anos, se preservasse. Ele não quis. “Ele trabalhou na linha de frente até o final”, contou Melvin Mahoney, irmão de James.

“Uma das tristes histórias desta pandemia é que nós estamos perdendo pessoas que não poderíamos nos dar ao luxo de perder”, disse Foronjy.

Mahoney começou no hospital, que faz parte da Universidade Estadual de Nova York, como estudante em 1982 e nunca saiu.

Estudantes, especialmente os negros, o tratavam como uma lenda.

“Como um jovem homem negro, eu olhava para este cara e dizia a mim mesmo: ‘Em 20 anos eu quero ser como ele'”, disse ao "Times" o médico Latif Salam. “Quando um estudante negro de medicina, um residente negro, o via, via um herói. Alguém que você pode ser um dia. Ele era o nosso Jay-Z”, completa Latif, citando o rapper que é uma super estrela da música nos EUA.

A região de Nova York é a mais afetada pela pandemia de Covid-19. Segundo dados do monitoramento da Universidade Johns Hopkins, o estado registra, nesta quarta-feira (20), 28.558 mortes pelo novo coronavírus.

Com informações G1

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