Uma vereadora do interior do Rio Grande do Sul declarou nesta última segunda-feira (22,) que, na política, nordestinos se unem para roubar. Durante uma sessão da Câmara de Vereadores de Farroupilha (107 km de Porto Alegre), na serra gaúcha, Eleonora Broilo (PMDB) afirmou: "Em relação a nordestino saber fazer política, não sei se eu concordo muito. Eu acho que os nordestinos sabem muito bem se unir, sim, para roubar". Questionada posteriormente, a parlamentar disse que foi mal interpretada.
A fala foi feita ao microfone, presenciada por vereadores, assessores, jornalistas e membros da comunidade, e gravada pela própria Casa, como sempre ocorre.
Médica pediatra, Eleonora pediu a palavra após o comentário de um colega, que, durante discussão sobre a crise política brasileira, afirmou que os deputados federais gaúchos "mal e mal falam entre si" para defender os interesses do Estado, ao contrário dos nordestinos, "que se unem e levam todas as vantagens porque sabem fazer política".
Foi depois dessa declaração que Eleonora falou.
"Eles [nordestinos] sabem se unir para ganhar propina. Eu acho que eles sabem se unir para aumentar a corrupção. Isso eu acho que eles são donos. Isso eu concordo, plenamente. Talvez até eles não saibam falar muito bem, mas sabem roubar que é uma maravilha."
Quando avisada por outro vereador que sua declaração poderia sofrer algum erro de interpretação, a parlamentar admitiu uma falha: "Eu não tinha me dado conta. Na realidade, eu só quis falar sobre o político nordestino. O povo nordestino é um povo que merece o nosso respeito pelo sofrimento dele. Eles não têm culpa nenhuma do seu político. Eu quis realmente falar sobre o político nordestino", ressaltou.
Conforme o presidente da Câmara Municipal de Farroupilha, Fabiano André Piccoli (PT), sete dos parlamentares da Casa solicitaram, nesta manhã, a abertura de uma Comissão de Ética no Legislativo. Em Farroupilha, essa comissão não é permanente.
"Já dei entrada no requerimento. Agora vou solicitar aos líderes que indiquem seus vereadores para a comissão. Haverá um prazo de 90 dias para que o relatório [sobre a quebra ou não de decoro de Eleonora] seja concluído e apreciado em plenário", explicou.
O presidente da Câmara informou ainda que, caso seja aprovada alguma punição, ela deve variar de uma advertência, até a suspensão e cassação do mandato.
Contatada pela reportagem, a assessoria de Eleonora afirmou que ela se pronunciaria apenas por meio de uma nota. No texto, a vereadora se desculpa e diz que sua fala está sendo republicada de forma "descontextualizada do que realmente era objeto de discussão pelo Plenário".
"Manifestei-me, referindo-me exclusivamente aos políticos nordestinos --e não ao povo nordestino--, ocasião em que efetivamente fiz considerações desabonatórias ao seu modo --dos políticos nordestinos, reitera-se - de fazer política", completa.
Mais adiante, Eleonora imputa à "oposição" a "tentativa de distorcer" sua fala. "Sempre me pautei pela retidão de caráter no exercício da minha profissão -sou Médica Pediatra--, sem qualquer espécie de preconceito, ingressando na esfera política a fim de garantir um mínimo de representação feminina na Câmara de Vereadores de Farroupilha."
Por fim, ela ameaça: "Informo que eventualmente medidas judiciais serão tomadas em face daqueles que, deliberadamente e de modo vil, tentam impingir-me uma conduta desabonatória, descontextualizando a minha fala, modo a fazer parecer que eu estava me referindo genericamente ao povo nordestino quando, ao fim e ao cabo, o que estava fazendo era defendendo-o."
A fala foi feita ao microfone, presenciada por vereadores, assessores, jornalistas e membros da comunidade, e gravada pela própria Casa, como sempre ocorre.
Médica pediatra, Eleonora pediu a palavra após o comentário de um colega, que, durante discussão sobre a crise política brasileira, afirmou que os deputados federais gaúchos "mal e mal falam entre si" para defender os interesses do Estado, ao contrário dos nordestinos, "que se unem e levam todas as vantagens porque sabem fazer política".
Foi depois dessa declaração que Eleonora falou.
"Eles [nordestinos] sabem se unir para ganhar propina. Eu acho que eles sabem se unir para aumentar a corrupção. Isso eu acho que eles são donos. Isso eu concordo, plenamente. Talvez até eles não saibam falar muito bem, mas sabem roubar que é uma maravilha."
Quando avisada por outro vereador que sua declaração poderia sofrer algum erro de interpretação, a parlamentar admitiu uma falha: "Eu não tinha me dado conta. Na realidade, eu só quis falar sobre o político nordestino. O povo nordestino é um povo que merece o nosso respeito pelo sofrimento dele. Eles não têm culpa nenhuma do seu político. Eu quis realmente falar sobre o político nordestino", ressaltou.
Conforme o presidente da Câmara Municipal de Farroupilha, Fabiano André Piccoli (PT), sete dos parlamentares da Casa solicitaram, nesta manhã, a abertura de uma Comissão de Ética no Legislativo. Em Farroupilha, essa comissão não é permanente.
"Já dei entrada no requerimento. Agora vou solicitar aos líderes que indiquem seus vereadores para a comissão. Haverá um prazo de 90 dias para que o relatório [sobre a quebra ou não de decoro de Eleonora] seja concluído e apreciado em plenário", explicou.
O presidente da Câmara informou ainda que, caso seja aprovada alguma punição, ela deve variar de uma advertência, até a suspensão e cassação do mandato.
Contatada pela reportagem, a assessoria de Eleonora afirmou que ela se pronunciaria apenas por meio de uma nota. No texto, a vereadora se desculpa e diz que sua fala está sendo republicada de forma "descontextualizada do que realmente era objeto de discussão pelo Plenário".
"Manifestei-me, referindo-me exclusivamente aos políticos nordestinos --e não ao povo nordestino--, ocasião em que efetivamente fiz considerações desabonatórias ao seu modo --dos políticos nordestinos, reitera-se - de fazer política", completa.
Mais adiante, Eleonora imputa à "oposição" a "tentativa de distorcer" sua fala. "Sempre me pautei pela retidão de caráter no exercício da minha profissão -sou Médica Pediatra--, sem qualquer espécie de preconceito, ingressando na esfera política a fim de garantir um mínimo de representação feminina na Câmara de Vereadores de Farroupilha."
Por fim, ela ameaça: "Informo que eventualmente medidas judiciais serão tomadas em face daqueles que, deliberadamente e de modo vil, tentam impingir-me uma conduta desabonatória, descontextualizando a minha fala, modo a fazer parecer que eu estava me referindo genericamente ao povo nordestino quando, ao fim e ao cabo, o que estava fazendo era defendendo-o."
Meia taça de vinho por dia já eleva risco de câncer de mama, indica pesquisa
Apesar de conhecida, a ligação entre beber álcool e câncer de mama é apenas um dos fatores de risco (Foto: Getty Images) |
Uma pesquisa confirmou a ligação entre o consumo de álcool e um risco maior de câncer de mama em mulheres.
De acordo com um estudo, do Fundo Mundial para Pesquisas sobre Câncer, meia taça de vinho ou um copo pequeno de cerveja já pode aumentar o risco.
O mesmo estudo também confirmou que exercícios regulares de alta intensidade podem reduzir o risco de sofrer da doença.
Mas é assim tão simples?
O câncer de mama é o segundo tipo de tumor maligno mais incidente entre as brasileiras, atrás apenas do câncer de pele não melanoma, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Mas os médicos ainda não conseguem explicar por que esse tipo de câncer afeta algumas pessoas e não outras.
Há vários fatores envolvidos, incluindo estilo de vida, níveis de hormônios e outras condições médicas. Basicamente, é um conjunto de causas e não faz muito sentido focar em apenas uma delas.
Então quais são os riscos para o câncer de mama?
Para começar, há alguns fatores impossíveis de controlar, como sexo, idade, altura, genes e início da menstruação.
Ser mulher, ter mais de 50 anos, ter passado pela menopausa e ter um histórico de câncer de mama na família são fatores que aumentam o risco de ter a doença.
Ser alta e ter começado a menstruar antes dos 12 anos de idade também são considerados riscos.
No total, o Centro de Pesquisa sobre o Câncer do Reino Unido lista 18 fatores diferentes que podem, até certo ponto, ser a causa do câncer de mama. O álcool é um deles.
O que isso realmente significa?
Significa que a cada 100 mulheres, cerca de 13 provavelmente terão câncer de mama de qualquer maneira.
E, se todas elas beberem uma taça pequena de vinho todos os dias, um caso extra pode ser desenvolvido nesse grupo de 100 mulheres.
Exercícios e dieta
A pesquisa também indicou que praticar exercícios mais intensos, como correr ou andar de bicicleta, diminui o risco de câncer de mama na pós-menopausa em 10% na comparação com mulheres menos ativas.
Amamentar também diminui o risco da doença. E há evidência, embora ainda limitada, de que comer verduras como repolho e espinafre diminuem o risco de um tipo menos comum de câncer de mama.
Já se sabe que exercícios físicos regulares, uma dieta balanceada e manter um peso saudável são importantes para reduzir o risco de muitas doenças, incluindo vários tipos de câncer.
Mas os cientistas afirmam que todos esses fatores interagem entre si, o que dificulta identificar quais estão causando o câncer e até que ponto.
Qual é a recomendação para o consumo de álcool?
Novas recomendações médicas introduzidas em 2016 na Grã-Bretanha dizem que homens e mulheres não devem beber mais de 14 unidades por semana - o equivalente a três litros de cerveja ou sete taças de vinho - e alguns dias devem ser livres de álcool.
As recomendações, feitas pelo Chief Medical Officer (CMO na sigla inglesa, o principal assessor para assuntos de saúde do governo), são baseadas em pesquisas que mostram que qualquer quantidade de álcool pode aumentar o risco de câncer. Mulheres grávidas são aconselhadas deixar o álcool de lado.
Qual foi a reação a essa pesquisa?
Especialistas em câncer dizem que as descobertas não trazem dados novos sobre a ligação entre álcool e câncer de mama, que é bastante conhecida.
Se quiser manter a situação a seu favor, eles dizem que é uma boa ideia não beber álcool por alguns dias da semana e não aumentar a ingestão de bebidas alcóolicas.
No entanto, o instituo Cancer Research diz que não há motivo para alarme - é preciso ter uma visão ampla da situação.
Consumir álcool tem um efeito maior nos riscos de vários outros tipos de câncer - incluindo de boca, fígado e bexiga - do que no de câncer de mama, então não há motivo para focar no álcool.
Kevin McConway, professor emérito de estatística aplicada da Open University (universidade aberta britânica), diz que os riscos "devem ser considerados em relação ao prazer que as mulheres podem ter ao beber".
A pesquisa não determina riscos absolutos e, portanto, não serve como base para recomendar que as mulheres parem de beber completamente, segundo David Spiegelhalter, professor de estatística da Universidade de Cambridge.
Porém, Anne McTiernan, líder do estudo e especialista em câncer do Centro Fred Hutchinson de Pesquisa em Câncer, de Seattle, nos Estados Unidos, afirma que a evidência sobre câncer de mama é clara.
"Ter um estilo de vida ativo fisicamente, manter um peso saudável ao longo da vida e limitar a quantidade de álcool são passos que as mulheres podem tomar para diminuir esse risco".
Especialistas em câncer dizem que as descobertas não trazem dados novos sobre a ligação entre álcool e câncer de mama, que é bastante conhecida.
Se quiser manter a situação a seu favor, eles dizem que é uma boa ideia não beber álcool por alguns dias da semana e não aumentar a ingestão de bebidas alcóolicas.
No entanto, o instituo Cancer Research diz que não há motivo para alarme - é preciso ter uma visão ampla da situação.
Consumir álcool tem um efeito maior nos riscos de vários outros tipos de câncer - incluindo de boca, fígado e bexiga - do que no de câncer de mama, então não há motivo para focar no álcool.
Kevin McConway, professor emérito de estatística aplicada da Open University (universidade aberta britânica), diz que os riscos "devem ser considerados em relação ao prazer que as mulheres podem ter ao beber".
A pesquisa não determina riscos absolutos e, portanto, não serve como base para recomendar que as mulheres parem de beber completamente, segundo David Spiegelhalter, professor de estatística da Universidade de Cambridge.
Porém, Anne McTiernan, líder do estudo e especialista em câncer do Centro Fred Hutchinson de Pesquisa em Câncer, de Seattle, nos Estados Unidos, afirma que a evidência sobre câncer de mama é clara.
"Ter um estilo de vida ativo fisicamente, manter um peso saudável ao longo da vida e limitar a quantidade de álcool são passos que as mulheres podem tomar para diminuir esse risco".
Fonte BBC BRASIL
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