A Polícia Militar do DF usou bombas de gás lacrimogêneo para evitar que manifestantes se aproximem do Congresso Nacional nesta quarta-feira (24). A Marcha das Centrais Sindicais, como está sendo chamado o ato, protesta contra as reformas propostas pelo governo federal e pede a renúncia do presidente Michel Temer. Por volta das 15h30, os prédios dos ministérios da Fazenda e da Agricultura foram incendiados.
Os manifestantes se reuniram pela manhã em frente ao estádio Mané Garrincha e depois seguiram em caminhada até o Congresso passando pela Esplanada dos Ministérios.
A confusão começou quando os manifestantes tentaram furar uma barreira feita pela polícia para se aproximar do Congresso.
Um grupo pequeno de pessoas com rostos cobertos provocam os policiais, jogando garrafas de água e pedaços de madeira contra os agentes e tentando furar a barreira colocada na avenida das Bandeiras, em frente ao Congresso.
Uol
Defesa de Temer tenta adiar depoimento do presidente à Polícia Federal
A defesa do presidente Michel Temer (PMDB) pediu ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin que determine o adiamento do depoimento do presidente à Polícia Federal.
A defesa quer que o presidente preste depoimento somente após ser concluída a perícia do INC (Instituto Nacional de Criminalística) no áudio da conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista.
Nesta quarta-feira (24), a Polícia Federal procurou os advogados do presidente Temer para tentar marcar a data do depoimento do presidente, no inquérito em que ele é investigado no STF por suspeita de envolvimento nos crimes de corrupção, obstrução à Justiça e organização criminosa.
"Nesta data, há poucos minutos, por meio de uma ligação ao primeiro advogado signatário, escrivã da Polícia Federal identificada como Cristiane apresentou questionamento sobre 'a data em que o presidente poderia ser inquirido' pela autoridade policial", informam os advogados de Temer no documento.
A informação consta em petição apresentada na tarde de hoje ao Supremo pelo advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que representa Temer no processo.
Mariz pede ainda que o presidente seja ouvido pelo próprio ministro Fachin, ou que possa responder a perguntas por escrito.
Temer passou a ser investigado no inquérito no STF por decisão do ministro Fachin, que aceitou o pedido de abertura da investigação feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
Também são investigados nesse inquérito o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ambos afastados do mandato.
A PGR disse ver indícios do recebimento de propina paga pela JBS e da tentativa de interferir em investigações.
Além disso, a partir da gravação da conversa entre Joesley e Temer, a Procuradoria afirmou acreditar que o presidente deu aval para que o empresário comprasse o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso e condenado no curso da Operação Lava Jato.
Temer contesta essa interpretação da conversa, e já classificou a gravação como "fraudulenta", "clandestina" e "manipulada".
Aécio Neves negou a participação em irregularidades e disse estar "absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos".
"Assim, pretende-se, primeiramente, a suspensão do ato de oitiva do Senhor Presidente da República, até a ultimação das providências periciais. Pede-se vênia, ainda, para reiterar que se o Presidente da República for ouvido deverá sê-lo em ato presidido por Vossa Excelência ou responder por escrito quesitos adredemente elaborados", diz trecho da petição da defesa de Temer ao STF.
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