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quarta-feira, 24 de maio de 2017

Aguarda-se decisão da chapa Dilma-Temer


Foto: Lula Marques/ Agência PT
 Como o presidente Michel Temer parece estar sem saída diante da crise gerada que envolve o país de ponta a ponta - uma das piores que se tem notícia - a mídia sulista passa a entender as dificuldades do peemedebista e aguarda o que poderá ocorrer no próximo dia 6 de junho, a partir da decisão do TSE. Nesta data imagina-se que haverá a cassação da chapa Dilma-Temer. Se assim for, poderá ser “ofertada” uma saída para o presidente. Como Temer por duas vezes, em discurso, afirmou que não renunciaria, passa a ter aberta uma perspectiva para que possa deixar o cargo, lançando sobre Dilma a responsabilidade da sua possível queda. Está claro que o presidente tem culpa no cartório. Foi ele quem indicou o deputado, ora afastado, Rodrigo Rocha Loures, integrante do PMDB-PR, para ser um receptor de propinas até onde se sabe. Informa-se também que Temer teria pedido algo em torno de R$ 15 milhões em caixa 2 e, desse total, teria ficado com R$ 1 milhão, embora negue. O presidente jamais foi santo. Nos últimos tempos surgiram informações de negociações por ele feitas, inclusive com a presença de Eduardo Cunha, antes de assumir a presidência da Câmara, da qual desmoronou e está a cumprir pena. O fato é que a base aliada não acredita que o presidente possa manter-se no cargo. A solução, ainda de acordo com a mídia nacional, considera que para sanar a crise institucional, a saída está justamente na cassação da chapa. Se esta decisão ocorrer, Temer poderia ficar a salvo e responsabilizaria Dilma, como foi dito a acima. O presidente, já fora do cargo, certamente passaria a ficar aliviado e teria cumprido a sua decisão de não renunciar. Pelo menos isso. por Samuel Celestino

Auxiliar de Temer, Sandro Mabel anuncia que está deixando o governo


Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
 O ex-deputado do PMDB Sandro Mabel relatou disse na manhã desta quarta-feira (24) que avisou na véspera ao presidente Michel Temer que deixaria de atuar como assessor no Palácio do Planalto. "Acertei ontem (terça-feira) com o presidente saída do governo", disse. O Palácio do Planalto também já confirmou que Mabel está deixando suas funções no Palácio. Mabel explicou que atuava como uma espécie de auxiliar do governo Temer, sem receber salário por isso. Ele também disse que já tinha combinado sua saída desde dezembro do ano passado. Agora, declarou, a cobrança da família pesou na decisão de deixar o governo. Questionado se a citação dele na delação da Odebrecht na Operação Lava Jato e possíveis implicações em novas delações motivaram seu desligamento, Mabel afirmou que sua decisão não tem ligação com essas questões. "Eu estava no Planalto para ajudar o presidente. Eu sei que quem está na chuva é para se molhar, mas essas coisas não tiveram ligação alguma com minha decisão", afirmou. "Estou voltando para casa", disse Mabel, que é do Estado do Goiás e não tem mais mandato parlamentar. Sobre a crise pela qual passa Temer em decorrência da delação da JBS, Mabel comentou: "Acho que o presidente vai conseguir superar este momento". E acrescentou: "Quanto a mim, estou me aposentando. Vou sentir saudades do trabalho na política". Ao falar de sua atuação no Planalto, Mabel relatou que foi um colaborador. "Eu estive com o presidente em setembro e pedi para sair. Voltei a pedir em novembro e depois em dezembro. Agora mandei uma carta", disse. "Na conversa de ontem, não teve nenhuma dificuldade, pois estava pedindo para sair fazia tempo e estava lá só para ajudar mesmo. Meu prazo no governo já tinha vencido", concluiu. Com Mabel, já chega a quatro o número de auxiliares diretos de Temer que deixaram o governo recentemente. Além dele, saíram José Yunes, Rodrigo Rocha Loures e Tadeu Filippelli. Este último foi preso nesta terça pela Polícia Federal por suspeita de desvios de recursos nas obras do Estádio Mané Garrincha para a Copa de 2014 quando ele era vice-governador do Distrito Federal. Ainda em novembro do ano passado, Temer já havia perdido Geddel Vieira Lima, que era ministro da Secretaria de Governo. Todos eles - Geddel e esses assessores - ajudavam Temer na interlocução com Congresso ou empresariado. por Leonencio Nossa | Estadão Conteúdo

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