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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Motta enfrenta desgaste com PEC da Blindagem e leva Centrão a ameaçar o governo

Bloco articula entrar na briga de cabeça pela urgência da anistia do 8 de Janeiro e pode se tornar um obstáculo para aprovação de projetos 
aprovação da PEC da Blindagem na Câmara dos Deputados, com mais de 340 votos, deu uma vitória numérica ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), mas também lhe trouxe alto custo político. Motta chamou para si a defesa da proposta diante da oposição do Planalto, de ministros do Supremo Tribunal Federal e até de parte do próprio Congresso.

O texto devolve aos congressistas o poder de autorizar investigações contra si próprios e amplia o foro privilegiado a presidentes de partidos. O presidente Lula (PT) havia avisado pessoalmente a Motta que não apoiaria a medida, priorizando agendas econômicas como a isenção do Imposto de Renda até 5 mil reais. Ainda assim, o deputado atendeu ao apelo do Centrão e da direita, garantindo a aprovação, mas concentrando em si o desgastede interesse do Planalto na Câmara

Esse embate abriu uma crise política que já produz efeitos colaterais. Em reação ao voto contrário da maior parte da bancada do PT, o Centrão – do qual Motta faz parte – ameaça agora retaliar o governo apoiando a tramitação, em caráter de urgência, do projeto de anistia aos golpistas de 8 de Janeiro de 2023. A medida pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além disso, os líderes do bloco também ameaçam travar votações de interesse direto do governo, como a Medida Provisória da Tarifa Social de Energia, que vence nesta quarta-feira 17. O projeto beneficia cerca de 60 milhões de brasileiros.
Nos bastidores, a avaliação é de que a declarada posição governista contra a PEC da Blindagem teria empurrado o instável Centrão para o lado do bolsonarismo.
O governo minimiza, em partes, os efeitos da ameaça. A aposta é de que, mesmo que a urgência da anistia avance na Câmara, a proposta será barrada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Caso
pec-dhttps://www.cartacapital.com.br/politica/motta-enfrenta-desgaste-com-a-blindagem-e-leva-centrao-a-ameacar-o-governo/

Motta faz manobra e libera votação on-line da PEC da Blindagem



O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez uma manobra para viabilizar a votação on-line, nesta terça-feira (16/9), da Proposta de Emenda à Constituição 3/2021, a chamada PEC da Blindagem. O texto determina que prisões e investigações de parlamentares só podem ocorrer com


Após os deputados rejeitarem, por 266 a 144, um requerimento para retirar o projeto da pauta, ficou claro para Motta que o texto não teria votos suficientes se a votação fosse totalmente presencial. Por se tratar de uma PEC, são necessários 308 votos favoráveis em dois turnos.

Geralmente, às terças e quartas, quando há votações na Câmara, Motta exige presença no plenário.

Antes de votar o segundo requerimento para adiar a votação, Motta fez um discurso em defesa do texto:

“Diante de muitas discussões, de atropelos e de abusos que ocorreram contra colegas em diversas ocasiões, a Câmara tem hoje a oportunidade de decidir se quer retomar esse texto constitucional ou não. É um texto sem novidades, sem ‘invencionismos’ e que, na minha avaliação, fortalece o mandato parlamentar de cada um que está nesta Casa”, declarou o presidente da Casa.

Em seguida, o segundo pedido de análise foi votado. O quórum aumentou, e o requerimento foi rejeitado por 324 votos a 37.

A alteração do tipo votação recebeu críticas de parlamentares da esquerda, como a líder do PSOL, Talíria Petrone (RJ).


https://www.metropoles.com/brasil/motta-faz-manobra-e-libera-votacao-on-line-da-pec-da-blindagem

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