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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Novo tipo de coronavírus é detectado pela primeira vez em morcego do Ceará

 


Foto Larissa Leão Ferrer de Sousa
Um tipo de coronavírus diferente das linhagens já conhecidas, inclusive da que causou a pandemia da Covid-19, foi descoberto pela primeira vez após análises laboratoriais de um morcego capturado no Ceará. 

A conclusão faz parte de um estudo publicado em janeiro deste ano no periódico Journal of Medical Virology, que traz artigos científicos sobre vírus que podem afetar humanos.

O trabalho identificou sete coronavírus (CoVs) distintos em morcegos, incluindo um “intimamente relacionado” ao causador da MERS – doença respiratória viral que matou mais de 900 pessoas em diversos países, desde 2012 –, com 82,8% de cobertura genômica. Para a análise, foram aplicados ensaios moleculares, sequenciamento de RNA e análise evolutiva.

A projeção revelou “altas similaridades” com cepas de CoV relacionadas ao MERS encontradas em humanos e camelos. Além disso, análises da proteína spike do vírus indicaram a presença de resíduos que podem interagir com o receptor DPP4, o mesmo utilizado pelo MERS-CoV para entrar nas células humanas.

“Essas descobertas destacam a extensa diversidade genética de CoVs, a presença de novas linhagens virais e a ocorrência de eventos de recombinação entre CoVs de morcegos que circulam no Brasil, ressaltando o papel crítico que os morcegos desempenham como reservatórios de vírus emergentes e enfatizando a necessidade de vigilância contínua para monitorar os riscos à saúde pública”, aponta o estudo.

A pesquisa teve colaboração da médica veterinária Larissa Leão Ferrer de Sousa, que conversou com o Diário do Nordeste. Ela é especialista em Vigilância Sanitária, mestre em Saúde Pública e responsável pelo diagnóstico da raiva no Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen-CE).

A investigação ocorreu em parceria com a Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), liderada pelo professor Dr. Ricardo Durães-Carvalho e a aluna de doutorado Bruna Stefanie Silvério, dentro da rede de vigilância laboratorial da raiva.

Segundo Larissa, o processo já faz parte de uma rotina de diagnóstico dessa doença para morcegos e outros mamíferos. As amostras para análise são enviadas pelos municípios do Estado do Ceará a fim de investigar a circulação de outros agentes virais com potencial zoonótico em morcegos.

Com informações do Diário do Nordeste.

Dois municípios cearenses cancelaram carnaval deste ano

Foto Site Revista Central 
Duas cidades cearenses já confirmaram que não vão realizar carnaval neste ano. A mais recente decisão vem do municipio de Caucaia, na região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O prefeito Naumi Amorim confirmou que a festa está cancelada.

Segundo Naumi informou, em entrevista ao jornal O Povo, o município estaria enfrentando uma enorme dificuldade financeira, sobretudo com dívidas que ele alega terem sido deixadas pela gestão anterior. Sob essa condição, Naumi avaliou que o gasto com o Carnaval não seria uma prioridade e cancelou a festa.

O primeiro município que já havia confirmado o cancelamento do Carnaval foi Quixeramobim. O prefeito Cirilo Pimenta disse que o município vive um estado de luto e pesar pela morte da jovem Natany, registrada há dez dias, quando foi sequestrada e morta no município de Banabuiú.

Uma situação curiosa está ocorrendo em Amontada. O prefeito do município, Flávio Filho (PT), se viu em meio a uma polêmica depois que a cidade aparecia no topo de um ranking do Tribunal de Contas do Estado (TCE-CE), como a que mais iria gastar com o evento. Flávio disse que a licitação seria para eventos durante todo o ano, e que não aplicaria os recursos durante o carnaval.

Com informações do Site Revista Central.

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