Homem morto a tiros em Juazeiro com acusados presos e dois menores morrem num confronto com a PM

A vítima respondia três procedimentos por tráfico de drogas e dois homicídios.

Demontier Tenório(Foto: Reprodução)   https://www.miseria.com.br/

22/02/2025 às 10:44

Lourinho” foi morto em Juazeiro por Jalisson e Lucieldo presos em flagrante pelo RAIO 

Um homem acusado de crimes foi assassinado na noite desta sexta-feira em Juazeiro, onde, na madrugada de hoje, dois menores morreram num caso de intervenção policial. Por volta das 22h30min Vinicius Alves Bezerra, de 31 anos, o “Louriinho”, que residia na Rua Rainoldo Bender (Triângulo) em Juazeiro, foi morto a tiros semanas após deixar o presídio. O crime aconteceu na Rua Francisco Martins de Sousa (Frei Damião), sendo praticado por dois homens que foram presos em flagrante pelo RAIO.

A vítima respondia três procedimentos por tráfico de drogas e um homicídio. Uma das prisões foi no dia 7 de dezembro de 2019 numa casa na Rua João Paulo II no bairro Tiradentes. Ele tinha em seu poder 63 quilos de maconha, 953 gramas de cocaína, uma balança de precisão e dois revólveres calibre 32 municiados. Na oportunidade, a Polícia Civil cumpriu mandados judiciais.

Já na madrugada do dia 18 de dezembro de 2022 “Lourinho” e Edson Sipriano da Silva, o “Elcin” residente no Distrito de Jamacaru em Missão Velha, mataram um colega de cela na Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (PIRC) em Juazeiro. A dupla asfixiou Francisco de Assis da Silva Júnior, de 27 anos, que residia no bairro Muriti em Crato. Além disso, simulou enforcamento acionando a polícia penal.

Cerca de dez minutos após o assassinato de “Lourinho” na noite desta sexta-feira militares do RAIO prenderam em flagrante o jardineiro Jalisson Marcos de Brito, de 26, residente na Rua Manoel Tavares Lopes (Frei Damião), e o feirante Lucieldo Barros de Moura, de 36 anos, que mora na Rua 31 de Março (Triângulo). Eles confessaram o crime no qual Jalisson, após descarregar sua arma e a vítima já morta, ainda deu-lhe coronhadas na cabeça.

Este responde três procedimentos por crimes de tráfico de drogas e atribui o homicídio ao fato de “Lourinho” ter promovido um atentado contra os dois na semana passada. Já o seu comparsa Lucielde, natural de Fortaleza, responde por três homicídios na capital do estado, além de assaltos, ameaça, porte de arma de fogo e violência doméstica. Os “raianos” apreenderam dois revólveres calibres 32 e 38, sete munições deflagradas e duas intactas a exemplo da moto Honda CG 125 Fan de cor laranja,

CONFRONTO – Já por volta das três horas da madrugada de sábado morreram no Hospital Regional do Cariri o estudante Rafael Souza Pires, de 17 anos, que residia no bairro Pirajá, e o autônomo Cícero Yan Santos Ferreira, que completaria 18 anos dia 28 de fevereiro e morava no Jardim Gonzaga. Cerca de uma hora antes tinham se envolvido num confronto com militares do BEPI na Rua Pio Norões (João Cabral) quando saíram baleados, foram socorridos e os PMs apreenderam dois revólveres.

Yan já tinha sido denunciado pelo Promotor de Justiça, Saul Cardoso Onofre de Alencar, por crime análogo a homicídio praticado com mais três pessoas. Foi no último dia 17 de abril tendo como vítima José Kaio Alves Silva, de 18 anos, o “Gringo”. Ele residia na Rua Manoel Casimiro (Triângulo) e morreu no HRC três horas após ser baleado na Rua Chanceler Edson Queiroz naquele bairro. Era usuário de drogas e tornou-se testemunha do tráfico de substâncias entorpecentes.

STF estende proteção da Lei Maria da Penha a casais homoafetivos e trans

O Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão histórica nesta sexta-feira (21), ao estender, por unanimidade, a proteção da Lei Maria da Penha a casais homoafetivos formados por homens e a mulheres travestis e transexuais. A decisão visa combater a violência doméstica e familiar, garantindo proteção a todas as formas de relações afetivas.

A ação, movida pela Associação Brasileira de Famílias HomoTransAfetivas (ABRAFH), apontou a necessidade de ampliar a proteção, que originalmente era destinada apenas a mulheres. O STF reconheceu a omissão do Congresso Nacional em legislar sobre o tema e decidiu agir para garantir a proteção de todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, destacou que a Lei Maria da Penha foi criada para proteger mulheres em situação de vulnerabilidade, mas que a proteção deve ser estendida a outros grupos que também sofrem violência doméstica. “É possível estender a incidência da norma aos casais homoafetivos do sexo masculino, se estiverem presentes fatores contextuais que insiram o homem vítima da violência na posição de subalternidade dentro da relação”, afirmou Moraes.

O ministro também ressaltou a importância de proteger a identidade de gênero, que é um aspecto fundamental da personalidade de cada indivíduo. “A identidade de gênero, ainda que social, é um dos aspectos da personalidade e nela estão inseridos o direito à identidade, à intimidade, à privacidade, à liberdade, e ao tratamento isonômico, todos protegidos pelo valor maior da dignidade da pessoa humana”, completou.

(Gazeta Brasil)