O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira, 14, que o Brasil reagirá caso os Estados Unidos imponham tarifas sobre o aço brasileiro. Durante entrevista à rádio Clube do Pará, ele disse que o governo tomará medidas comerciais contra os EUA ou levará o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC).
“Agora ouvi dizer que vai taxar o aço brasileiro. Se taxar o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente ou vamos denunciar na Organização [Mundial] do Comércio (OMC) ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles”, afirmou Lula.
O presidente reforçou que deseja manter uma relação harmoniosa com os EUA, mas garantiu que adotará uma postura de reciprocidade caso o Brasil seja prejudicado. “Nós queremos paz, não queremos guerra. Não queremos atrito com ninguém. O Brasil não tem contencioso internacional e nós não queremos contenção, queremos paz e tranquilidade”, declarou.
Lula disse ainda que não vê razão para criar conflitos com Washington, mas destacou que sua resposta dependerá das ações do governo norte-americano. “Ora, se o Trump tiver esse comportamento com o Brasil, eu terei esse comportamento com os Estados Unidos. Sinceramente, não vejo razão para o Brasil procurar contencioso com quem não precisa. Agora, se tiver alguma atitude com o Brasil, haverá reciprocidade.”
Desde que reassumiu a Casa Branca, em janeiro, Donald Trump tem ampliado sua política protecionista. Na quinta-feira, 13, ele assinou um decreto determinando tarifas recíprocas contra países que taxam produtos norte-americanos, citando especificamente o etanol brasileiro.
Segundo o governo dos EUA, enquanto o país cobra 2,5% de imposto sobre o etanol importado, o Brasil aplica uma tarifa de 18% sobre o produto norte-americano. O documento aponta que, em 2024, os EUA importaram US$ 200 milhões em etanol do Brasil, mas exportaram apenas US$ 52 milhões para o mercado brasileiro.
Além disso, Trump anunciou taxação de 25% sobre importações de aço e alumínio, medida que afeta diretamente o Brasil. A nova tarifa entrará em vigor em 12 de março. Lula, no entanto, reiterou que qualquer ação contra o Brasil terá uma resposta à altura.
(Hora Brasília)
STF reage a denúncias de Bolsonaro contra Moraes à OEA
Ministros do STF reagiram, nos bastidores, às denúncias contra o colega Alexandre de Moraes feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Conforme noticiou o Metrópoles, na coluna Paulo Cappelli, Bolsonaro denunciou supostas irregularidades cometidas por Moraes durante um encontro com uma comitiva da OEA na quinta-feira (13/2), em Brasília.
A comitiva era liderada pelo advogado colombiano Pedro Vaca Villarreal, relator especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). O colegiado faz parte da OEA.
Segundo a reportagem, Bolsonaro afirmou que Moraes ajustaria depoimentos, faria pesca probatória e prenderia suspeitos sem que haja denúncia formalizada. O ex-presidente disse ainda ser alvo de “perseguição política”.
Aliados de Bolsonaro também criticam
A conversa com a comitiva da OEA também foi criticada por alguns aliados políticos e até por advogados ligados a Bolsonaro. A avaliação é de que os ataques a Moraes neste momento só atrapalham o ex-presidente na esfera jurídica.
Como noticiou a coluna mais cedo, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, deve denunciar Bolsonaro, nos próximos dias, em alguns inquéritos nos quais o ex-presidente foi indicado pela Polícia Federal.
Na avaliação do entorno político de Bolsonaro, o ex-presidente deveria ter deixado apenas seus aliados “denunciarem” Moraes para a OEA, sem se envolver pessoalmente na articulação.
O encontro de Bolsonaro com Pedro Vaca foi intermediado pelo advogado Paulo Cunha Bueno, que atua na defesa do ex-presidente nos principais processos dos quais o ex-mandatário é alvo no Supremo.
Fonte: Metrópoles


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