A forte queda na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontada pela pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14), foi atribuída por ministros do governo a dois fatores principais: a crise envolvendo a fiscalização das transações via Pix e o aumento nos preços dos alimentos.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que esses dois elementos tiveram impacto direto na popularidade do presidente. “Pix e o aumento conjuntural de alimentos, dada a subida do dólar”, disse o ministro.
A pesquisa mostrou que apenas 24% dos entrevistados consideram a gestão de Lula ótima ou boa, o menor índice registrado em seus três mandatos.
Diante da repercussão negativa, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) está preparando uma campanha para tentar minimizar a crise. A mobilização ocorre após a insatisfação gerada por uma portaria da Receita Federal que alterou as regras de fiscalização sobre transações via Pix, afetando principalmente pequenos empresários e trabalhadores autônomos.
Além disso, Lula busca reverter a queda na popularidade intensificando suas viagens pelo país. Durante uma reunião ministerial, o presidente orientou seus auxiliares a deixarem Brasília com mais frequência para fortalecer o contato com a população.
Após receber alta médica, Lula retomou sua agenda de viagens na última semana, passando por estados como Rio de Janeiro, Bahia e Pará. Para os próximos dias, ele já tem compromissos marcados no Rio de Janeiro e em São Paulo.
A estratégia do governo visa reduzir o desgaste político e recuperar a confiança do eleitorado, especialmente em um ano de eleições municipais, quando a aprovação do presidente pode influenciar o desempenho de aliados nas urnas.
(Hora Brasília)
Bolsonaro pode pegar até 28 anos de prisão por tentativa de golpe, aponta PF
A expectativa é que a denúncia seja apresentada antes do Carnaval.
O ex-presidente Jair Bolsonaro pode enfrentar até 28 anos de prisão caso seja condenado pelas acusações feitas pela Polícia Federal (PF) em um relatório que aponta seu envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. A Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Paulo Gonet, está prestes a formalizar a denúncia contra o ex-mandatário, segundo informações divulgadas pela Folha de S.Paulo.
A PF enquadrou Bolsonaro em três artigos do Código Penal, com penas que, somadas, podem levá-lo a quase três décadas de prisão:
- Organização criminosa – Pena de 3 a 8 anos de prisão.
- Atentado contra o Estado Democrático de Direito – Pena de 4 a 8 anos de prisão.
- Tentativa de golpe de Estado – Pena de 4 a 12 anos de prisão.
Se a PGR decidir pelo rigor máximo, Bolsonaro pode ser condenado a até 28 anos de reclusão.
A expectativa é que a denúncia seja apresentada antes do Carnaval, em um movimento que deve aumentar ainda mais a polarização política no país. A acusação, no entanto, não inclui outros casos em investigação contra Bolsonaro, como o escândalo das joias e a suposta fraude em cartões de vacina.
O avanço do caso gera apreensão entre aliados do ex-presidente e pode influenciar o cenário político nos próximos meses, especialmente nas eleições municipais deste ano. A defesa de Bolsonaro ainda não se pronunciou oficialmente sobre o relatório da PF e a possível denúncia da PGR.
(Hora Brasília)


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