O Ceará tem atualmente 62 açudes sangrando, o maior número de açude com capacidade máxima nos últimos 12 anos, segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
Com as cheias, a reserva dos açudes passou de 5,8 bilhões de metros cúbicos, no dia 1º de fevereiro, para 8,74 bilhões metros cúbicos nesta terça. A reserva hídrica atual corresponde a 47,68% da capacidade total dos 157 reservatórios monitorados.
A previsão da Cogerh é que o número de açudes sangrando no Estado aumente nos próximos dias, já que 11 reservatórios estão acima de 90% de sua capacidade. Entre os reservatórios que devem sangrar até o fim da quadra estão os açudes Catucinzenta, Curral Velho, Desterro, Faé, Fogareiro, Gavião, Jatobá II, São José III, Taquara e Tatajuba.
As regiões de Coreaú, Litoral e Baixo Jaguaribe estão acima de 95% das suas capacidades de armazenamento. A região do Acaraú já ultrapassou 90% de armazenamento.
Já a região hidrográfica do Banabuiú atingiu o percentual de 36%, superando o ano de 2013. No início da quadra chuvosa, a região registrou pouco mais de 8% de recarga hídrica. Hoje existem seis açudes sangrando na região.
Chuvas no Ceará já deixaram 7 mortes, 29 feridos e quase 3.000 desabrigados
Volumes acima da média histórica, sete mortos, quase 3 mil pessoas deixando as próprias casas e cidades destruídas pela força de enchentes. Esses são os impactos causados pela força das chuvas aliada à falta estrutura no Ceará, até o momento, faltando ainda praticamente dois meses para acabar o período conhecido como “inverno” no Estado.
De acordo com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cedec), 19 municípios decretaram Situação de Emergência, quando os desastres causam danos que levam ao comprometimento parcial da capacidade de resposta do poder público:
Altaneira
Missão Velha
Aratuba
Antonina do Norte
Guaramiranga
Itapipoca
Uruburetama
Porteiras
Deputado Irapuan Pinheiro
Tururu
Senador Pompeu
Itapajé
Lavras da Mangabeira
Barreira
Pedra Branca
Umirim
São Benedito
Piquet Carneiro
Tabuleiro do Norte
Milhã foi a única cidade que decretou Situação de Calamidade, estágio em que o desastre anormal gera prejuízos com comprometimento substancial dessa capacidade de resposta. 2.951 pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas, até a última segunda-feira (11), conforme balanço da Defesa Civil. Também houve 29 feridos e 7 mortos.
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