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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Remédio para tratar impotência sexual pode ser eficaz contra Covid-19

O medicamento conhecido como aviptadil, prescrito para indivíduos que sofrem de disfunção erétil pode, segundo pesquisadores, funcionar no combate contra a Covid-19. Autoridades de saúde nos Estados Unidos encaminharam o fármaco para aprovação rápida, após os primeiros sinais de sucesso, segundo informações do jornal The Sun. 

E apesar do medicamento aviptadil ainda estar sendo submetido a ensaios clínicos, a verdade é que ele já tem sido utilizado em casos graves de coronavírus. 

Médicos do Hospital Houston Methodist, no estado do Texas, dizem que o aviptadil ajudou um homem em estado crítico, facilitando a sua "recuperação rápida". 

O paciente, de 54 anos, desenvolveu Covid-19 enquanto estava sendo tratado pela rejeição de um transplante pulmonar duplo. 

Porém, foi retirado o ventilador no espaço de quatro dias após ter começado a ser tratado com o aviptadil, também denominado RLF-100. 

Os médicos daquele hospital no Texas afirmam ainda que mais 15 pessoas criticamente doentes recuperaram de falência respiratória três dias depois de terem sido sujeitos ao tratamento. 

O RLF-100 é normalmente administrado a pacientes que sofrem de impotência. É, em combinação com a fentolamina, injetado nos genitais dos homens. 

Entretanto, outra pesquisa realizada no Brasil, concluiu que o aviptadil bloqueia o coronavírus SARS-CoV-2 de se multiplicar nas células pulmonares humanas e nas células imunes em laboratório. 

Jonathan Javitt, que desenvolve o fármaco na farmacêutica NeuroRx, disse: "mais nenhum agente antiviral demonstrou a mesma capacidade de recuperação rápida de uma infecção viral e demonstrou a habilidade de inibir a replicação viral em laboratório".

Os médicos aguardam agora os resultados formais de cinco ensaios clínicos que envolvem cinco hospitais nos Estados Unidos e 70 pacientes com quadros menos severos de Covid-19. Alguns receberam realmente o fármaco e outros um placebo, de modo a entender se ocorre uma diferença nos resultados. 

Espera-se que o medicamento consiga prevenir a progressão da doença quando for tomado num estágio inicial. 

Com informações Notícias ao Minuto

Covid-19: Butantan diz ser possível ter vacina para produção em outubro

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou hoje (6) ser possível ter uma vacina contra a covid-19, doença causada pelo coronavírus, em produção em outubro. Para ser disponibilizada à população, ela ainda deverá passar pela aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), responsável pelo registro.


Em junho, o Butantan firmou parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac para produção e testes avançados de uma vacina. As declarações foram dadas em audiência pública virtual da Câmara dos Deputados para debater o desenvolvimento da imunização.

No momento, a vacina está sendo testada em cerca de 9.000 voluntários em seis unidades federativas —São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro— sob a coordenação e o acompanhamento do Butantan.

Se a vacina for clinicamente bem-sucedida, o Butantan a submeterá para registro na Anvisa. Caso aprovada pela agência, poderá ser distribuída para o SUS (Sistema Único de Saúde) por meio do governo federal.

"Poderemos ter (a vacina) a partir agora de outubro. O processo de preparo para a formulação e o envase já se iniciou. Todos os processos de controle de qualidade e validação já se iniciaram. Então, poderemos ter a vacina. A grande pergunta é se estará registrada e aprovada pelo estudo clínico e poderá ser utilizada. Sou muito otimista. Acho que um prazo razoável seria janeiro de 2021 dado o desempenho até o presente momento", afirmou Covas.

Gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa, Gustavo Santos afirmou que a agência tem acelerado e flexibilizado processos em meio à pandemia para atender demandas. No caso da vacina, ele disse que há um prazo de 60 dias para a análise do eventual registro após a entrega da documentação necessária por parte do interessado, mas a avaliação será prioridade e deverá acontecer em menos tempo.

"A avaliação para o registro é justamente o balanço risco-benefício, para ver se os benefícios superam os riscos. Temos de nos embasar em resultados científicos válidos", explicou.

Butantan diz não ser preciso temer 'vacina da China'

O diretor do Butantan falou não haver motivo para preocupações quanto a uma parte da vacina se originar da China. O coronavírus surgiu pela primeira vez em Wuhan, no país asiático, antes de se espalhar pelo mundo.

"Não há motivo para ter essa questão de descaracterizar uma vacina pelo fato de ter sido desenvolvida inicialmente na China", disse.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) valorizou a candidata à vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca, no Reino Unido, e testada no Brasil em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

"Não é daquele outro país, não. Tá ok, pessoal?", declarou.

Covas ressaltou que a AstraZeneca tem um grande complexo industrial na China e o país asiático tem se destacado na produção de conhecimento científico há anos.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Armando Medeiros, afirmou que o compromisso da pasta "é com a saúde pública brasileira". Ele acrescentou que o governo está "disposto a conversar, avançar e adquirir as vacinas que chegarem primeiro" e ressaltou confiar na capacidade do Butantan para o desenvolvimento da vacina.

Dimas Covas classificou a parceria com a Sinovac como "ganha-ganha" para ambos os lados. A indústria chinesa terá a patente do coronavírus atenuado e o Butantan terá a integralidade do estudo clínico. A intenção é firmar acordos para o fornecimento da vacina a outros países, em especial da América Latina, informou.

A estimativa é que o Butantan precise de pelo menos R$ 130 milhões em investimentos de equipamentos e tecnologia para o aumento da capacidade de produção. Um programa de captação de recursos foi aberto pelo governo do estado de São Paulo. O diretor informou que o custo final da vacina está sendo avaliado, mas deve ficar no patamar ou abaixo do patamar do que se tem visto em outros acordos.

Com informações Uol Notícias

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