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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Pandemia da violência já deixou 215 mulheres mortas no Ceará em 2020, com idades de 1 a 84 anos

O assassinato de mais uma mulher no Cariri cearense, no último domingo (16), fez subir para 215 o número de mulheres vítimas de homicídios, latrocínios e feminicídios no estado em 2020. Destas, 90 foram mortas no Interior do Ceará. Entre as assassinadas em todo o estado estão 25 adolescentes (com idades entre 12 e 17 anos), nove idosas (na faixa etária entre 61 e 84 anos) e quatro crianças (meninas com idades entre um e 4 anos de vida).

Conforme levantamento exclusivo feito pelo Blog Fernando Ribeiro entre os dias 1º de janeiro e 17 de agosto, as 215 mulheres foram assassinadas no estado de acordo com a seguinte distribuição por zona territorial: Capital 56 crimes, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) 69 assassinatos; além das 90 no Interior.

O mês com maior registro de assassinatos de mulheres do Ceará neste ano foi, até agora, maio, com, nada menos, que 40 vítimas, sendo 11 em Fortaleza, outras 11 na Região Metropolitana e mais 18 no Interior. Já o mês com menor taxa de crimes do gênero foi julho, com 21 assassinatos, sendo sete em Fortaleza, 5 na RMF e nove em Municípios interioranos.

Nestes primeiros 18 dias de agosto houve uma queda do número de crimes de morte vitimando mulheres. Em 18 dias, somente seis casos. Ainda assim, os índices são considerados altos pelas autoridades, com um assassinato de mulher a cada 72 horas ou três dias.

O mais recente

A mais recente vítima da violência tinha 37 anos de idade e foi esfaqueada até a morte dentro de casa, na zona rural do Município de Barbalha, no Cariri. O assassino é o ex-marido da vítima, que está foragido.

Gisele Aparecida Benjamin da Silva foi assassinada pelo ex-marido no Sítio Cabaceiras, na zona rural, pelo ex-esposo que fugiu levando a arma do crime e continua desaparecido.

Correios entram em greve por tempo indeterminado

Cerca de 100 mil funcionários aderiram à paralisação, de acordo com a federação.
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT) entrou em greve na noite desa segunda-feira (17). Cerca de 100 mil funcionários aderiram à paralisação, que é nacional e por tempo indeterminado.

A categoria reclama de falta de medidas de proteção contra o novo coronavírus e também alega que cláusulas do acordo coletivo foram quebradas pelos Correios.

– Foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras – informou o texto emitido pela FENTECT a respeito da greve.

A FENTECT afirmou ainda que os trabalhadores lutam contra a privatização dos Correios. A federação encerrou o informativo sobre a paralisação se manifestando contra o presidente Jair Bolsonaro e o general Floriano Peixoto, presidente dos Correios.

Sobre a greve, Peixoto disse à colunista do UOL, Carla Araújo, que informações deturpadas prejudicam os funcionários.

– O que testemunhamos é uma tentativa de confundir os empregados acerca de temas sobre os quais a direção dos Correios não tem influência: os estudos de desestatização são conduzidos pelos órgãos competentes e baseados em minucioso planejamento que visa, ao fim e ao cabo, à determinação da melhor alternativa para a empresa e para a sociedade – afirmou.

Os Correios são considerados serviço essencial e, por isso, os sindicatos avisaram que um número mínimo de trabalhadores continuará trabalhando. (Pleno News)

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