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terça-feira, 18 de agosto de 2020

Universidades federais do Ceará terão corte de R$ 62 milhões

O corte de verba determinado pelo Ministério da Educação (MEC) para o ano de 2021 deve causar prejuízo de cerca de R$ 62 milhões nos orçamentos das instituições de ensino federais no Ceará. Conforme noticiado pelo G1 em 11 de agosto, o reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Cândido Albuquerque, já havia adiantado em entrevista que “vai faltar dinheiro”.

Por nota, o Ministério da Educação informou que, “conforme Referencial Monetário recebido pelo Ministério da Economia, a redução de orçamento para suas despesas discricionárias foi de 18,2% frente à Lei Orçamentária Anual 2020 sem emendas. Esse percentual representa aproximadamente R$ 4,2 bilhões de redução”. Para as universidades federais, no entanto, o valor do corte chega a R$ 1 bilhão.

A pasta afirmou que a redução no orçamento do próximo ano é em razão da crise econômica ocasionada pela pandemia do novo coronavírus. O Projeto de Lei Orçamentária Anual 2021 deve ser encaminhado ao Congresso Nacional até o fim de agosto.

A UFC, por exemplo, deve sofrer com a perda de aproximadamente R$ 29 milhões. A instituição informou em nota que o orçamento previsto para o próximo ano era de R$ 148 milhões e, com o corte, chega a cerca de R$ 119 milhões.

“A UFC foi comunicada pelo MEC de que haverá um corte linear (ou seja, para todas as universidades e institutos federais) de 18,32% no orçamento de custeio previsto para 2021”, afirmou.

De acordo com a universidade, caso o corte seja mantido, a instituição poderá ter dificuldades no próximo ano para honrar contratos de manutenção relativos à infraestrutura. “Contudo, a Universidade está preparada para enfrentar a crise. Para isso, seguirá fazendo os ajustes necessários no sentido de administrar cada vez melhor seus recursos, mantendo a qualidade de ensino, pesquisa e extensão, bem como o compromisso de assistência aos alunos mais vulneráveis”, acrescentou.

Em entrevista, o reitor Cândido Albuquerque disse ainda que o cenário pode se agravar. “Os efeitos econômicos serão ainda mais amargos a partir de outubro ou novembro. O Estado está arrecadando pouco, os municípios estão em dificuldade, e a União vai ter de socorrer. Vai faltar dinheiro. Já estamos preparados na UFC para enfrentar uma grande crise”.

Vacina de Oxford pode ter uso experimental ainda em 2020


O estudo completo sobre a vacina contra o novo coronavírus produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford só deve estar pronto em junho de 2021. No entanto, a vacina pode ser licenciada ainda este ano, para uso emergencial por conta do contexto de pandemia da covid-19. 

A professora e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Lily Yin Weckx disse que “o nosso estudo está indo muito bem e pretendemos em breve ter dados de eficácia da vacina”. Ela é responsável pela coordenação dos estudos da vacina no Brasil. Os testes clínicos estão na fase 3 e têm a participação de cerca de 5.000 voluntários.

Os estudos da vacina de Oxford (Reino Unido) estão na fase três, quando sua eficácia é testada em humanos, considerado o último estágio antes da liberação para uso. 

Segundo a pesquisadora da Unifesp, é positivo que várias vacinas estejam sendo desenvolvidas e se mostrem eficientes para que possa ser fabricadas. 

"O nosso estudo está indo muito bem e pretendemos que, em breve, possamos ter dados de eficácia da vacina. E essa corrida não é para ver quem vai chegar primeiro: é uma corrida contra o vírus. Para atender a humanidade, precisaremos de mais uma vacina, para assegurar que ela seja acessível para todos e não apenas para os países mais ricos", disse Lily Yin Weckx.

Com informações Cnews

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