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terça-feira, 18 de agosto de 2020

PF faz megaoperação no Ceará e mais 11 estados e no DF para prender quadrilha de narcotraficantes

A Polícia Federal realiza na manhã desta terça-feira (18) uma megaoperação contra o tráfico internacional de drogas em 12 estados e no Distrito Federal. São cumpridos 139 mandados de busca e apreensão e 50 mandados de prisão (20 prisões preventivas e 30 prisões temporárias) em 12 estados e no Distrito Federal.

O estado de São Paulo concentra a maior parte dos mandados, sendo 22 de prisão e 60 de busca e apreensão. O traficante Romilton Queiroz Hosi, preso em Jundiaí, no interior paulista, em março de 2019, foi peça-chave para deflagrar a operação desta terça-feira (18).

Batizada de “Além-Mar”, a operação também ocorre nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e no Distrito Federal.

Ao todo, cerca de 600 policiais atuam na operação. As investigações começaram há quatro anos pela Polícia Federal de Pernambuco.

Os policiais investigam o crime de lavagem de dinheiro, além de buscarem provas para confirmar o envio de drogas para o exterior e o uso de helicópteros para o transporte de cocaína pelo Brasil.

Segundo a PF, toneladas de cocaína foram exportadas para a Europa pelos portos brasileiros, especialmente no Porto de Natal no Rio Grande do Norte.

A Justiça Federal determinou a apreensão de aviões (7), helicópteros (5), caminhões (42) e imóveis (35) urbanos e rurais (fazendas) ligados aos investigados e ao esquema criminoso, além do bloqueio de R$100 milhões.

Bloqueio de bens

A Justiça Federal em Pernambuco determinou, já na manhã de hoje (18), o sequestro de sete aviões, cinco helicópteros, 42 caminhões e 35 imóveis urbanos e rurais ligados aos investigados por uma operação da Polícia Federal contra o tráfico internacional de drogas. Também foi ordenado o bloqueio judicial do valor de R$100 milhões.

A PF apontou que, mesmo diante da pandemia de Covid-19, o esquema criminoso não foi interrompido, tendo sido apreendidos entre os meses de março e julho mais de 1,5 tonelada de cocaína.

A PF investiga quatro organizações criminosas que atuavam para exportar toneladas de drogas para a Europa via portos brasileiros, especialmente através Porto de Natal.

Uma delas era sediada na cidade de São Paulo e é acusada de trazer cocaína para o Brasil através da fronteira com o Paraguai, levando por transporte aéreo até o estado. Outra, que atuava a partir de Campinas, recebia a droga internalizada no território nacional para distribuição interna e exportação para Cabo Verde e Europa.

A terceira quadrilha, segundo a Polícia Federal, era estabelecida no Recife e formada por empresários do setor de transporte de cargas, funcionários e motoristas de caminhão. Esse grupo criminoso era responsável pela logística de transporte rodoviário da droga e o armazenamento de carga até o momento de sua ocultação nos contêineres.

A quarta organização criminosa, estabelecida na região do Braz, na cidade de São Paulo, era uma espécie de banco paralelo, segundo a PF. A investigação aponta que ela disponibilizava uma rede de contas bancárias titularizadas por empresas fantasma, de fachada ou em nome de “laranjas”, para movimentação de recursos de origem ilícita.

O esquema

As investigações começaram em 2018 com informações repassadas pela National Crime Agency (NCA), do Reino Unido. A Polícia Federal explicou que, através de prisões em flagrante e apreensões de drogas ao longo das investigações, pode constatar que as ações criminosas eram divididas em três fases.

A primeira, que era a “internação”, era quando a cocaína entrava pela fronteira com o Paraguai e era armazenada no interior de São Paulo. Depois, vinha o “transporte interno”, quando o entorpecente seguia para as regiões de embarque marítimo e armazenamento em galpões. Por último, o transporte internacional, momento em que a droga era embarcada em navios de carga ou veleiros.

Durante a fase sigilosa das investigações foram presas 12 pessoas e apreendidas mais de 11 toneladas de cocaína, no Brasil e na Europa, relacionados ao esquema criminoso. Dentre esses presos estava um traficante que permaneceu foragido da justiça brasileira por 10 anos e era procurado pela Polícia Federal e NCA, do Reino Unido. Essa prisão ocorreu em 2019.

(Fernando Ribeiro)

Tio acusado de estuprar menina de 10 anos no ES é preso em Minas

Prisão foi anunciada pelo governador do Estado, Renato Casagrande.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), anunciou nesta terça-feira (18) a prisão do homem de 33 anos suspeito de estuprar e engravidar a sobrinha, de 10 anos, no interior do Estado. Ele foi preso durante a madrugada.

"Que sirva de lição para quem insiste em praticar um crime brutal, cruel e inaceitável dessa natureza. Detalhes da operação serão repassada pela equipe segurança ainda hoje", escreveu o governador em uma rede social.

O caso veio à público depois de a menina se sentir mal e dar entrada no Hospital Roberto Silvares, na cidade de São Mateus, onde a gravidez foi detectada. À tia e aos médicos, a criança contou que o tio a estuprava desde os seis anos e ainda a ameaçava para que não relatasse os abusos à família.

No sábado (15), por determinação da Justiça, a menina chegou a ser internada em Vitória, capital capixaba, para realizar um aborto. A equipe médica do Programa de Atendimento as Vítimas de Violência Sexual (Pavivi), porém, se recusou a realizar o procedimento. 

Acompanhada de uma assistente social e de um familiar, a menina viajou, no domingo (16), para Pernambuco para ser submetida à interrupção da gestação. 

Pessoas contrárias e a favor do aborto estiveram na porta do hospital. Houve bate-boca entre os dois grupos, e o médico Olímpio Barbosa de Moraes Filho, gestor-executivo da instituição, foi hostilizado.

Via Gauchazh

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