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quinta-feira, 14 de maio de 2020

Jovem morta por ex-marido PM disse que estava feliz a amigos

Segundo uma amiga de infância da vítima, ela também já havia registrado boletim de ocorrência por violência doméstica contra o autor

Débora foi morta a tiros pelo ex-companheiro e policial militar em Guarujá, n litoral paulista — Foto: Reprodução/Facebook
Débora foi morta a tiros pelo ex-companheiro e policial militar em Guarujá, no litoral paulista

A jovem de 28 anos morta a tiros pelo ex-companheiro e policial militar Edgar de Oliveira Fonseca, de 33 anos, em Guarujá, no litoral paulista, já havia registrado boletim de ocorrência por violência doméstica contra ele. A informação foi confirmada por uma amiga da vítima nesta quarta-feira (13). Segundo a colega, Débora Raquel Silva era constantemente ameaçada pelo policial. O ex-marido também efetuou disparos contra o atual namorado da vítima. Edgar está preso. Pouco antes de morrer, a jovem trocou mensagens via WhatsApp com amigos afirmando que estava feliz na nova relação.
O crime aconteceu às 23h30 de segunda-feira (11), quando as vítimas chegavam em frente à casa do atual namorado de Débora, no bairro Pae Cará, no Distrito Vicente de Carvalho. O PM chegou ao local de moto e efetuou disparos que atingiram a jovem e seu namorado, de 24 anos. Ela não resistiu e morreu no local. O rapaz foi resgatado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi encaminhado para o pronto socorro.
O jovem está sob cuidados médicos no Hospital Santo Amaro. Débora teve com o soldado dois filhos, um menino de 7 anos e uma menina de 6. Segundo a PM, após o crime, as equipes policiais seguiram para a casa do autor dos disparos e ex-companheiro da vítima. O homem foi encaminhado à delegacia e negou envolvimento com o crime, entretanto, ele foi reconhecido pelo namorado da sua ex-companheira.
De acordo com a polícia, ele alegou que havia trabalhado na PM, em Santos, até às 22h. Ainda conforme a versão de Edgar, ele não queria reatar com Débora, porque foi ele quem terminou a relação e não se importava dela estar em um novo relacionamento. A informação, porém, foi contestada por amigos próximos à vítima.

Vítima tinha dois filhos com policial militar, que a matou a tiros em Guarujá, SP — Foto: Reprodução/Facebook
Vítima tinha dois filhos com policial militar, que a matou a tiros em Guarujá

De acordo com amigos, a vítima contava que o policial militar a ameaçava por não aceitar o término da relação. Inclusive, já havia registrado ocorrência por violência doméstica praticada pelo ex-companheiro. Eles foram casados e tiverem dois filhos. Ficaram juntos por 10 anos.

Débora comentou em conversa que o ex pedia para voltar

De acordo com a amiga, Débora comentou em conversa com outra colega que o ex pedia para voltar — Foto: Arquivo Pessoal
Débora também afirmou que estava se amando mais após se separar do PM — Foto: Arquivo Pessoal

Militares que receberam auxílio emergencial indevidamente terão que devolver recursos

O Ministério da Cidadania informou, por meio de nota nesta terça-feira (12), que os militares que receberam o auxílio emergencial do governo indevidamente terão de devolver os recursos aos cofres públicos. Já os parentes de militares que se enquadram nos critérios não precisarão fazer o ressarcimento.
A regra do auxílio emergencial prevê que podem receber pessoas com renda mensal de até R$ 552,50, ou com renda familiar total de até R$ 3.135.
“O Ministério da Cidadania informa que agora já dispõe da atualização dos CPFs. Aqueles que receberam o auxílio emergencial, sem que se enquadrem nos critérios legais de concessão, devolverão os recursos aos cofres públicos por meio da Guia de Recolhimento da União (GRU)”, diz a nota.
A pasta destacou que há familiares de militares que receberam o auxílio “por se enquadrarem nos critérios legais, mesmo considerando a renda familiar militar, e não existe nenhuma norma que impeça este recebimento”. Para esses, o ministério ressaltou que “não é necessária a devolução do valor apenas porque um membro da família é militar e recebe soldo. É importante fazer esta distinção para evitar a devolução desnecessária do auxílio emergencial por famílias que fazem jus ao recebimento”.
O benefício foi criado durante a pandemia do novo coronavírus para trabalhadores informais que foram afetados pela queda na atividade econômica durante a adoção de medidas de restrição.
Na última segunda-feira (11), o Ministério da Defesa afirmou ter identificado indícios de que militares receberam de forma irregular o auxílio emergencial de R$ 600 concedido pelo governo federal. De acordo com os padrões de segurança, é utilizado um conjunto de bases de dados que são consultadas pela Dataprev para a verificação de renda para a concessão de pagamento do auxílio emergencial. A pasta solicitou a atualização da base dos CPFs dos militares, para excluir eventuais fraudes.

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