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quarta-feira, 13 de maio de 2020

Em vídeo de reunião, ministro da Educação teria dito que ministros do STF deveriam ser presos

No vídeo da reunião citada por Sergio Moro em inquérito que apura acusação de interferência política de Bolsonaro na Polícia Federal, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, teria defendido a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

O arquivo da reunião ministerial ocorrida em 22 de abril foi exibido nesta terça-feira, 12, aos investigadores no Instituto de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília. Segundo fontes ouvidas pelo jornal O Globo, a fala do titular do MEC seria "tem que mandar todo mundo para cadeia, começando pelo STF".

Na mesma conversa, o presidente da República Jair Bolsonaro teria afirmado que a troca do comando da Polícia Federal do Rio de Janeiro seria para proteger aliados e familiares. Segundo as fontes do O Globo, Weintraub disparou ainda críticas a membros dos demais Poderes.

Maia diz ao STF que não tem prazo para analisar pedido de impeachment de Bolsonaro

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta terça-feira (12), em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que não há prazo na legislação que o obrigue a analisar um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

A manifestação é uma resposta ao ministro Celso de Mello. O ministro pediu explicações ao presidente da Câmara sobre o andamento de um pedido de impeachment feito no fim de março por um grupo de advogados contra Bolsonaro.

Esse mesmo grupo de advogados recorreu ao STF a fim de obrigar Maia a analisar a denúncia por crime de responsabilidade – pela Constituição, cabe à Câmara autorizar o procedimento para verificar se houve crime do presidente.

Ao defender a rejeição da ação dos advogados, o deputado afirmou que um processo de impeachment é uma “solução extrema” e deve ser analisado cuidadosamente em seus aspectos jurídicos, políticos e institucionais.

“É fato que o princípio republicano pressupõe a responsabilidade efetiva de todos, e o presidente da República não é exceção. Mas o impeachment é uma solução extrema: o primeiro juiz das autoridades eleitas numa democracia deve ser sempre o voto popular. A Presidência da Câmara, ao despachar as denúncias contra o chefe do Poder Executivo, deve sopesar cuidadosamente os aspectos jurídicos e políticos institucionais envolvidos. O tempo dessa decisão, contudo, pela própria natureza, não é objeto de qualque normal legal ou regimental”, escreveu.

Maia afirmou que Lei 1.079, de 1950, que trata dos crimes de responsabilidade, e o regimento da Câmara não determinam prazo para que os pedidos de impeachment sejam analisados.

Segundo ele, a norma contida no artigo 218 do Regimento da Câmara não deixa dúvidas sobre a competência do presidente da Câmara para receber ou não a denúncia por crime de responsabilidade, mas não estabelece um “prazo certo”.

Os advogados pediram também à Corte que determine ao presidente Jair Bolsonaro uma série de medidas em meio à pandemia do coronavírus.

Querem, por exemplo, que o presidente seja impedido de promover e participar de aglomerações e que seja obrigado a entregar cópia dos exames que fez para detectar a doença. Segundo Bolsonaro, os dois exames aos quais se submeteu resultaram negativo.

G1

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