A Justiça de São Paulo acatou o pedido da polícia e decretou a prisão provisória e buscas por Marcelo Pereira de Aguiar, de 36 anos, informou a TV Globo. Ele é suspeito de matar a tiros o catador Sebastião Lopes, 40 anos, no sábado (11), em Santo André, no ABC paulista, e está foragido.
Marcelo é empresário. Entre suas empresas há uma pizzaria na Vila Assunção, em Santo André. De acordo com a polícia, ele é comunicativo, tem muitos amigos e frequentava bares na cidade. A polícia ainda não identificou quem dirigia o carro de luxo prata que levou o assassino até o local do crime.
Marcelo é colecionador de armamento com registro no Exército e já chegou a ser preso ao se passar por policial federal, portando ilegalmente uma arma. A polícia investiga a possibilidade de a vítima ter sido morta porque perturbava a pizzaria do suspeito, que fica a cerca de 500 metros do local do assassinato.
A identidade e o perfil do suspeito foram divulgados na tarde desta terça-feira (21), pela Polícia Civil de Santo André, que também apresentou imagens de Aguiar, considerado foragido. Ele teve a prisão temporária decretada pela Justiça, mas não havia sido localizado pela polícia.
De acordo com a delegada Roberta Franco, responsável pela investigação, o suspeito é dono de uma pizzaria próxima ao local do crime e já chegou a ser preso em março deste ano em São Bernardo (SP) se passando por policial federal e por porte ilegal de arma.
"Ele se apresentou como polícia federal e revistou algumas pessoas em um bar", disse a delegada. "Algumas pessoas pensaram que estavam sendo assaltadas e chamaram a polícia, chamaram a PM. Ele negou que estivesse passando por policial".
Durante diligências de busca e apreensão realizada casa de Aguiar, foram apreendidas munição e duas armas de cano longo: uma espingarda calibre 12 e uma carabina .22 –a ultima é uma réplica de um fuzil AR-15. A polícia disse acreditar que esse armamento pode estar legalizado, já que o suspeito é colecionador registrado, mas a documentação dele não foi encontrada.
A delegada disse que aguarda a informação do Exército e acredita que a arma usada no crime pode ter sido uma das que ele tem cadastradas em seu nome.
Sobre a motivação, a polícia trabalha com a possibilidade de o assassinato estar ligado a um desentendimento anterior relacionado à pizzaria da qual Aguiar seria dono.
"Há informações de que ele [Aguiar] e o catador, seu Sebastião, tinham uma animosidade anterior e por isso aconteceu. Mas, na verdade, quem vai explicar exatamente o que aconteceu vai ser o Marcelo."
A polícia recuou, porém, sobre a identificação do segundo suspeito.
Mercedes
Nesta última segunda-feira (20), a cúpula da Segurança Pública havia sido informada de que um funcionário do comerciante teria dirigido a Mercedes usada na noite do crime. A informação chegou a ser divulgada em nota pela pasta.
Nesta terça (21), porém, a polícia de Santo André disse que havia ocorrido um ruído de comunicação e que ainda tentava confirmar quem era a pessoa que dirigia o veículo.
Os policiais conseguiram identificar o carro usado no crime, uma Mercedes modelo GLK 280 que está registrada no CPF de Aguiar, embora o licenciamento ainda não tenha sido transferido para o nome dele. O veículo ainda não foi localizado.
Como Aguiar tem registros no nome dele uma empresa em São Bernardo (SP) e outra em Santa Cataria, a polícia catarinense foi informada sobre o caso e sobre o mandado de prisão ainda em aberto.
O assassinato do catador ocorreu rua Visconde de Mauá e foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram um homem de altura mediana, de camiseta e boné, descendo do banco do passageiro de um carro de luxo, caminhando em direção a Sebastião e atirando.
A polícia esperava ouvir a mulher dele ainda nesta terça. Um morador da região relatou que vizinhos conheciam Sebastião, que andava pelo bairro e tomava banho no parque próximo, sem nunca ter feito mal a ninguém.
Com informações do Diário do Nordeste.
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