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quinta-feira, 30 de maio de 2019

Empresário compra fubá para esconder 760 kg de cocaína

Droga seguiria à Europa, mas foi interceptada pela Receita Federal no Porto de Santos -  Bruno Lamego Alves, de 32 anos, foi preso por suspeita de organizar o esquema - Ele nega os crimes

Empresário é preso pela Polícia Federal suspeito de enviar 760 Kg de cocaína para a Europa — Foto: G1 Santos
Empresário é preso pela Polícia Federal suspeito de enviar 760 Kg de cocaína para a Europa

A investigação da Polícia Federal que resultou na prisão do empresário Bruno Lamego Alves, de 32 anos, por envolvimento com o tráfico internacional de drogas, identificou que ele utilizou nomes e contas fictícias para tentar despistar eventual responsabilização pelo envio de 760 kg de cocaína à Europa pelo Porto de Santos (SP). A defesa diz que o cliente é inocente.
Bruno foi preso por ordem da Justiça Federal, que também determinou o cumprimento de mandado de busca no apartamento de luxo dele, no bairro Aparecida. Foram apreendidos documentos, computadores e celulares do empresário, além de 11 chips telefônicos e lacres utilizados em contêineres de exportação.
Os investigadores identificaram que Bruno utilizou nomes fictícios para simular as negociações da compra de sacas de fubá de milho que seriam despachadas ao porto de Antuérpia, na Bélgica. A aquisição da mercadoria, na verdade, tinha por objetivo ocultar o carregamento de cocaína e, assim, despistar a fiscalização no cais santista.

Carca com cocaína achada no Porto de Santos, SP, é atribuída a Bruno pela PF — Foto: Arquivo/G1 
Carga com cocaína achada no Porto de Santos, SP, é atribuída a Bruno pela PF

O rastreamento de e-mails e telefones falsos do investigado fez com que o empresário fosse apontado como um dos responsáveis por organizar o esquema. A inserção da droga nos contêineres ocorreu em um terreno em Guarujá (SP), onde também foram encontradas sacas de fubá de milho retiradas das caixas metálicas para darem lugar à cocaína.
Antes de se tornar empresário, Bruno também já foi funcionário em outras três firmas em Santos (SP), todas do setor logístico-portuário. A suspeita é que o conhecimento adquirido na atuação no comércio exterior tenha sido utilizado para a atividade ilícita, desmantelada depois que a Receita Federal achou a droga nos contêineres.

Empresário foi levado à Delegacia da PF em Santos, SP — Foto: G1 Santos 
Empresário foi levado à Delegacia da PF em Santos

A polícia também constatou que Bruno tem ligação com investigados no âmbito da Operação Brabo, deflagrada em setembro de 2017, e que levou à apreensão de nove toneladas de cocaína que seriam enviadas a portos da Europa. Em 10 de maio, 26 integrantes da quadrilha foram condenados: as penas aplicadas somam 400 anos.
Atualmente, Bruno é sócio-proprietário de pelo menos três empresas ativas situadas em Guarujá: uma de importação e exportação de mercadorias, outra de assessoria comercial logística, e de uma adega. Antes de apagar os perfis nas redes sociais um dia depois de ser preso, ele aparecia em fotos e vídeos com artistas, atletas e políticos.

Investigação - A Polícia Federal investiga a participação de Bruno na tentativa de envio de 760 kg de cocaína para a Bélgica. O carregamento foi interceptado no Porto de Santos, em fevereiro de 2017, durante operação com a Receita Federal, que localizou 27 bolsas com tabletes da droga em dois contêineres com fubá de milho. Ninguém foi preso na época.
pinheirinho.net

EM SEIS ANOS - Mortes por intervenções policiais crescem 439% no Ceará e superam números do País

Dados oficiais obtidos pela Lei de Acesso à Informação, com a Secretaria da Segurança Pública, mostram aumento de mortes por ação de agentes - SSPDS diz que crescimento está relacionado à maior resistência de criminosos

Resultado de imagem para Mortes por intervenções policiais crescem 439% em seis anos, no CE
O chamado "Massacre de Milagres" ocorreu numa operação policial para evitar o roubo de uma agência bancária, na madrugada do dia 7 de dezembro de 2018. A ação dos assaltantes foi sustada, mas a operação apresentou um saldo dramático: 14 mortos, sendo seis inocentes. Todos os policiais envolvidos na operação desastrosa, depois do inquérito regulamentar, foram denunciados pelo Ministério Público do Ceará (MPCE).
O fato provocou um questionamento da sociedade: até onde vai o cumprimento do dever e onde começa a execução de um crime... Talvez nenhuma outra atividade profissional se depare com esse dilema, com tanta clareza e veemência, como os agentes de segurança pública. Esses profissionais convivem com o perigo de vida ou morte, enquanto existe uma zona cinzenta, um limite impreciso e difuso, entre a obrigação de reprimir o crime e a legítima defesa.
Para compreender essa situação delicada, um levantamento foi realizado por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), com dados oficiais prestados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Entre 2013 e 2018, o Ceará experimentou uma escalada de violência sem precedentes, que resvalou no aumento de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) e no número de mortes em razão de ocorrências policiais. Ao todo, foram 671 homicídios cometidos em serviço ou folga por agentes de segurança cearenses. No ano de 2013, 41 pessoas morreram pelo braço armado do Estado; em 2018, foram 221. Um aumento de 439%.

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