Web Radio Cultura Crato

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Após a entrega de novas armas para a Polícia, promotor quer o imediato recolhimento

A polêmica em torno das armas diz respeito à falta de um mecanismo de trava que impeça tiros acidentais. Para o promotor Ricardo Rocha, as regras da licitação foram violadas e permitiu que as armas fossem compradas de uma fabricante alemã.
"O Estado do Ceará parece não despender a mínima atenção para o grave problema que se apresenta”. Com estas palavras, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), através do promotor de Justiça Ricardo de Lima Rocha, da 26ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, ajuizou nesta quarta-feira (1º) um pedido à Justiça para que, “com a máxima urgência”, sejam recolhidas todas as armas de fogo entregues ontem pelo governo do estado aos novos policiais civis e militares cearenses.

O pedido reforça a grave denúncia de que as armas adquiridas pelo Estado, pistolas de calibres 9 milímetros e Ponto 40 (.40) não possuem trava de segurança que possam impedir tiros acidentais. A polêmica em torno da compra das armas – fabricadas nos Estados Unidos pela indústria armamentista alemã Sig Sauer – foi objeto de uma Ação Civil Pública impetrada pelo mesmo promotor há sete meses e que ainda não foi analisada pelo juiz da 13ª Vara da Fazenda Pública Estadual.

Sem o julgamento da Ação Civil Pública, que pedia a anulação da compra das armas por ferir as regras impostas pela licitação, o Estado prosseguiu no processo de compra das armas. E nesta quarta-feira, a Secretaria da segurança Pública e Defesa Social realizou uma solenidade para a entrega das novas armas. O titular da Pasta, delegado federal André Costa, ressaltou o investimento do governo e acrescentou que “vai é sobrar” armas, se referindo às recentes denúncias de que os novos policiais civis estavam sem o equipamento para iniciarem o trabalho nas delegacias e nas ruas.

O promotor de Justiça autor da Ação Civil Pública chegou a revelar que, para não perder a licitação e, consequentemente, a venda milionária das armas – estimada em cerca de R$ 4,5 milhões – a fabricante, com o aval do governo do Estado, fez uma “gambiarra” nas pistolas, o que não impede os disparos acidentais.

(Via Cearanews7)

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Mês de julho registrou 409 assassinatos no Ceará. No acumulado do ano, já são 2.943

O mês de julho de 2018 terminou com o total de 409 assassinatos no Ceará. No período de 31 dias ocorreram 385 homicídios, latrocínios (roubos seguidos de morte) e lesões corporais seguidas de morte, denominados Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs). Além disso, foram registrados 21 óbitos em intervenções policiais e três assassinatos de detentos em unidades do Sistema Penitenciário Estadual. Duas chacinas deixaram nove mortos. No acumulado do ano, o Ceará já registrou 2.943 homicídios em sete meses.

Somente em Fortaleza ocorreram 137 homicídios e latrocínios. Na Região Metropolitana da Capital outros 109 crimes de morte. No Interior do estado, 163 pessoas foram assassinadas, sendo 90 casos na região Interior Norte, e mais 73 no Interior Sul. Cidades como Sobral registraram um aumento considerável da violência armada que resulta em óbitos.

Duas chacinas ocorreram no mês de julho. A primeira na madrugada do dia 13, quando cinco homens foram seqüestrados e mortos a tiros e facadas no Sítio Cafundó, localizado na zona rural do Município de Palmácia, na região do Maciço de Baturité (a 85Km de Fortaleza).

A segunda matança aconteceu na manhã do dia 14, no Sítio São Francisco, zona rural do Município de QuiterianópolIs (a 397Km da Capital), onde quatro pessoas (três homens e uma mulher) foram assassinadas a tiros. Com os dois casos, o Ceará já registra sete chacinas neste ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário