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terça-feira, 21 de agosto de 2018

Em 48 horas, nove mulheres foram assassinadas no Ceará, totalizando 312 vítimas em 2018




Nove mulheres foram assassinadas no Ceará em pouco mais de 48 horas. Os nove crimes de morte ocorreram no fim de semana, entre a tarde de sábado (18) e a noite do domingo (19). Os casos registrados, subiu para 312 o número de mulheres mortas no estado em 2018. Em um dos episódios, o ex-marido da vítima foi preso em flagrante logo após o crime. Noutro caso, o assassinou praticou o suicídio.

Ainda no sábado (18), três mulheres foram assassinadas em Fortaleza. Uma das vítimas era a dona de casa Ednúzia Anselmo. Por volta de 10 horas, ela foi morta a golpes de faca pelo seu ex-companheiro. O crime aconteceu na residência de Ednúzia, localizada no bairro Canindezinho, na zona Sul da Capital.

Já por volta de 15 horas, a Polícia registrou o assassinato de uma mulher no Município de Cruz (a 235Km de Fortaleza). A vítima, não identificada, foi assassinada a tiros.

Também no sábado, o corpo de uma mulher, ainda não identificada, foi encontrado com marcas de violência no bairro Jangurussu. O cadáver foi localizado por volta de 16 horas e encaminhado à Perícia Forense (Pefoce).

Crimes em sequência

No domingo, seis mulheres foram assassinadas no Ceará, veja a cronologia dos crimes:

1 – (9h20) – Na cidade de Acopiara, a jovem Maria Jacqueline de Freitas, 21 anos, é assassinada a pauladas e facadas dentro de casa. O agressor é o ex-companheiro dela, Francisco Adriano de Oliveira Lopes, 28 anos, que, logo após cometer o feminicídio, praticou o suicídio se enforcando na mesma residência.

2 – (15h10) – Uma mulher foi baleada na cidade de Caridade e levada, em estado grave, para o Hospital do Município de Canindé, onde faleceu quando recebia os primeiros socorros médicos. A identificação da vítima não foi informado pelas autoridades.

3 – (18h35) – Na cidade do Crato, no Cariri (a 540Km de Fortaleza), a jovem Silvany Inácio de Sousa, 26 anos, foi morta a tiros em plena Praça da Sé, pelo ex-companheiro, identificado por Elson Siebra de Deus, 47, que logo em seguida, foi preso em flagrante após se refugiar na casa dos pais.

4 – (19h05) – Uma mulher identificada como Edgleuma Barbosa de Sousa, ex-presidiária, foi assassinada a tiros na Rua Ceci, nas proximidades do Cuca da Barra do Ceará. A Polícia suspeita de um caso de “acerto de contas”.

5 – (22h30) – Uma mulher foi morta, a tiros, no bairro Edson Queiroz

6 – (23h30) – Uma mulher foi morta a pauladas no Município de Araripe

Fernando Ribeiro

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Quatro presos são encontrados mortos na Penitenciária de Alcaçuz

Em janeiro, ao menos 26 detentos foram mortos
Em janeiro, ao menos 26 detentos foram mortos

Quatro presos do regime fechado foram encontrados mortos na madrugada deste domingo (19) na Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta, no Rio Grande do Norte.
Iuri Yorran Dantas Azevedo (24), Rodrigo Alexandre Farias Araújo (26), Thiago Lucas Oliveira Silva (24) e Ytalo Nunes de Sousa (25) foram encontrados mortos pelos agentes penitenciários de plantão, de acordo com a assessoria de imprensa da Sejuc (Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania).
Por meio de nota, a Sejuc informou que o governo do Rio Grande do Norte segue firme no trabalho de aperfeiçoamento do sistema prisional, mantendo os detentos presos e longe do convívio com a sociedade, sem fugas e sem acesso a celulares. “As facções criminosas não se comunicam mais com o exterior da cadeia, o que tem provocado brigas internas”, diz a nota.
A nota diz ainda que a direção do presídio acionou a Delegacia Especializada em Homicídios e o Itep (Instituto Técnico-Científico de Perícia). As circunstâncias das mortes serão investigadas pela Polícia Civil e só o laudo do Itep poderá determinar a real causa das mortes.
Em janeiro do ano passado aconteceu na Penitenciária de Alcaçuz, como é conhecido o presídio, um massacre que deixou 26 mortos, depois de 14 dias seguidos de rebelião, resultando na destruição quase completa da unidade. Após o final da rebelião, o governo dividiu a penitenciária em duas partes com um muro de concreto para separar as facções rivais.

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