Web Radio Cultura Crato

sábado, 31 de maio de 2025

Ceará encerra a quadra chuvosa de 2025 com 27 açudes sangrando

 


Foto Anderson Oliveira
O Ceará finaliza a quadra chuvosa de 2025 com um cenário positivo em relação ao armazenamento de água. De acordo com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), os 157 açudes monitorados no Estado encerram o mês de maio com 55% da capacidade total preenchida. Ao todo, são 10,2 bilhões de metros cúbicos armazenados, dos 18,5 bilhões possíveis.

Nesta sexta-feira (30), 27 reservatórios atingiram a capacidade máxima e estão sangrando — entre eles o açude Orós, o segundo maior do Ceará, que verteu no dia 26 de abril. Outros 35 açudes já superaram 90% do volume total, consolidando a temporada como uma das mais positivas dos últimos anos, apesar de desigual entre as regiões.

Entre os açudes que atingiram sua capacidade máxima, destacam-se nomes importantes como o Acaraú Mirim (Massapê), Jenipapo (Meruoca), Sobral (Sobral), Quandú (Itapipoca), Amanary (Maranguape) e Pacajus. O número expressivo representa a eficiência das chuvas que, apesar de moderadas, caíram com intensidade suficiente em determinadas regiões do Estado.

O bom desempenho, no entanto, não foi uniforme. Conforme já havia sido previsto pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), houve maior concentração de chuvas no Norte do Estado, enquanto o Sul e o Sertão Central enfrentaram precipitações abaixo da média.

A bacia do Litoral, por exemplo, apresenta a situação mais confortável, com 98,7% de sua capacidade hídrica. Por outro lado, a bacia do Sertão de Crateús amarga o pior índice entre as 12 regiões monitoradas, com apenas 20,3% de volume preenchido.

Dos três maiores açudes do Ceará, apenas o Orós (capacidade de 2,1 bilhões de m³) verteu em 2025. O Castanhão, maior reservatório do Estado, com capacidade para 6,7 bilhões de m³, está com 29,7% do volume preenchido, o equivalente a 1,99 bilhão de m³ — o pico do ano foi 30%, registrado neste mês. Já o Banabuiú, terceiro maior açude cearense, tem 36,7% da capacidade armazenada, o melhor índice registrado em 2025.

A quadra chuvosa, que vai de fevereiro a maio, apresentou comportamento dentro da média histórica, ainda que com variações significativas. Em fevereiro e março, os índices ficaram levemente acima da média esperada, com 124,2 mm (2,4% acima) e 205,1 mm (quase igual à média de 206,5 mm), respectivamente.

Abril, no entanto, destoou negativamente: o acumulado foi de apenas 120 mm, quando o esperado era 190,7 mm — uma queda de 37,1%, o pior desempenho para o mês nos últimos oito anos.

Mesmo com um abril mais seco, o saldo da quadra chuvosa de 2025 é considerado satisfatório. O volume acumulado nos açudes representa um aporte de 5,88 bilhões de metros cúbicos apenas neste ano. Esse desempenho é essencial para garantir o abastecimento humano, a produção agrícola e a sustentabilidade hídrica do Estado nos meses mais secos.

A expectativa agora é que o volume acumulado seja gerenciado com responsabilidade, especialmente nas regiões que ainda enfrentam escassez, como o Sertão de Crateús. Para especialistas, o monitoramento constante e a adoção de políticas de uso consciente da água seguem sendo fundamentais, mesmo em anos de bom desempenho pluviométrico.

Com informações do Portal GC Mais.

Energia elétrica ficará mais cara em todo o Brasil em junho

Foto Thiago Gadelha 
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira (30), o acionamento da bandeira vermelha, no patamar 1, para o mês de junho. No mês de maio, por exemplo, a bandeira em vigor era a amarela, o que indica um aumento no custo da energia para os consumidores.

Com a mudança, as contas de energia elétrica terão cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kW/h (quilowatt-hora) consumidos. Todos os consumidores de energia conectados ao Sistema Interligado Nacional passarão pela mudança.

Segundo a Aneel, a medida ocorre após queda no volume de chuvas e uma diminuição da geração de energia por hidrelétricas, conforme apontam projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Dessa forma, aponta a agência, a bandeira vermelha é necessária por conta do acionamento de usinas termoelétricas, que possuem custo de produção mais elevado.

Na última semana, o diretor-geral da Aneel, Sandoval de Araújo Feitosa Neto, apontou que os níveis de armazenamento estão abaixo de 71%, menor do que os 75% registrados no mesmo período de 2024. Dessa forma, as condições desfavoráveis já apontavam a mudança.

Com informações do Diário do Nordeste.

Nenhum comentário:

Postar um comentário