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terça-feira, 20 de maio de 2025

Brasil pode obter status livre de gripe aviária em 28 dias

 


Foto Shutterstock
O Brasil poderá voltar a exportar carne de frango em 28 dias, caso nenhuma nova infecção por gripe aviária seja registrada neste período, afirmou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, nesta segunda-feira (19). Conforme o titular do ministério, o Brasil pode retomar o status de país livre de gripe aviária.

"O importante é a gente fazer todo o bloqueio e o rastreamento de tudo o que saiu dessa granja. Fazendo a inutilização de toda essa produção, a gente diminui muito o risco de novos casos. Diminui muito mesmo. Feito isso, cumpre-se o prazo de 28 dias, que é o ciclo desse vírus", destacou Fávaro.

“Se, em 28 dias, não tiver nenhum outro caso, a gente pode, com tranquilidade, baseado em ciência, dizer ao mercado e aos compradores, a gente volta então a colocar o status de como livre de gripe aviária. O Brasil, de novo, livre de gripe aviária”, completou.

Carlos Fávaro ressalto que a volta das exportações de carne de frango deve ocorrer de forma gradativa para todo o mundo.

“Não significa que, imediatamente, todos os mercados se abrirão. Muitos vão fazer questionamento, tirar dúvidas. E é normal isso”, ponderou.

"Certamente, aqueles que restringiram o Brasil todo, vão reduzir provavelmente só ao Rio Grande do Sul ou a Montenegro e aí, gradativamente, voltando à normalidade", concluiu.

Segundo maior açude do Ceará, Orós terá 'véu de noiva' fechado e fornecimento de água suspenso

Foto Ismael Soares
O Açude Orós, localizado na cidade cearense de mesmo nome, está sangrando desde 26 de abril de 2025, e a partir do dia 26 de maio, terá a válvula dispersora, responsável por formar o chamado "véu de noiva", e a turbina fechadas temporariamente. Isso irá suspender a liberação de água, por 15 dias, tanto para o abastecimento humano em cidades e distritos vizinhos quanto para a perenização do Rio Jaguaribe. 

O Orós é o segundo maior açude do Ceará e atingiu a capacidade máxima em 2025, após 14 anos. Mas por que isso irá acontecer e como ficará esse fornecimento?

A interrupção temporária do fornecimento de água ocorrerá devido a uma ação de reforma e modernização nas instalações do reservatório. Segundo o representante da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), o gerente regional da Bacia do Alto Jaguaribe, Welliton de Souza Ferreira, a ação será realizada pelo Governo Federal - responsável pelo Orós - através do Consórcio TSC Britânia.

A execução dos serviços, conforme Welliton, demanda mergulho na comporta e com essa estrutura aberta há risco “da pessoa ser sugada”. Esse é um dos fatores que demanda a interrupção da liberação de água. Além disso, explica, está sendo avaliada a possibilidade de troca de válvulas por equipamentos mais novos.

Quando o serviço de modernização for executado, aponta, a barragem terá um certo grau de automação “com a possibilidade de ser acionada remotamente”, indica ele. O gerente também informa que em 2025, o Orós já passou por recuperação das paredes, limpeza e pintura do sangradouro.

O reservatório do Orós tem quatro "portas de saída" de água. E destas, duas serão afetadas com a interrupção desse fornecimento, segundo Welliton:
Serão afetadosTurbina - mecanismo acionado pela casa de máquinas que gera liberação de água em um canal para o Açude Feiticeiro no distrito de mesmo nome (em Icó);

Válvula - conhecida por formar o chamado "véu de noiva", a válvula dispersora é operada para liberar água do reservatório para o Rio Jaguaribe e essa água é levada a outras cidades para abastecimento, como a sede do município de Jaguaribe.

Não serão afetadosSangradouro - área por onde a água passa quando o açude atinge a capacidade máxima de armazenamento e deságua no Rio Jaguaribe, assim como a água da válvula;

Sistema alternativo - liberação de água na área lateral do reservatório por meio de um túnel com envio de água para o açude Lima Campos (distrito de Icó) via gravidade.

População não será afetada, segundo Cogerh

Welliton detalha que no caso do distrito de Feiticeiro, o reservatório está com água acima de 30% e isso garante que a área não ficará desabastecida. Além disso, ele explica que no trajeto ainda há outras duas barragens (no caso, particulares) que ajudam as águas a chegar no distrito.

No caso da cidade de Jaguaribe, que recebe a água dispersa pela válvula do Orós, ele aponta que a barragem de Santana não tem grande suporte de armazenamento e por isso é necessário que o fluxo constante chegue pelo Rio Jaguaribe. Logo, foi preciso calcular bem o momento dessa interrupção de fluxo para que a população não seja afetada.

Nesse caso, a sangria do Orós, que seguirá jorrando água por outra saída, ajuda. "Como o açude está sangrando isso se complementa com a água que vem do Rio Salgado e se encontra no Icó, até a cidade de Jaguaribe. A ideia de ser agora é porque a gente aproveita a água do Rio Salgado com a que está sangrando. A sangria favorece a paralisação agora", aponta.

Com informações do Diário do Nordeste.

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