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segunda-feira, 3 de maio de 2021

Jovem perde noivo para a Covid-19 no dia do casamento

 

Um homem de 30 anos não resistiu às complicações da Covid-19 e morreu no dia em que se casaria, no último dia 17. Bruno Silva estava noivo de Beatriz Miranda, com quem namorava há 11 anos. De acordo com familiares, o rapaz não tinha nenhuma doença prévia, mas ainda assim evoluiu para quadro grave. Ele chegou a ter 85% do pulmão comprometido e, mesmo intubado, não resistiu.

– A festa estava toda pronta, vestido já tinha mandado fazer, festa paga, buffet, estávamos planejando havia um ano. Alguns dias antes, cerca de 15 dias, chegamos em um acordo e decidimos adiar. Mas, como eu comecei a ter sintomas e tudo, aí a gente tirou o foco de conseguir uma nova data – contou a noiva, em entrevista ao G1.

De acordo com Beatriz, ela foi a primeira a testar positivo para a doença. Logo em seguida, o noivo adotou o home office e ficou isolado com a família. No dia 27 de março, Bruno começou a apresentar sintomas mais graves da doença e, após três dias, ele procurou atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Paulo. No dia seguinte, ele foi transferido para um hospital e uma tomografia indicou que 50% dos pulmões estavam comprometidos.

Bruno ainda ficou internado por 10 dias, mas precisou ser levado para a UTI e intubado, com 85% dos pulmões tomados pela doença.

Os pais do jovem afirmaram que, nos últimos dias de vida, tarefas simples como falar ou se movimentar já estavam difíceis para Bruno.

– Eu falava para ele: ‘você não precisa ficar falando’. Na primeira vez que falamos com ele, ele já não conseguia falar, estava fraco e o pai dele até chorou de preocupado. Eu só mandava vídeos bons para ele e pedia para ele não responder e ele ficava respondendo por emoticon. Ele queria casar, dizia que queria casar. O Bruno falava, mas não saía a voz, a gente lia nos lábios dele a palavra ‘medo’. Ele tinha muito medo e já não conseguia mais falar – contou Ivani Aparecida, mãe do rapaz.

Após a morte de Bruno, Beatriz revelou que não conseguiu dar a notícia aos filhos do casal.

– Eu fui atrás de ajuda psicológica. Eu tento manter o Bruno sempre presente, dizendo que o papai está aqui. Eles já estavam conformados com a bisa ter ido para o céu, ter ‘virado estrelinha’ e eu não conseguia dar a notícia. Só depois de quatro dias eu consegui conversar e dizer que o papai ‘virou estrelinha’ e que ele estava aqui com a gente – desabafou. (Pleno News)

Venezuela aumenta salário, mas valor não chega a R$ 19


O governo venezuelano anunciou aumento do salário mínimo mensal em 289%, neste sábado (1°), Dia do Trabalho. O valor, que era equivalente a 64 centavos de dólar, passará para cerca de US$ 2,40 (R$ 12,96) pela taxa de câmbio estimada pelo banco central do país.

– No dia de hoje, 1º de maio, entra em vigor um aumento do salário mínimo de 7 milhões de bolívares e o cestaticket socialista (bônus de alimentação) para 3 milhões de bolívares, configurando tudo o que chamamos de salário mínimo legal de 10 milhões de bolívares – disse o ministro do Trabalho, Eduardo Piñate.

Pinate fez o anúncio em um evento do Dia do Trabalho, no centro da capital Caracas, transmitido pela televisão estatal, acrescentando que o bônus de alimentação que os trabalhadores estaduais deveriam receber também aumentaria.

A economia da Venezuela está em seu quarto ano de hiperinflação, seu sétimo ano de recessão, e tem sofrido uma dolarização lenta e desordenada desde 2019.

A nova renda básica de US$ 2,40 (R$ 12,96) mais o bônus alimentar representa agora US$ 3,50 (R$19,91), com os quais os venezuelanos podem comprar um quilo de queijo e um litro de leite. No entanto, para um quilo de carne, por exemplo, o valor é insuficiente.

O governo venezuelano já reconheceu em ocasiões anteriores que o salário mínimo não é suficiente para cobrir a cesta básica de alimentos, e afirma que a renda mensal dos trabalhadores foi impactado pela crise no país, pela qual culpa as sanções econômicas dos Estados Unidos. O Parlamento, de maioria chavista, prometeu trabalhar para melhorar os salários e as condições trabalhistas.

Nicolás Maduro discursou no evento em Caracas, no qual propôs como “meta de vida” recuperar este ano o salário mínimo integral para os trabalhadores.

O ministro Eduardo Piñate disse ainda que a escala salarial do setor público será revista, sem dar detalhes.

O chavismo celebrou o Dia do Trabalho com pequenas concentrações em vários pontos do centro de Caracas com atividades de recreação e cartazes. Alguns trabalhadores presentes expressaram repúdio às sanções econômicas e ao “bloqueio” dos EUA contra a Venezuela.

(Monique Mello)

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