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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Brasil receberá a vacina de Oxford contra o coronavirus em fevereiro de 2021

                         

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começará a entregar a vacina de Oxford ao Ministério da Saúde a partir do dia 8 de fevereiro, afirmou a presidente do instituto, Nísia Trindade, durante uma audiência sobre o combate à Covid-19 realizada pela Comissão Externa da Câmara dos Deputados.

A vacina de Oxford é desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford. No contrato firmado pelo governo federal, o Brasil receberá o chamado "ingrediente farmacêutico ativo" (IFA) para processamento e envase das doses na fábrica de vacinas Bio-Manguinhos, da Fiocruz.

O cronograma da Fiocruz derruba ao menos parte da mais recente previsão do ministro Eduardo Pazuello. No dia 17, o ministro disse prever a entrega de 24,7 milhões de doses ainda em janeiro, sendo 15 milhões delas da vacina de Oxford.

Previsão atualizada da Fiocruz

De acordo com Nísia Trindade, serão entregues 1 milhão de doses entre 8 a 12 de fevereiro ao Programa Nacional de Imunização (PNI) e mais 1 milhão na semana seguinte.

A partir da terceira semana, a meta do instituto é produzir 700 mil doses diárias da vacina que será chamada de Covid-Fiocruz.

"A grande angústia da nossa sociedade é com relação ao início da vacinação. Então, vou só informar a todos que, no caso da Fiocruz, nós estaremos recebendo ingrediente farmacêutico ativo para o início da produção no mês de janeiro" - Nísia Trindade, presidente da Fiocruz.

Com informações do G1.

Pesquisadores descobrem nova linhagem do coronavírus no Brasil

 

Pesquisadores descobrem nova linhagem do coronavírus no Brasil
Foto Peter Illicciev/Fiocruz
Pesquisadores brasileiros descobriram uma nova linhagem do novo coronavírus em circulação no Rio. Ainda não há evidências de que ela possa ser mais transmissível ou letal, mas os cientistas defendem a ampliação do monitoramento genético do vírus para identificar a evolução da pandemia a partir de novas cepas.

A nova linhagem foi descoberta por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, a partir do sequenciamento genético do vírus encontrado em 180 pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 entre abril e novembro deste ano no Estado do Rio. A nova linhagem foi identificada em 38 amostras deste grupo.

O achado foi apresentado em artigo publicado no site do LNCC e submetido à plataforma online MedRxiv, portanto ainda sem revisão de outros cientistas. No texto, os especialistas explicam que a nova cepa nasceu a partir de cinco mutações na linhagem B.1.1.28, uma das predominantes no Estado do Rio. Eles destacam que a ocorrência da nova cepa pode estar relacionada ao aumento de casos observado a partir de outubro no Estado (e que também ocorre em todo o País).

“A emergência dessa linhagem pode provavelmente estar associada à elevação do número de casos de covid-19 (chamada de segunda onda) no Estado. Junto com as linhagens virais pré-existentes circulantes no Rio, a segunda onda pode ser caracterizada pela presença dessa linhagem emergente”, dizem os cientistas.

No artigo, os pesquisadores ressaltam que o surgimento de novas linhagens é comum e que, na maioria das vezes, elas não representam maiores riscos, mas destacam que monitoramento e estudos adicionais são necessários para entender a participação da cepa nas infecções e suas características.

“Essa nova linhagem surgiu em julho e foi detectada pela primeira vez por nós em outubro, estando ainda parcialmente restrita à capital do Estado. No entanto, conforme observado para outras cepas, pode se espalhar rapidamente. O aumento significativo na frequência desta linhagem levanta preocupações sobre a gestão da saúde pública e a necessidade contínua de vigilância genômica durante a segunda onda de infecções”, destacam os pesquisadores no artigo.

Além das cinco novas mutações que deram origem à nova linhagem, ela também possui uma alteração na proteína Spike do vírus, responsável pela ligação do patógeno à célula humana. Essa alteração, observada em outras linhagens pelo mundo, inclusive na cepa identificada recentemente no Reino Unido, já foi associada anteriormente ao “escape de anticorpos neutralizantes” contra o vírus, o que dificultaria a resposta imune do organismo

“Análises adicionais são necessárias para prever se as mudanças nessas novas linhagens têm um efeito importante na infecciosidade viral, na resposta imune do hospedeiro ou na gravidade da doença”, ressaltam os pesquisadores no artigo.

Com informações do Portal O Tempo.

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