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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Bolsonaro conduz o País ao necrotério, sob o olhar omisso dos demais Poderes

                   


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Ricardo Kertzman

Arquivo) O presidente Jair Bolsonaro - AFP

 Há algumas semanas, o negacionista aloprado que preside o Brasil disse ser “conversinha” a segunda onda de SARS-CoV-2. Nada de novo, já que este mesmo ignorante, ainda em abril, falou que o “resfriadinho” já estava indo embora. Porém, os números atuais não só o desmentem como prenunciam algo muito pior.

Poucos dias atrás, o vendedor de cloroquina às emas do Alvorada declarou que “a pandemia já está no fim”. Novamente, nada de novo, pois o mesmo energúmeno previu que morreriam menos pessoas por Covid-19 que pelas gripes sazonais. Como sempre, errou. O amigão de décadas do Queiroz só acerta na escolha de amizades generosas.

Neste sábado (19), em mais uma de suas patéticas “lives”, desta vez com o filho Eduardo “Bananinha” Bolsonaro, o néscio do Planalto voltou a afirmar que a pandemia está no final. Por quê? Ora, vai ver que o Olavo de Carvalho lhe disse. E mais. Vociferou outra vez contra as vacinas: “pressa para vacina não se justifica”.

Países europeus voltaram a praticar o lockdown, na tentativa de frear o aumento assustador e veloz do número de casos e mortes pelo novo coronavírus. A Suécia, inclusive, exemplo de sucesso segundo o marido da recebedora de “micheques” de miliciano, reconheceu que errou quando não impôs maiores restrições durante a chamada primeira onda.

Mas, por aqui, o papis do senador das rachadinhas (apelido para peculato) continua sua cruzada genocida: disse que usar máscara é tabu; acusou a vacina do Butantan de causar morte, invalidez e anomalia; continua promovendo aglomerações; disse que quem usar a vacina da Pfizer poderá virar jacaré e colocar em risco o sistema imunológico.

Além de chefiar um desgoverno obscurantista, apinhado de lunáticos da sua estirpe, Jair Bolsonaro simplesmente trabalha para o Brasil não ter vacinas, e se as tiver, investe toda sua psicopatia na desinformação e incentivo à não vacinação em massa dos brasileiros. Para este potencial homicida, todos vão de morrer um dia. Se for hoje ou amanhã, e daí, não é mesmo?

É assustador viver em um país abandonado à própria sorte, e governado por um mitômano psicopata. Pior: em um país onde os demais Poderes constituídos assistem a tudo de forma mansa e passiva, quase bovina. Uma coisa são 30% de lunáticos apoiarem o louco-mor. Outra, bem diferente, são as autoridades se calarem diante deste hospício que se tornou o governo federal.

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