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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Combinação entre vacinas da Rússia e de Oxford para imunizante mais forte é estudada por cientistas

Foto AFP
A fim de aumentar a eficácia da imunização contra a Covid-19, cientistas combinarão componentes das vacinas AZD1222, da empresa AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, e a russa Sputnik V, do Instituto Gamaleya. 

A novidade foi oficializada nesta segunda-feira (21), com assinatura de acordo para o experimento entre as duas instituições.

Desde o início do mês, as duas empresas manifestaram interesse na combinação. Com a certificação, os ensaios começarão “em breve”, de acordo com comunicado conjunto.

As atualizações sobre o imunizante interessam ao Brasil, já que a vacina da AstraZeneca é uma das quatro que estão sendo testadas no Paíse a Sputnik V está em processo de negociação com estados.

Combinação

As vacinas fazem com que, basicamente, o corpo humano produza anticorpos contra o vírus. Isso acontece porque na própria composição do imunizante é utilizado um adenovírus com a versão modificada do Sars-CoV-2 para que, quando a substância entrar no organismo, ao invés de infectá-lo e causar a doença Covid-19, ela faça com que ele produza a resposta imunológica. 

No caso das vacinas da AstraZeneca e do Gamaleya, são necessárias duas aplicações para que elas cumpram o efeito. A diferença é que a primeira usa adenovírus iguais em ambas as etapas. Já a segunda usa versões distintas.

É exatamente nesse ponto que os cientistas acreditam que podem potencializar o imunizante. De acordo com os estudiosos, "o uso de dois vetores diferentes para duas injeções vai resultar em uma eficácia maior do que usar o mesmo vetor para as duas injeções".

Vacina no Brasil

As vacinas da AstraZeneca e do Instituto Gamaleya estão próximas de serem distribuídas no Brasil. A primeira é uma das quatro sendo testadas no País para que o imunizante seja desenvolvido em solo brasileiro. Para isso, o governo investiu R$ 1,9 bilhão em contratos de compra de dose e repasse da tecnologia para a Fiocruz.

Estão em testes no País, ainda, as vacinas da Johnson, a da Pfizer e a da Sinovac. Já a Sputnik V não passa por negociações federais, e sim estaduais com o Paraná e Bahia para sua produção no Brasil. 

Joe Biden recebe dose de vacina contra Covid-19 nos EUA

Foto AFP
O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, recebeu nesta segunda-feira, 21, a primeira dose da vacina da Pfizer contra Covid-19. Biden tomou a vacina em Delaware. De acordo com a mídia americana, a vice-presidente eleita, Kamala Harris, receberá o imunizante na próxima semana.

Na semana passada, o atual vice-presidente dos EUA e presidente do Senado norte-americano, Mike Pence, de 61 anos, recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

Após receber a dose, Biden disse que a vacina é o primeiro passo para superar a pandemia, mas que levará algum tempo até que isso aconteça. Por isso, ele pediu para que as pessoas continuem usando máscaras, mantenham o distanciamento social e, se possível, não viajem.

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Pandemia da bala - Ceará ultrapassa a marca de 4 mil assassinatos em 2020

 As chacinas contribuíram para o aumento dos índices criminais no Ceará em 2020

O Ceará ultrapassou neste fim de semana a marca trágica de 4 mil assassinatos em 2020. O número já representa um aumento da ordem de 66,9 por cento se comparado aos 12 meses de 2019, faltando, ainda, 10 dias para o fim de ano.
Os Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs) neste ano em todo o estado do Ceará tiveram como principais fatores dois grandes acontecimentos: o primeiro, a matança registrada no mês de fevereiro, com a deflagração da greve dos policiais militares. No período em que os PMs permaneceram de braços cruzados, mais de 400 pessoas foram mortas no estado, números que refletiram  dentro da estatística geral dos CVLIs em 2020.
O segundo fator veio com a eclosão da pandemia do novo Covid-19 no estado e o isolamento social como medida para reduzir os impactos do contágio coletivo. Mesmo com as ruas vazias, os criminosos não pararam de matar na guerra estabelecida entre as facções.
Durante o período entre março (início da pandemia) e agosto (com a retomada das atividades da economia) o Ceará registrou nada menos, que 2.078 assassinatos em cinco meses, rep
De acordo com os registros da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, em 11 meses deste ano o estado apresentou um total de 3.864 assassinatos, sendo 3.720 CVLIs, 143 mortes por intervenção policial e um homicídio em unidade do Sistema Penitenciário.  Em 2019, a totalização chegou a 2.396 (com 2.257 CVLIs, 136 mortes por intervenção da Polícia e três óbitos por homicídios no Sistema Penal).

A guerra e seus mortos - Os dois fatores citados (greve e pandemia) se juntaram à guerrilha urbana travada diariamente na Grande Fortaleza na guerra das facções, gerando um desafio grande para as autoridades da Segurança Pública para 2021. Com centenas de vidas perdidas neste ano, o Ceará ainda registrou duas chacinas.
A primeira, ocorrida no dia 18 de outubro, deixou cinco mortos em Quiterianópolis. E a segunda, na madrugada de 26 de novembro, quando sete pessoas foram executadas sumariamente (entre elas, um menino de apenas 6 anos de idade), na zona rural do Município de Ibaretama.

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