Pronto-Socorro do Hospital Bruno Born, o único do município, está interditado. Pacientes devem procurar a UPA
Um homem colocou fogo na recepção do Pronto-Socorro do Hospital Bruno Born, o único de Lajeado, no Vale do Taquari, na noite deste domingo (1º). Conforme relatos de testemunhas, ele estava revoltado com a demora no atendimento, já que estava com o filho pequeno há mais de duas horas no local. O PS está interditado por tempo indeterminado.
Segundo a Delegacia de Pronto-Atendimento de Lajeado, depois de reclamar sobre a demora no atendimento, o homem saiu do hospital e retornou com gasolina. Ele pediu para que as pessoas se afastassem e colocou fogo na recepção do local, por volta das 19h.
Houve danos em um computador e parte da estrutura ficou danificada. Ninguém ficou ferido, mas a fumaça se espalhou, e os pacientes precisaram ser removidos. Alguns funcionários e pacientes chegaram a inalar fumaça, mas foram atendidos no local.
O homem fugiu após colocar fogo no PS, e já foi identificado pela Polícia Civil. A área danificada deve passar por perícia nesta manhã.
Em nota, o Hospital Bruno Born, que é referência para 42 municípios do Vale do Taquari e do Vale do Rio Pardo, informou que "todos ainda estão muito abalados psicologicamente", e que houve destruição completa da sala de recepção da emergência. Assim, o atendimento está suspenso por tempo indeterminado, o que causa prejuízo para toda a região do Vale do Taquari. A orientação é que os moradores procurem a UPA de Lajeado ou hospitais próximos.
O hospital informou ainda que o filho do homem que colocou fogo no hospital já havia recebido atendimento no mesmo dia, tanto na UPA quanto no hospital, e que não apresentava quadro de urgência ou de emergência.
O delegado Juliano Fernandes Stobbe, responsável pela investigação, afirma que o crime de incêndio doloso prevê pena de três a seis anos de prisão, que pode ser aumentada em até um terço, já que foi cometido contra um prédio público.
— Por mais que ele possa alegar que estava indignado, isso não justifica. Ele agiu com um mínimo de premeditação. Agora, vamos ouvir funcionários e pacientes para verificar a extensão dos danos causados.
Via Gaucha CH
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