A presidente Dilma Rousseff admitiu a aliados que seu afastamento temporário da Presidência se tornou "inevitável" e decidiu traçar uma agenda para defender o mandato e impedir que o vice Michel Temer se aproprie de projetos e medidas de seu governo. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
A estratégia visa manter a mobilização da base social do PT e reproduzir o discurso de que Dilma é vítima de um golpe e que um eventual governo Michel Temer é ilegítimo, como defende o ex-presidente Lula.
Como apurou a Folha, a presidente pediu à sua equipe para "apressar" tudo que estiver pronto ou perto da conclusão para ser anunciado antes de o Senado aprovar a admissibilidade do processo de impeachment, que vai resultar no seu afastamento do cargo por até 180 dias. Nesta lista, por exemplo, estão as licitações de mais quatro aeroportos (Porto Alegre, Fortaleza, Florianópolis e Salvador).
Dilma vai, também, instalar o CNPI (Conselho Nacional de Política Indigenista), anunciar a prorrogação da permanência de médicos estrangeiros no programa Mais Médicos, participará de Conferência Conjunta dos Direitos Humanos e deve entregar no Pará novas unidades do Minha Casa Minha Vida. Auxiliares da presidente defendem a ideia de que ela precisa sair do "imobilismo" e tentar mostrar que ainda tem algum apoio social.
Segundo o periódico, interlocutores de Lula e Dilma reconhecem que o governo não conseguirá impedir a admissibilidade do processo de impeachment pela comissão especial do Senado, mas ponderam que a mobilização social será fundamental nesse período.
Ainda de acordo com a publicação, a presidente acredita que pode ser inocentada ao fim do julgamento pelo Senado e, assim, retomar seu mandato. Parlamentares do PT e o próprio ex-presidente Lula, porém, acreditam que, após o afastamento de Dilma, o quadro vai ficar "muito difícil" e, mesmo que a presidente ganhe no julgamento, ficará sem condições de governabilidade.
zh
Furto deixa 60 famílias sem água no município do Barro-CE
Cerca de 60 famílias dependeriam, exclusivamente, do equipamento para contar com água em suas residências ( Foto: André Costa )
Barro. O alívio de uma comunidade inteira que passaria a contar com água de qualidade após mais de cinco décadas durou poucos dias. Isso porque a bomba que estava sendo instalada na localidade de Furna da Onça, na zona rural deste município, localizado na região do Cariri cearense, foi furtada antes mesmo de ser posta em funcionamento. Ladrões arrombaram o cadeado do poço, desligaram o quadro de energia e quebraram a tubulação para levar o equipamento.
Barro. O alívio de uma comunidade inteira que passaria a contar com água de qualidade após mais de cinco décadas durou poucos dias. Isso porque a bomba que estava sendo instalada na localidade de Furna da Onça, na zona rural deste município, localizado na região do Cariri cearense, foi furtada antes mesmo de ser posta em funcionamento. Ladrões arrombaram o cadeado do poço, desligaram o quadro de energia e quebraram a tubulação para levar o equipamento.
Cerca de 60 famílias dependeriam, exclusivamente, do equipamento para contar com água em suas residências. A dona de casa Neuda Batista Cabral, 58, conta que o sentimento de todos é de "indignação e tristeza". Segundo ela, que nasceu na comunidade, "o local nunca teve água boa e a bomba representava um alívio para as famílias". O agricultor Manoel Justino, 41, lembra que, sem o equipamento furtado, "a população volta a depender de carros-pipa para ter água para consumo e de caixas que armazenam água da chuva".
O líder comunitário Auci Vicente de Figueiredo, 75, detalha que a bomba, com vazão máxima de 4.500 litros por hora, seria "suficiente para abastecer todas as famílias de Furna da Onça". "Agora a luta recomeça", diz ele. "Temos que tentar conseguir outra bomba o mais rápido possível, ainda mais porque parou de chover e a situação só tende a se agravar. Quando não vem o carro-pipa, não há água de qualidade", finaliza.
O coordenador administrativo e financeiro da Secretaria de Agricultura e da Pesca do Município, Renato José da Silva, explica que a bomba, assim com o restante dos materiais que seriam utilizados em sua instalação, foram adquiridos junto à Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra), por meio da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), pelo do Programa Água para Todos, do Ministério da Integração Nacional. Para Renato, houve equívoco na instalação da bomba. "Um equipamento como esse deveria ter, no mínimo, uma grade de proteção", critica. O material roubado, segundo a Prefeitura, custa cerca de R$ 3 mil.
O gestor municipal, Francisco Luiz Tavares de Araújo, conhecido como Neneca Tavares, disse que "a Prefeitura já notificou os órgãos policiais e a SDA para que as devidas providências sejam tomadas o mais rapidamente possível para minimizar os prejuízos das famílias diretamente afetadas". Até o momento, a Polícia não possuí nenhuma pista acerca de quem teria cometido este crime. Enquanto o furto não é elucidado e um novo equipamento não é instalado, o drama da comunidade persiste.
"O prejuízo maior é o da comunidade, o valor da bomba não importa, o que realmente interessa é que nós vamos voltar a sofrer sem ter água de qualidade", conclui Neuda.
Fonte; Diário do Nordeste
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