Militantes do MST queimaram pneus para fechar o tráfego de veículos na BR-116
O fortalezense viveu nesta quinta-feira (28) uma manhã de muitos transtornos em decorrência de uma sequência de manifestações políticas e salarial nas ruas da Capital. Integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST), agentes penitenciários e professores estaduais saíram às ruas da cidade para chamara a atenção da população para suas demandas.
A BR-116, na altura do Hospital do Coração, em Messejana, e a Avenida José Bastos, no bairro Demócrito Rocha, em frente à sede local do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), foram “fechadas” por ativistas do MST, que protestam politicamente contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O movimento dos sem-terra é realizado nacionalmente em conjunto com o Partido dos Trabalhadores (PT) e deve se repetir até a próxima semana, quando o Senado Federal vai decidir a questão do impedimento de Dilma.
Já na Avenida Barão de Studart, entre os bairros Aldeota e Meireles, o trânsito ficou prejudicado diante de uma manifestação dos professores do Estado. Em caminhada, eles se dirigiram ao Palácio da Abolição e ali protestaram por conta da questão salarial.
Outra categoria que também se manifestou foi a dos agentes penitenciários, que fizeram uma caminhada entre a Praça da Imprensa e a sede da Assembleia Legislativa do Estado, na Avenida Desembargador Moreira, no bairro Dionísio Torres. A classe denuncia o caos do Sistema Penitenciário, a baixa remuneração e as ameaças de criminosos aos profissionais.
Na BR-116, os sem-terra queimaram pneus e interditaram completamente o tráfego de veículos durante horas até que se retirassem com a intervenção da Polícia Rodoviária Federal.
Modelo Thaís Pazeto tem vigorexia; entenda essa obsessão por academia
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A modelo Thaís Pazeto, de 23 anos, foi finalista do concurso Musa do Brasil. Apesar do corpo sarado, a jovem revelou que sofre de um distúrbio chamado vigorexia ou transtorno dismórfico muscular. Assim como na anorexia, as pessoas com esse distúrbio se enxergam de maneira diferente da realidade quando se olham no espelho. Enquanto os anoréxicos se acham obesos, apesar de magérrimos, as pessoas com vigorexia se veem fracas e sem músculos, mesmo quando são fortes e possuem músculos definidos.
Por causa do distúrbio, a modelo chegava a malhar três vezes por dia e deixava de sair com amigos para treinar. Durante um tempo, também adotou uma alimentação super restritiva, à base apenas de proteínas magras, como frango.
— Tinha dia que eu passava quase o dia todo na academia, mas achava normal. Eu comecei a ter esse transtorno há um ano e meio e foi uma descoberta, porque eu nunca tinha ouvido falar nessa doença. Tinha dia que eu me sentia muito gorda, aí parava de comer e, no dia seguinte, já me sentia magra demais e exagerava na alimentação para ganhar massa muscular — explica Thaís.
O psicólogo Rodrigo Acioli Moura confirma que a vigorexia vai muito além da vaidade:
— As pessoas se olham no espelho e não se identificam com aquela imagem. Há uma visão distorcida. Apesar de fortes, as pessoas continuam malhando e ultrapassam seus limites.
Segundo o especialista, os pacientes com esse transtorno costumam se dar conta dos exageros apenas quando sofrem uma lesão:
— Há um descontentamento muito grande com a própria imagem. Quando não há um problema físico sério, os amigos e entes queridos acabam mostrando que há um exagero e uma cobrança excessiva pelo corpo perfeito. Tratei um paciente que foi levado pela namorada ao consultório.
Thaís também só procurou ajuda depois de ser alertada por pessoas próximas:
— No início, minha mãe falava que eu estava exagerando, mas eu achava que era coisa de mãe e não levava a sério. Mas meus amigos também repararam e insistiam que eu estava exagerando nos exercícios. Acabei procurando ajuda.
O psicólogo Rodrigo Acioli Moura afirma que o tratamento é feito sempre com ajuda de uma equipe multidisciplinar. Thaís, por exemplo, tem o apoio de um psicoterapeuta, um nutricionista e um educador físico. De acordo com a modelo, quem começa a ter sintomas deve procurar um médico ou psicólogo:
— A pessoa tem que ter consciência que é um problema e procurar ajuda para tratar esse distúrbio psicológico. Hoje, eu já me vejo como as outras pessoas me descrevem, mas foi todo um processo para isso acontecer.
O médico Ricardo Vivacqua, coordenador da Câmara Técnica de Medicina Desportiva do Cremerj, explica que os sintomas são parecidos com a síndrome de overtraining, em que os atletas exageram na intensidade e frequência das atividades físicas:
— Isso não é benéfico para ninguém, porque pode gerar sobrecargas circulatórias e até mesmo mudanças no comportamento, como uma irritabilidade maior, por exemplo. O exagero não beneficia o organismo.
De acordo com o especialista, a cobrança pelo corpo perfeito também costuma vir acompanhada pelo abuso de suplementos alimentares:
— Na minha opinião, a pessoa precisa se alimentar bem e se hidratar. O paciente pode adotar uma dieta prescrita por um nutricionista e priorizar sempre alimentos naturais.
Para o médico, o equilíbrio é fundamental:
— As pessoas estabelecem metas inalcançáveis, quando na verdade precisa adotar uma rotina saudável. Os atletas verdadeiros sabem e respeitam seus próprios limites.
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