Foto: Arquivo Pessoal |
Três estudantes de Enfermagem, sendo duas primas e uma amiga da família, morreram em colisão de uma motocicleta em uma árvore na zona rural do município de Granjeiro, no Interior do Ceará, na madrugada desta sexta-feira (25).
As vítimas, com idades de 19 e 21 anos, foram identificadas como Cícera Viviane Gregório de Freitas, Maria Camila Dias da Silva e Emanuela Saturnino de Freitas Costa, e eram residentes do Sítio Canabrava dos Gregórios. A Prefeitura decretou luto de três dias pela tragédia.
Conforme apuração do Sistema Verdes Mares, as universitárias haviam saído da faculdade e se deslocaram na motocicleta em direção à residência da família quando o acidente aconteceu. Segundo testemunhas, o veículo estava em alta velocidade.
Os corpos foram recolhidos do Hospital Municipal de Granjeiro por volta das 8h.
José Rodrigues, servidor público, estava próximo ao local do acidente e ajudou a retirar os corpos das vítimas. A Secretária de Educação, Íris Vieira Brito, afirmou que Camila e Emanuela trabalhavam na gestão como cuidadoras de crianças com deficiência.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) apura as circunstâncias do acidente de trânsito com três vítimas fatais. De acordo com a nota, as mulheres estavam em uma moto, quando teriam caído após uma curva e foram a óbito no local. O caso está a cargo da Delegacia Municipal de Caririaçu.
Brasil abate mais de 60% da população de jumentos em 6 anos para exportar pele para China
Foto Fabiane de Paula/SVM |
Desde 2008, a comunidade de Serra do Rosário, no município de Sobral, região norte do Ceará, realiza o concurso do jumento mais “enfeitado” da região. Na disputa, os criadores vestem os jumentos com fantasias criativas e competem pelo prêmio em dinheiro. O organizador do concurso, Audino Lopes, contudo, teme pela continuidade da festa. “Rodei em alguns sítios e o jumento não tem mais. Não sei se daqui a alguns vou conseguir fazer o concurso”, relata.
A percepção de Audino não é só impressão. Com base nos dados oficiais, a população de asininos no Brasil - isto é, jumentos, jegues, burros ou asnos, como são conhecidos regionalmente – caiu 62% entre 2017 e 2022.
Hoje, este animal que foi companheiro de trabalho e meio de transporte no interior do país por séculos, corre risco de entrar em extinção no Brasil devido ao abate para exportação, segundo especialistas.
Conforme dados do último Censo Agropecuário do IBGE, em 2017 existiam 376 mil asininos no Brasil. De 2017 até julho de 2023, pelo menos 237 mil asininos foram abatidos em frigoríficos autorizados, conforme dados do Ministério da Agricultura.
Praticamente todo abate de jumentos no Brasil ocorre na Bahia. O Ceará e o Piauí, nos últimos anos, aparecem nos dados do Ministério da Agricultura como os dois principais “exportadores” de jumentos para o estado.
Os abates ocorrem com objetivo de suprir a demanda do mercado chinês por peles de jumento, utilizadas para a produção do ejiao, um produto da chamada medicina tradicional chinesa. O ejiao é feito a partir do colágeno extraído da pele do jumento – e para atender à demanda crescente pelo item, empresas chinesas têm importado a pele dos animais de países como o Brasil.
“Esses animais são abatidos no mundo todo para abastecer essa demanda, que é uma demanda de 4,8 milhões de peles de jumentos por ano”, aponta a bióloga Patrícia Tatemoto, que trabalha com a Donkey Sanctuary, organização britânica que atua na proteção de espécies de asininos pelo mundo e pela proibição do abate.
Com informações do G1 Ceará.
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