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domingo, 13 de agosto de 2023

Polícia Federal pede quebra de sigilo bancário e fiscal de Bolsonaro



A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de venda de joias e presentes recebidos ao longo de seu mandato.

A PF também quer ouvir novamente o ex-mandatário. A corporação investiga uma possível ligação entre o ex-presidente e a venda de joias e objetos de valor realizada por assessores de Bolsonaro.

Entre os principais casos, consta a tentativa de venda de uma caixa de joias dada ao ex-presidente pelo governo da Arábia Saudita. A negociação teria acontecido entre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e uma loja de artigos de luxo em Nova York, Estados Unidos.

O relatório da PF indica que os itens de luxo foram publicados no catálogo de Dia dos Namorados da Fortuna Auction, em 30 de janeiro, com preço estimado entre US$ 120 mil e US$ 140 mil. O leilão da peça aconteceu no começo de fevereiro.

Segundo a PF, a venda das joias foi realizada por assessores de Bolsonaro depois que eles tomaram conhecimento da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) para a devolução dos itens.

Dados da investigações apontam que “há fortes indícios de que os investigados usaram a estrutura do Estado brasileiro para desviar de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao presidente da República”.

Em decorrência das investigações, a PF deflagrou, nesta sexta-feira (11/8), uma operação que mira Mauro Cid, o pai dele, general Mauro César Lourena Cid, e o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.

A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito do inquérito das milícias digitais. Os agentes federais cumpriram mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e Niterói, no Rio de Janeiro.

A Polícia Federal também pretende ouvir a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) no inquérito que investiga a venda ilegal de presentes entregues ao ex-presidente e que deveriam estar no acervo da União.

Em nota, a defesa do ex-presidente informou que peticionou em março junto ao TCU, voluntariamente e sem que houvesse sido instada, “requerendo o depósito dos itens naquela Corte, até final decisão sobre seu tratamento, o que de fato foi feito”.

A nota ainda diz que Jair Bolsonaro “reitera que jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos, colocando à disposição do Poder Judiciário sua movimentação bancária”.

Fonte: Metrópoles

Menina de 5 anos e adolescente de 17 anos são baleados e morrem no Rio de Janeiro

 O caso ocorreu neste último sábado

Comandante do Batalhão que atuava na região foi afastado

Moradores da Ilha do Governador acusam Polícia Militar das mortes de adolescente de 17 anos e menina de 5 anos

Uma menina de 5 anos e um adolescente de 17 anos morreram após serem baleados na manhã do último sábado (12), na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A Polícia Militar afirma que o menino atirou contra os agentes e não sabe informar como a garota morreu. Já os moradores da região acusam PMs pelas mortes.
Conforme informações, Wendel Eduardo, de 17 anos, foi morto na garupa de uma moto. Já Eloá Passos, de 5 anos, foi assassinada dentro de casa, no Morro do Dendê, cerca de uma hora depois. Comandante do Batalhão que atuava na região foi afastado.
O caso teve início após uma abordagem a dois homens em uma moto, na saída de um baile funk, no Morro do Dendê. Um dos ocupantes da motocicleta morreu e um protesto foi iniciado na região. Durante o ato, a menina de 5 anos, que não estava na rua no momento do protesto, foi baleada dentro de casa. Três ônibus foram incendiados.

O QUE DIZ A PM - A Polícia Militar informou que o comandante do Batalhão da Ilha foi afastado "para dar uma maior lisura e transparência à averiguação dos fatos". A PM informou por nota que "o ocupante de carona na moto [que seria Wendel] portava uma pistola”.
Após uma tentativa de abordagem, o jovem "disparou contra a equipe, e houve revide”. Wendel foi levado a uma unidade de saúde, aonde chegou morto.
Ainda conforme a corporação, foi informado sobre uma criança baleada no interior da comunidade do Dendê e que foi socorrida por familiares. A vítima teria sido atingida no interior de sua residência. A polícia afirma que não havia operação no interior da comunidade.

O QUE DIZEM FAMILIARES E VIZINHOS DAS VÍTIMAS - Um tio de Wendel relatou, a partir do que ouviu de pessoas próximas ao momento do suposto tiroteio, que o sobrinho levantou os braços e se rendeu. Contudo, foi baleado mesmo assim.
Após a morte do garoto, os moradores do Dendê organizaram uma manifestação, que segundo eles, foi reprimida a tiros por agentes da Polícia Militar.
Uma prima de Eloá contou que a menina foi atingida no peito. Estava acontecendo uma manifestação porque eles mataram um menor. Eles [PMs] mandaram tiro para dentro da comunidade.

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